sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Hoje «postei» isto num fórum de professores do meu agrupamento. Uma primeira moção foi assinada por 96 em 127. A segunda moção foi assinada por 75. Quando surge a palavra «notificação» põe-se o rabinho entre as pernas e só cerca de 50 não entregam os objectivos. Ok.
Hoje estou muito erudita. Assim, pus-me a vasculhar o «Citador». Encontrei algumas frases que conseguem resumir o que penso.

Infelizmente, prometemos conforme as esperanças e agimos conforme os medos, como disse La Rochefoucauld.
Mas se cada um de nós carregar a sua própria luz, deixa de ter medo do escuro pois, e de acordo com Ralph Emerson, o conhecimento é o antídoto do medo.
Já me acusaram de manipuladora. Aceito (até acho, se bem que o não entenda, que me orgulho um bocadinho de o ter tentado ser, no que a isto se refere). Tentei de todas as formas que o nosso Agrupamento fosse um exemplo de seriedade nesta luta (detesto esta palavra, até porque, tal como Caeiro «não tenho ambições» e quem assim é não «luta»). Só que, se há uma coisa de que realmente gosto é de «dar aulas». E quando quem manda em mim transforma de forma absurda as minhas condições de trabalho, tirando-me o tempo de que preciso para o fazer bem, a mostarda começa a chegar-me ao nariz. Quando a seguir me diz que há dois tipos de professores, os titulares e os zecos, e que eu, zeca, não poderei aspirar a ser devidamente recompensada, não progredindo mais na carreira, só podendo aspirar a chegar ao antigo 8º escalão, os meus fígados começam a azedar. Quando se houve que "admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006); "vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos" (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008) ; "caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil" ( Jorge Pedreira, Novembro/2008) ; "quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!" ( Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008) ou quando se produz um estatuto do aluno que dá mais trabalho ao professor se os alunos faltam e quando se obriga um professor que não conhece uma turma a ir para lá entreter os alunos, tudo isto e o mais que não me apetece agora elencar, é necessário que eu me mexa. Chega finalmente, a cereja em cima do bolo – espetam-me com um sistema de avaliação estapafúrdio. É necessário que parem de fazer de mim gato-sapato. Fiz todas as greves, desde a primeira aos exames em 2005. Esse foi o primeiro sinal dado ao governo de que acabamos efectivamente por baixar a cabeça, aceitando tudo. Renasceu-me a esperança quando se juntam 100 mil profs, algo de absolutamente inédito. A história até se repete com 120 mil. Acontecem 2 greves de que não há memória. A seguir, fala-se numa «notificação». Pufff! Tal como o que acontece a um balão em que, depois de se encher vagarosamente, diligentemente, se espeta uma agulha, assim se vai a correr cumprir as ordens, porque «A lei é para se cumprir». Assim fizeram os soldados de Hitler. Não esqueçamos nunca que «as leis são para se cumprir» - mas convirá conhecer essas leis e não ir ao sabor do «diz que disse».
A dita afirmação de Margarida Moreira da DREN feita em Viana do Castelo a 28/11/2008 de que "[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!" não deixa de fazer algum sentido hoje.
Só posso dizer, com muita tristeza, da pena que sinto que muitos de nós, no nosso agrupamento, tenham recuado. Qual moção? Qual determinação? No entanto, e com agrado, registo que ainda há prevaricadores convictos, a exemplo do que se passa no resto do país.
Salve, arruaceiros!

Já tinha prometido a mim própria nada mais aqui escrever. Até porque não gosto de ser chata e percebo que o esteja a ser para os que já decidiram de outra forma o seu caminho. Não me levem a mal. Puseram-me azeda.

Segredo de justiça? :-)

Quero lá saber do Freeport! Nada da outra brincadeira foi provado... (a mesma procuradora se esforça)
«Juízes dizem que poder político tem acesso a processos mesmo em segredo de justiça», esta é muito mais engraçada! E depois abrem-se inquéritos para averiguar a raiz das «fugas selectivas»...
Que palhaçada. Digna do nosso país que o Eça tão bem retratou, perdão, retrata.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Que grande estudo!

A objectividade do «estudo» encomendado pelo ME revela bem a vergonha, que é agora institucional, da falta de pudor em mentir, em argumentar sem factos, sem provas.
A este sentimento geral de «depressão» associa-se esta terrível sensação de que a mentira é validada e tida como prática corrente, de que mentir e enganar o próximo é normal, desde que sirva os interesses de quem o faz.
Sinto-me triste e desiludida.
Espero que este período negro seja rapidamente engolido pelo chamas do inferno. Espero que a sanidade volte depressa, porque isto METE NOJO.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vamos ver

Veremos a coerência dos deputados do PS que votaram a favor da outra vez.


Terça-feira, 13 de Janeiro de 2009
CDS-PP FAZ MANTER A ESPERANÇA
Educação: Paulo Portas diz que diploma do CDS-PP para suspender e simplificar avaliação pode ser aprovado
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu hoje que o projecto de lei democrata-cristão que propõe a suspensão da avaliação dos professores e a simplificação do modelo tem condições para ser aprovado no próximo dia 23.
O projecto de lei recupera um projecto de resolução do CDS-PP que "só não foi aprovado por um triz e porque houve faltas de deputados" [do PSD] afirmou Paulo Portas, em conferência de imprensa.
"O projecto do CDS teve mais votos de deputados da maioria socialista e eu acho que isso se pode repetir, mas não vou fazer pressão sobre ninguém", afirmou Paulo Portas.
O projecto de resolução do CDS-PP poderia ter sido aprovado, no passado dia 5 de Dezembro, porque sete deputados do PS quebraram a disciplina de voto deixando o PS em minoria. Acabou por ser chumbado devido às ausências de 35 deputados da oposição, 30 dos quais do PSD.
Paulo Portas defendeu hoje que a transformação do projecto de resolução em projecto de lei "é um acto de coerência" por parte do CDS-PP e constitui "uma esperança" quer para os professores e para os pais que não querem ver a escola em conflito em 2009.
O diploma, frisou Portas, "não deixa um vazio" e propõe alternativas para "um modelo menos burocrático e mais simples".
Por essa razão, defendeu, o diploma, que é discutido no próximo dia 23, "tem condições para poder passar".
"Não faço pressão sobre a consciência dos deputados, basta-me ser coerente", afirmou, após questionado sobre se desafiava os deputados da maioria socialista a repetirem o sentido de voto ao projecto de resolução.
"Se for aprovado ficarei muito contente, depois logo veremos", afirmou Paulo Portas, quando interrogado sobre se pedirá a demissão da ministra da Educação caso o projecto seja aprovado.
SF.In Lusa

sábado, 10 de janeiro de 2009

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A Corja

do Portugal Notícias


A corja
2009-01-05 10:39:13
O actual sistema político português tem sido desolador. Pela improdutividade, pelo descontrole do seu próprio funcionamento e pelos abusos a que tem dado origem.
Aproveitando-se da índole pacífica dum povo inculto, adormecido por 40 anos de ditadura e exausto por uma prolongada guerra colonial, os chamados "democratas" apoderaram-se das instituições políticas do país, manipulando-as a seu belo prazer e cometendo os mesmos abusos, senão mais e maiores, dos que foram cometidos durante a ditadura e que tão criticados foram enquanto eram oposição. Criaram-se Ministros, não só sem pasta, mas sem conta, Secretários de Estado "a granel", centenas de lugares de deputados, pagos a peso de ouro, inúmeros lugares de assessores, secretárias, motoristas, etc. Se isso se sente ao nível do país que dizer dos governos regionais. Criou-se uma pesadíssima máquina administrativa que absorve grande parte dos orçamentos regionais, para satisfação duma classe política voraz. O que dantes se resolvia com três Governadores Civis, três Presidentes de Juntas Gerais e meia dúzia de funcionários, necessita agora de inúmeros Secretários Regionais, um sem número Directores Regionais, assessores, secretárias, motoristas a perder de vista, e automóveis. Muitos e bons automóveis. Também se criou um exagerado número de deputados que reúnem pouco e que são completamente desnecessários, pelo menos da maneira que funcionam, mas cujos lugares são necessários para eles mesmos. Todas as vezes que muda um governo mudam-se centenas de administradores de empresas públicas que outra qualificação não têm do que o cartão do partido no poder. E, dada a desafogada situação económica, renovam-se também, os Directores-Gerais, os assessores, as secretárias e a frota automóvel dos diferentes departamentos governamentais, com a desculpa de que são lugares de «confiança política»!
Creio que o vulgar cidadão tem dificuldade em entender o que são lugares de «confiança política».
Poderão ser da «conveniência dos políticos», mas seguramente não por razões técnicas. Não será o melhor gestor duma determinada empresa aquele que a desconhece por completo e que como curriculum só apresenta as credenciais partidárias. Percebe-se a intenção das nomeações para as empresas públicas dos políticos dispensados de funções governativas e que nada têm a ver com as referidas empresas. Por certo que não no interesse das empresas nem do país. Não seria lógico que houvesse nessas empresas uma carreira a que se teria acesso por concurso público e quem fosse tecnicamente melhor ocupasse os lugares? Assim seria num país civilizado e sério, mas em Portugal, com um regime afro-sul-americano, será nomeado o que for o mais subserviente ao PS, ao PPD ou ao CDS ou familiar dos seus dirigentes.Quando o governo PSD substituiu o do PS e o acusou de delapidar erário quase levando o pais à bancarrota e obrigando a renovados sacrifícios, ouvimos um coro de protestos do PS acusando o Governo de irresponsabilidade porque isso iria diminuir a confiança do povo e de eventuais investidores nacionais e estrangeiros. Agora, invertido o cenário, assistimos ao PS a acusar o PSD de "delapidar erário quase levando o país à bancarrota e obrigando a renovados sacrifícios" mas já não se fala no prejuízo de "diminuir a confiança do povo e de eventuais investidores nacionais e estrangeiros".
Nunca vemos, da parte de qualquer governo, a vontade de aproveitar uma ideia que lhe seja sugerida por um opositor. São invariavelmente chumbadas na Assembleia, quantas vezes com prejuízo do país, só porque não partiram da bancada da maioria! Assistimos frequentemente a longos e inúteis debates, por questões quantas vezes fúteis, em que uma bancada ou o governo propõe determinada lei que já tinha sido proposta pela agora oposição e que esta longamente debate a inconveniência de tal legislação que, num passado recente, tinha ela própria proposto aos deputados!!!
As lutas partidárias tornaram-se tão estéreis e ridículas como as partidas de futebol, onde impera o clubismo, o dinheiro, obscuros interesses económicos e não o interesse desportivo. A Assembleia transformou-se também num campo desportivo, onde imperam os interesses pessoais e partidários em detrimento dos interesses do país.
O deputado pode matar, roubar, ser pedófilo, etc., que está protegido pela tutelar Assembleia! Tem direito à impunidade! Ao deputado é permitido, dada a situação de desafogo económico do país, viajar em 1ª classe e subdividir as passagens para levar a família, a amiga e o gatinho. E ter ajudas de custo! Já não é ilegal porque o Dr. Mota Amaral propôs e permitiu a legalização da trafulhice. Aos políticos e aos administradores das empresas públicas são concedidas benesses que ao comum dos portugueses são negadas. Basta-lhes estarem sentados durante doze anos – e às vezes nem isso – sem produzir rigorosamente nada, para ter direito a uma choruda pensão vitalícia! Os ministros permitem-se o gozo de férias, quatro meses após o início de funções!!! O que não é permitido ao comum dos portugueses. Mas falam em acabar nos privilégios dos políticos…
Assistimos, já com indiferença, aos políticos prometerem a lua durante as campanhas eleitorais para depois de eleitos esquecerem as promessas que fizeram e com as quais conquistaram o eleitorado. Na vida civil chama-se a isso "publicidade enganosa" e os prevaricadores, se não tiverem "cunhas", são habitualmente punidos. Ao político, como não é responsável, tudo é permitido. É inimputável! O que para o comum dos cidadãos não é um adjectivo lisonjeiro.
Já ninguém acredita nos benefícios da subida dos impostos e do aumento dos investimentos públicos. Sabe-se, por experiência, que o aumento dos impostos vai servir para aumentar a classe política e alimentar as benesses que ela se atribui. Sabe-se, também por experiência, que os custos dos investimentos públicos "derrapam" sempre para benefício de quem os promove e não para benefício dos seus destinatários.No Orçamento Regional de 2008 a verba atribuída à ALRA é de 10.412.606 €. Esta enorme despesa significa 200.242 €uros por deputado que no próximo ano aumentará ainda!! São 40.500 contos por cada um destes inúteis, fora seguramente as chorudas pensões de reforma conseguidas, não pelo seu mérito mas pela subserviência ao seu chefe partidário, em apenas doze anos de preguiça! Recentemente foi eleito um jovem deputado, creio que ainda estudante universitário, cujo único mérito conhecido é o de ser filho do Presidente do Governo. Assim aos trinta e poucos anos terá direito a uma choruda pensão de reforma sem necessidade de trabalhar ou de ter preocupações! Seguramente que lá está para defender os interesses do povo…
Ser-se deputado deixou de ser uma função. Passou a ser uma profissão. Numerosa, bem paga e com direito a chorudas pensões vitalícias. Os deputados nos Açores são 52 para uma população de 241.763 habitantes. A manter-se uma proporção Lisboa deveria ter 2.150, os Estados Unidos 63.026 e a China 276.811 deputados. Alguns puristas, ainda assim, acham que temos poucos deputados. As despesas da Assembleia da República foram de 109.818.630 €uros (22 milhões de contos) !!!!!! Dividindo pelos 230 vorazes e inúteis deputados temos uma despesa de 477.472 € (95.724 contos!!!) por cada um dos elementos desta corja. A inacreditável reabilitação de Salazar e do Estado Novo, 40 anos após a sua morte, deve-se unicamente à conduta política e podridão destes "democratas" que se apoderaram do poder para se servirem a si e aos seus, transformando o próprio Estado no maior ladrão e caloteiro que o país conhece, muitas vezes a coberto da lei que eles próprios inventaram. Salazar, com todos os seus reconhecidos defeitos, nunca beneficiou a família ou a si próprio com benesses e privilégios monetários escandalosos. Sendo um ditador quem o impediria de o ter feito? Não o fez simplesmente porque era honesto. Não era democrata e não o escondia. Talvez menos pelo sistema em si, mas porque conhecia demasiado bem os nossos "democratas". Encobriu escândalos? Seguramente. Mas hoje a transparência democrática também o faz, quando não consegue através da inoperante justiça ilibar os criminosos. São os casos de óbvio enriquecimento dos detentores de cargos políticos sem que ninguém cuide de investigar como e porquê. São os casos dos faxes de Macau, da Casa Pia, dos McCann, das viagens fantasmas dos deputados, dos Isaltinos, dos Valentins, das Fátimas Felgueiras, das derrapagens nas obras públicas, etc, etc, etc,.
A negligência demonstrada enquanto detentores de cargos de responsabilidade, pagos a peso de ouro pelos miseráveis contribuintes, é premiada com o encobrimento quando não com a promoção. São disso exemplo os casos recentes dos gestores da CGD e do Banco de Portugal.A Democracia deixou de ser um objectivo e uma atitude perante a vida, para se tornar num álibi. Para se ser democrata não é só preciso ser-se eleito. É imprescindível ter uma mentalidade e comportamento democrático, que definitivamente não encontramos nos nossos políticos. Tudo é permitido porque afinal são democratas e dizem defender o povo e o país. Como é óbvio…
Para um país miserável, falido, sem indústria e sem agricultura, com 500.000 desempregados, tecnicamente em recessão e com 334 mil pessoas recebem rendimento social de inserção, fonte de inaceitáveis e injustificáveis abusos, é escandaloso este estado de coisas. Antigamente obrigavam-nos a pertencer à Mocidade Portuguesa. Agora obrigam-nos a subvencionar os partidos políticos, quer queiramos quer não, quer acreditemos neles ou não, quando numa verdadeira democracia deveriam ser os seus militantes a fazê-lo voluntariamente. Mal estaremos nós se tivermos de subsidiar todas as agremiações e empresas que se revelem improdutivas e não rentáveis, só para benefício dos insaciáveis que vorazmente se alimentam da política.
Já não surpreende ninguém, nem os próprios políticos, a cada vez mais elevada abstenção nos actos eleitorais. A meteorologia tem servido como explicação encontrada para justificar o desinteresse. Se há chuva é essa a razão porque os eleitores ficam em casa. Se faz sol é porque foram para a praia. Se está ameno será porque foram passear. Nunca pelo desencantamento, desinteresse e até revolta.Votar em quem? E para quê? Só pelo simples prazer de mudar de embusteiro e colaborar com esta corja? Não vale a pena…
Açoreano

Serviço de utilidade pública

Do blogue do Ramiro:
Professores P.S. que votaram contra:
Aldemira Pinho - por Faro
Jovita Ladeira - por Faro
Paula Barros - por Vila Real
Rosa Maria Albernaz - por Aveiro
João Bernardo
Fernanda Asseiceira de Santarém
Odete João - por Leiria
Ricardo Gonçalves - por Braga
Rosalina Martins - por Viana do Castelo
Jorge Fão - por Viana do castelo
Fernando Cabral - por Guarda
Isabel Coutinho - por Braga

Estão aqui: http://www.profblog.org/2009/01/afinal-foram-27-os-deputados-do-ps.html

Tenho pena.

A incompreensível e reprovável atitude de Manuel Alegre
"Manuel Alegre é contra este modelo de avaliação dos professores, já votou contra ele e diz que se mantém solidário com a luta dos sindicatos. Então, esta quinta-feira, vai votar novamente contra a lei, certo? Errado. Já votou uma vez contra mas não volta a votar, quer a suspensão do modelo mas não o vai suspender, exige a mudança da lei mas não é ele que a vai mudar.
Este estilo Manuel Alegre na versão Gato Fedorento não é novo. O deputado do PS diz que mantém a posição que o levou, em Dezembro, a votar contra o modelo, mas agora não o fará - apesar de "continuar solidário" - porque não se deixa "instrumentalizar". E o que é que o deputado entende por "instrumentalizar"? Ajudar a oposição a aprovar uma lei contra o Governo. Entre o início de Dezembro e o início de Janeiro houve uma mudança fundamental. Antes não havia hipótese de aprovar a lei que suspende a avaliação, agora há. Os portugueses já perceberam uma coisa: podem contar com Manuel Alegre para falar. Quando as suas palavras podem ter consequências, aí não contem com ele. É por isso que lhe chamam o deputado poeta".

Sábado

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Simplex

Na minha escola, não sei quantos ainda, assinarão um documento parecido com este alinhavo:

Perante o Decreto Regulamentar 1-A/2009 de 5 de Janeiro, torna-se necessário um esclarecimento da posição dos signatários deste documento relativamente à simplificação da avaliação.
Da análise do Decreto Regulamentar, verifica-se que se dispensa da avaliação da componente científica e pedagógica -a essencial- todos os docentes que apenas almejem o Bom para progredir na carreira e dispensando totalmente de avaliação alguns. Desta «dispensa» parcial ou total depreende-se que, ou este sistema não é exequível, ou todos os professores são, no mínimo, bons.
Todos desejam ser avaliados por um sistema credível e justo. Para isso, é necessário aferir da credibilidade da figura do avaliador, o que não acontece neste sistema. A seriedade de um modelo alternativo passa necessariamente pela alteração do Estatuto da Carreira Docente e revogação da divisão artificial entre professores titulares e professores.
Assim, os professores signatários manifestam o seu interesse em ser avaliados, mas não pelo presente modelo de avaliação do desempenho docente, por considerar que
1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro em vigor para os próximos anos nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal entre a classe docente e profundamente perturbador do clima escolar com reflexos negativos (directos e indirectos) no processo de ensino e aprendizagem;
2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado, por força da introdução de diferentes despachos e emendas, nenhuma delas resultado de uma discussão aberta e participada com a classe docente;
Pelo exposto, reitera-se a necessidade da avaliação, mas nunca por um modelo em fase de extinção. Mais se manifesta o direito a ser avaliado através de um modelo que seja justo, testado, simples, formativo e que, efectivamente, promova o mérito pela competência científico-pedagógica, mas sem diferenciação de natureza administrativa.
Os professores avaliadores signatários deste documento esclarecem que suspendem a sua avaliação, mas encontram-se disponíveis para cumprir as suas obrigações legais no que se refere à avaliação de outros professores.
Foram retiradas ideias daqui e daqui.