sábado, 30 de setembro de 2006

Números...

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Não há nada com tanta aparência de eficácia e rigor como os números quando se pretende comprovar uma argumentação, um raciocínio sobre a realidade, uma política que se pretende ser a mais justa e correcta. Daí o constante recurso aos números e às estatísticas como armas de arremesso contra os docentes quando se trata de substanciar o que se querem fazer passar por evidências. Já vi a Ministra atirar gráficos para uma mesa durante uma entrevista, sem que ninguém os colocasse em causa ou sequer lhe pegasse, assim como desde o início que aqueles gráficos marotos no suplemento da Visão me deixaram algo perplexo perante aquilo que julgava saber sobre a evolução do nosso sistema educativo.
Manipulação voluntária ou falta de jeito para a construção de séries estatísticas, algo não batia certo quando olhava para aquelas linhas e as achava erradas.
Perante isso nada como ir às fontes da informação e então, encarando a coisa como um investimento paralelo ao meu actual trabalho em história da Educação, lá encomendei os dados oficiais do GIASE sobre as séries cronológicas para docentes e alunos relativos ao período de 1985-2005.
E o que se constata? Constata-se que alguém andou a fazer as somas erradas ou então que andou a usar incorrectamente os dados ou a “colar” séries de dados com origens ou critérios diferentes.
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Voltando ao suplemento oficioso do Ministério da Educação na Visão de 5ª feira e muito em particular ao press-release ministerial assinado por Paulo Chitas, houve desde o início um detalhe estatístico-visual que me deixou curioso.
Logo na p. 10 existe um gráfico de escala dupla onde se compara a evolução entre o número de docentes e alunos nos últimos 15 anos, apesar da diferença de nºs absolutos. Esta forma de apresentar os dados é atractiva pois, apesar da diferença nos números, permite comparar as respectivas evoluções. É claro que as duas escalas devem ser proporcionais para tudo correr bem e não se distorcer demasiado a leitura.
Em boa verdade o melhor método teria sido reduzir a índices os valores dando o valor 100 ao início ou à média da série e fazer um gráfico de escala única, mas este método também é admissível.
O meu problema foi quando reparei que as escalas não eram exactamente proporcionais...
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Doem-me os olhos. Já nem os óculos ajudam. Li este blog de fio a pavio. Obrigado pela dica, Amélia.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Curiosidades

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Podia ir para o ME o nosso engomadinho das Taipas :)

5 de Outubro

É feriado... Vou passear em Lisboa.