sábado, 30 de maio de 2009

Adeus

No Sinistra Ministra um texto do Rui Correia

Tenho percebido um pouco por todo o lado que os professores andam soturnos porque sussurram que a manifestação de dia 30 não vai ter por lá cento e tal mil pessoas; e que era muito importante que lá estivessem cento e tal mil pessoas porque aquilo que os juntou uma, duas vezes, é o mesmo que agora ainda todos pensam. Dizem que já muitos entregaram objectivos, elegeram cgts, recrutaram directores e agora têm vergonha de gritar num lado uma coisa que na prática não cumpriram noutro e que, por essas e por outras, ficou a unidade amputada, a classe dividida, e não vai ser possível juntar outra vez cento e tal mil pessoas.
Desculpem-me os activistas e os amedrontados pela sua própria consciência mas acho este raciocínio completamente pacóvio.
Antes de mais nada, sempre que ouço falar deste embaraço antecipado que sentem por esta manifestação não ir reunir tanta gente como deveria, creio que alguém se está a esquecer do que realmente significa juntar em Portugal cem mil pessoas de uma mesma classe profissional. Parecemos um daqueles soldados napoleónicos que, depois de ter encontrado a pedra de Rosetta, anos depois do achado ainda não tinha a noção do que fizera por uma civilização inteira. Aqui, como se percebe, deixo que entre em cena a minha costela de historiador. Creio ser indispensável recordar que nunca mais nada do género se fará em Portugal tão cedo e que os professores fizeram história, quer isso se reconheça, quer não. E que isso, ninguém nos tira.
Ou seja, essa vitória, que ninguém esperaria lograr, foi conseguida. E dessa vitória resultaram importantes conquistas. A senhora ministra, em pleno Parlamento, mostrou-se disponível para deixar cair o seu próprio modelo, “mas não este ano”. A senhora ministra recuou nas mais aberrantes propostas que o modelo de avaliação inicialmente exigia que fossem cumpridas. E foi obrigada a fazê-lo por duas vezes. E isto não aconteceu por causa de outra coisa que não fosse a nossa justa campanha.
Em todos os partidos da oposição, em todas as crónicas dos opinion-makers, é voz corrente que esta equipa ministerial é duma incompetência arrogante e desorganizada que não tem paralelo. Esta convicção unânime não nasceu do nada; estes incapazes ficarão para a história por causa da maior incúria legislativa e desorientação educativa desde que há democracia em Portugal. De nada poderão orgulhar-se. Já viram? Nada. Nem uma coisinha pequenina. Por seu turno, os professores já pertencem à melhor história recente deste país, como aqueles que produziram a maior manifestação profissional de sempre. E isto, meus amigos, digo-o com a serenidade de quem passou grande parte da sua vida a pensar como devem as coisas ficar escritas em livros de História.
A honorabilidade dos professores, da sua união, foi tão impressionante e tão eloquente que nada, por muito irrisória que fosse a manifestação de dia 30, nada pode minimizar o que mais importa: os professores ficam na história pelas melhores razões e este governo perde a sua desejada maioria por causa dos professores. Repito-o, isto só acontece por causa do que já fizemos. A culpa é toda nossa. Dizer-se que estamos soturnos com os nossos insucessos é, por isso mesmo, historicamente, uma miopia grosseira.
Se até aqui nos erguemos contra um modelo de gestão e de avaliação estúpidos, agora juntamo-nos para lembrar a todo o país, aos nossos alunos, que sempre que nos unamos com aquela dignidade cívica que demonstrámos antes, o veredicto da história ser-nos-á devidamente lisonjeador.
Diverte-me muitíssimo que nos reunamos para dizer adeus a este ministério. Porque é o que irá acontecer. Aqui há uns tempos sugeri um modelo de manifestação mais festivo, com canções e alegria. Era por isto. Por saber que há hoje, mais do que antes havia, muitas razões para esse júbilo.
Voltarmos a Lisboa exige, portanto, uma outra atitude: é uma celebração antecipada. Por mim, vou a Lisboa deitar foguetes antes da festa. E irei levando comigo essa minha saloia satisfação, porque sei que esta, ao contrário de todas as outras, representa o selo histórico que há muito todos os professores desejam carimbar: o adeus a esta equipa ministerial.Cada campanha tem sempre muitos desfechos. A história está cheia disso. Nunca ninguém ganha tudo. Acho que há quem julgue que devia ser assim com os professores. Isso é parvo. Ganhamos umas. Perdemos outras. É por isso que a campanha continua. Mas uma delas, uma das mais ambicionadas, é nossa e diz-se assim:“Adeus”
No próximo dia 30 erguemo-nos de novo para dizermos a todos os portugueses e à história que os professores podem parecer David, mas Golias vai cair. Vejam bem, até a Bíblia foi escrita só para falar de coisas destas. Por isso vos digo: com OIs entregues ou não, com directores ou com caps (e, aqui em Sto Onofre, não podemos gastar os confettis todos porque um dia destes comemoraremos também o CAPs LOCK), com fichas de avaliação ou não, só se fossemos uns bimbos é que não nos juntávamos para celebrar a coisa devidamente.

Coerência

Disto há cada vez menos...
http://tempodeteia.blogspot.com/2009/05/das-razoes-e-da-consciencia-tranquila.html

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Como tudo é tão subjectivo!

Mário Crespo, no DN
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
António Marinho Pinto está para o PS de Sócrates como o estão Vitalino Canas, Augusto Santos Silva ou Pedro Silva Pereira. É um indefectível. Tal como Sócrates, Marinho Pinto vê em tudo o que o prejudica uma urdidura de travestis do trabalho informativo. Tal como Sócrates, o Bastonário dos Advogados vê insultos nos factos com que é confrontado. E reage em disparatado ultraje e descontrolo, indigno de quem tem funções públicas. Marinho Pinto na TVI foi tão sectário como Vitalino Canas ou Santos Silva e conseguiu o prodígio de ser mais grosseiro numa entrevista do que Sócrates foi na RTP e Pedro Silva Pereira na SIC. É obra.
(...)
ERC
http://www.erc.pt/index.php?op=vernoticia&nome=noticias_tl&id=259
(...)
Assim, o Conselho Regulador da ERC decidiu “instar a TVI a cumprir de forma mais rigorosa o dever de rigor e isenção jornalísticas, aqui se incluindo, nomeadamente, o dever de demarcar “claramente os factos da opinião” (artigo 14.º, n.º 1, alínea a) do Estatuto do Jornalista)”.
O Conselho Regulador não deixa de “reafirmar, sem prejuízo do antes exposto, o papel desempenhado pelos órgãos de informação nas sociedades democráticas e abertas como instâncias de escrutínio dos vários poderes, designadamente políticos, sociais e económicos”.

Eduardo Cintra Torres
http://www.tinyurl.com/6lw8la

sábado, 19 de Abril de 2008
Lusa governamentalizada à força
O conselho de redacção (CR) da Lusa revela que a direcção de informação (DI) da agência serviu directamente os interesses noticiosos do gabinete do primeiro-ministro quando o PÚBLICO noticiou os projectos assinados por José Sócrates no distrito da Guarda. Na altura, a Lusa divulgou um único parecer jurídico, que foi “trazido em mão à Lusa por um assessor do primeiro-ministro e entregue ao director de informação”, Luís Miguel Viana. Não foram noticiados comentários de outros juristas sobre esta matéria. Além disso, Viana “acrescentou numa notícia uma citação de um blogue favorável ao primeiro-ministro” (Causa Nossa, de Vital Moreira), ignorando a “multiplicidade de posições divergentes” sobre o assunto na blogosfera. Mais nenhum blogue foi citado. Os dois casos, segundo um comunicado conjunto da última reunião do CR com Viana, contrariam a “obrigação de isenção, objectividade e independência da Lusa”. Recorde-se que Viana foi escolhido para a direcção da Lusa pelo gabinete do primeiro-ministro. Como qualquer político, Viana inclui no comunicado justificações para todas as acusações do CR.
(...)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eu subscrevo



1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
Subscrevem:
Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo)
Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)


Adenda: Tirei a primeira frase, «Encontramo-nos sábado» porque não poderei ir. Infelizmente.

No Reino da Manipulação

Ler aqui:
http://semrede.blogs.sapo.pt/25562.html

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Será para um cunhado, sobrinho, primo...?

A NÃO PERDER a leitura de mais este 'projecto' (ajuste directo, claro): http://fliscorno.blogspot.com/2009/05/porque-falham-os-projectos-de-software.html

Mais surpreendente do que o valor do projecto de desenvolvimento são os 15 milhões de euros para gastar durante quatro anos em manutenção operacional do projecto. São mais de 10 mil euros por dia durante quatro anos (365 dias por ano). Que produção tão astronómica vai ser então produzida diariamente? Não se sabe.

É lamentável, sim senhora!

Novamente a polémica de Espinho

Quando um professor é «louco» ou «desequilibrado» ou «doente» ou só mesmo «mau» não há aluno que o defenda.


Também sei manipular. Neste segundo parágrafo omiti o início da frase que diz «Um grupo, pequeno,»

O erro desta professora, reprovável mas humano, foi o de se deixar levar pela raiva e dizer o que esta lhe ditou. Contenção. Respirar fundo. Também se aprende.
Eu dei-me ao trabalho de ouvir aquela aula toda, porque me enjoou o que ouvi nos excertos da sic. Pensei, como seria de esperar, que aquela prof era daquelas desequilibradas que não PODIAM estar no ensino, que traumatizavam crianças, que as marcavam pela negativa para sempre. Não é esse o caso. Responde violamentamente a uma «agressão» prévia, deliberada e, pelos vistos, falsa. A marcar, se marcar, é aos alunos que mentiram. E aí, sim, até será bom que fiquem marcados e percebam que a mentira tem consequências. Não usou de bons argumentos, é verdade. Ameaçar com notas dos testes é ridículo. Arrogar-se de um «título», também. Mas não há ali maldade - há fel não controlado.

Perdoem-me o sorriso...

Centenas de alunos insultaram o primeiro-ministro na escola António Arroio, em Lisboa. Os estudantes acusaram o Governo de "Fascismo". De acordo com a SIC, o protesto aconteceu perto das 13h00.

http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=37FB536B-F917-4324-B715-5767A3CFE39D

...mas não sou perfeita.


Por muito que queira ser objectiva, como conviria, e olhar para este tipo de coisas como devia - como uma cidadã que deve respeitar os outros - não consigo.
Fartei-me de ser insultada e pagar pelos poucos que não deviam ser professores (alguns deles são agora os 'titulares') como se não fizesse nada, tivesse «três meses de férias» e fosse a culpada do «estado do ensino».
Perdoem-me.

Excessos e Manipulação

É sempre bom contextualizar tudo. Neste link do DN pode-se ouvir toda a polémica aula:
O que se ouve é uma professora que se excede em dois momentos distintos, devido provavelmente à raiva (também detesto mentiras) provocada por insinuações que partem de 2 alunos e são depois corroboradas pela encarregada de educação de um deles, numa reunião cujo assunto era uma visita de estudo. Os excessos consistem apenas naqueles momentos que são apresentados manipulativamente no excerto da SIC. Ao ouvir-se tudo, percebe-se que não estamos diante de nenhuma terrorista. Nota-se que é voluntariosa, nota-se que é uma «mulher do norte», (tem de corrigir aquele 'percebestes') sem papas na língua e com alguma rudeza. Ser erradicada do ensino, como já li por aí? Que disparate. Parece-me que os alunos ficariam mais a perder do que a ganhar... Mas eu sou suspeita - gosto mais dos francos que vomitam o fel do que dos polidos que o mastigam e nunca chegam nem a engolir nem a cuspir.
O ideal era sermos todos «seres superiores» com um «saber de experiências feito», mas, por um lado, ninguém nasce ensinado e, por outro, «burro velho» não aprende. Todos temos defeitos.
Há excessos, sem dúvida.
Há manipulação, sem dúvida.
E, mais grave, há suspensão indevida.
Em 20 anos de ensino, tive problemas com dois alunos. Nunca me excedi nestes termos, mas apenas porque não calhou.
Quando esta professora se refere ao «você» como tratamento da mãe, recordo que o meu primeiro problema com um aluno, (9.º ano, 19 anos, expulso de uma escola próxima) foi exactamente porque, de mãos na cintura, se virou para mim de olhar sobranceiro e perguntou: «Que é que você quer?»...

Um belo sumário


A Directora Regional de Educação do Norte que não sabe escrever português, que utiliza ad-hoc os sinais de pontuação, que tem da vírgula a ideia de ornamento para separar o sujeito do predicado e para quem as regras da concordância são uma nebulosa distante e desconhecida...
A professora de história que, hard-core, ensina sexo às alunas de 12 e 13 anos...
Os Deputados para quem o sexo não é suficiente, nem talvez necessário, para distinguir os homens das mulheres...
Os Deputados que pomposamente legislam sobre segurança no trabalho, mas se esquecem das sanções em caso de não cumprimento. E que, para remediar a lei, utilizaram habilidades e expedientes tão grosseiros que levaram à sua rejeição pelos Tribunais e estão a configurar uma verdadeira amnistia...
Os Deputados que fizeram tábua rasa da sua própria argumentação unânime que reduzia drasticamente o recebimento de dinheiro vivo e, de uma penada, instituíram a entrada de milhões nos cofres partidários. E que, depois de aprovada a lei em Plenário, a vieram a alterar em sede de Comissão Parlamentar, chamando às alterações aperfeiçoamentos. E a votar que as alterações eram aperfeiçoamentos...
O Instituto de Emprego para quem o abate de desempregados, quando saem as estatísticas, é mera rotina...
Crise económica? Muito resiste a economia!...

domingo, 17 de maio de 2009

ÉTICA/ESTÉTICA

A POLÍTICA DA ÉTICA EM VEZ DA POLÍTICA DA ESTÉTICA de Cunha Ribeiro no blogue do Paulo Guinote


Cada vez mais me convenço que os partidos políticos são um espelho infalível da cultura de roubalheira que nos envolve e abafa.
Nem o Partido Comunista, nem o Bloco de Esquerda se mantiveram imunes ao fascínio e poder do dinheiro, votando uma lei ( do financiamento dos partidos) que abriu um largo portão, por onde resmas de notas podem entrar às carradas.
Razão pela qual, nunca votei, nem voto, em função de um partido político, qualquer que ele seja. Para mim, ou um partido é “inteiro e direito”, e leva, em consequência , o meu voto; ou é mesmo “partido”, no sentido mais literal da palavra, e, então, não o levará de certeza.
E o que são, para mim, um “partido inteiro” e um “partido partido”?
Um “partido inteiro” é aquele que constrói a sua casa política com as traves-mestras da moral e da ética. Fazendo destes princípios uma matriz permanente. Sejam quais forem as pessoas que a ele adiram, estas devem respeitar, na íntegra, um código de conduta inquebrantável. E o primeiro a desrespeitar esses princípios, deve estar sob a alçada de uma sanção eficaz, e arrepiar caminho; não mudando de conduta, a expulsão do partido torna-se, então, inevitável.
Um “partido partido”, pelo contrário, é aquele que não enquadra a conduta dos seus filiados, em qualquer princípio ético ou baliza moral; ou, então, se adoptou tais princípios, não os aplica aos seus correligionários.
E o que deverá ditar a moral e a ética aos partidos políticos, em época de eleições?
Uma das principais regras de conduta deve ser o rigoroso compromisso de honra dos candidatos em cumprir, depois, tudo que prometeram, antes.
E o que é que se tem visto?
Pomposas promessas, seguidas de pequenas acções e injustificadas mentiras. Mundos e fundos que se traduzem, quase sempre, em coisitas de pouca monta; grãozinhos de areia lançados aos olhos do povo, para este cegar e acreditar. “migalhas de pão” mal distribuídas, para comer e calar.
E toda esta vilanagem política está nos antípodas da moralidade e da ética; É o oposto do que deve ser um partido com candidatos sérios e responsáveis; que se preocupam em prometer tanto como o que vão fazer; que não dão emprego ao António por ser filho do João, ou sobrinho do Manuel, mas porque tem habilitações e revela competência; que não fazem obras faraónicas, só pela pura vaidade de dizerem que são suas; que não discriminam ninguém, num concurso qualquer, apenas por ser doutro partido.
É por tudo isto que é preciso exigir dos candidatos políticos, o seu “compromisso mínimo de execução”, ou seja, um conjunto exequível de medidas, para cada um dos ministérios. E, ainda, mais: antes das eleições, os eleitores deviam conhecer já, os futuros ministros, que os poderão governar.
No mundo de hoje, por alguma razão, todo o contrato é clausulado por escrito e devidamente assinado.
O mesmo se deve exigir aos candidatos políticos. Que assinem compromissos de honra. E se deixem de garridos placards com palavras vãs escritas a cores. Ou outdoors mentirosos a exibir rostos velhos sem rugas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ainda se queixa da Manuela...

Se houvesse cá assim...



Despacho n.º 9810/2009
Considerando que, nos termos do disposto no Decreto -Lei n.º 331/88, de 27 de Setembro, pode ser atribuído um subsídio de residência aos titulares do cargo de director -geral e de outros expressamente equiparados, à data da nomeação no local onde se encontre sedeado o respectivoorganismo;
Considerando que o Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva, presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, lugar expressamente equiparado a director -geral, tem a sua residência permanente em Aveiro:
Assim, nos termos do disposto no artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 331/88, de 27 de Setembro, determina -se o seguinte:
1 -- É atribuído ao presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva, um subsídio mensal de residência no montante de € 941,25, a suportar pelo orçamento da Secretaria -Geral do Ministério da Educação e actualizável nos termos da portaria de revisão anual das tabelas de ajudas de custo.
2 -- O presente despacho produz efeitos desde 1 de Novembro de2008.
12 de Fevereiro de 2009. -- O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.
Pela Ministra da Educação, Jorge Miguel de Melo Viana Pedreira, Secretário de Estado Adjunto e da Educação.
Vejam-se aqui as inúmeras reuniões deste organismo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Nuno Crato

Admiro muito a Ana Drago pela capacidade que tem demonstrado de se informar com o que se passa na educação, raro entre os políticos até há pouco tempo.
Mas este senhor lê-me os pensamentos em matéria de educação: exames, programas, «ciências da educação»...



Declarações de Rectificação

Ouvir na TSF

sábado, 9 de maio de 2009

Ofertas

Transcrevo apenas o ponto 3 deste post do «Pedro na Escola»


3. O dinheiro oferecido sem nada em troca
Quando tivemos a Avaliação Externa na nossa escola, vi-me, pela primeira vez, confrontado com o conceito de custo por aluno. Neste caso, uns 6000 euros anuais por cada um. Ou seja, o Estado, cujo fundo de maneio vem da remuneração de todos nós, oferece 6000 euros, por aluno, às famílias que têm os filhos a estudar na nossa escola. Oferece, mas não pede nada em troca. Não pede esforço, nem dedicação, nem sucesso, nem sequer comportamentos adequados. A maior parte dos pais não paga 6000 euros de IRS ao Estado, nem nada que se pareça. Pelo que se trata, efectivamente, de uma oferta. Um exemplo. Um aluno entra para o 7º ano e o Estado paga-lhe 6000 euros para andar gratuitamente na escola. O aluno, que descobriu que os pais não se importam muito com o seu sucesso escolar ou que não mostraram autoridade suficiente para o obrigar a ter aproveitamento, chega ao fim do ano lectivo e fica retido. O Estado, generoso quanto baste, chega-se à frente com outros 6000 euros para o ano lectivo seguinte. A estória repete-se, com nova e lamentável retenção. Os pais, entretanto, já descobriram que o filho ficou retido, pela segunda vez, por vingança e/ou perseguição dos professores, claro. Pelo terceiro ano consecutivo, o Estado entra com outros 6000 euros. A escola tenta dar a volta à situação, com uma transição por baixo da mesa, perante o ar de gozo e de desplante do aluno (e dos pais, já agora). Com jeito, talvez integre uma turma de PCA, ou um CEF, ou outra alternativa qualquer que, pela dimensão das turmas, sugere um custo por aluno muito superior aos dos alunos aplicados e cumpridores. Nunca o Estado encosta o aluno e os respectivos pais à parede e lhes pede contas pelo esbanjamento dos 6000 euros. Nunca! Mas era bom que se fizessem contas à vida e se contabilizasse o dinheiro que foi literalmente atirado ao lixo pelas famílias que não obrigaram os seus filhos a estudar e a ter aproveitamento. Como se isso não bastasse, quantos destes desperdícios não estiveram (e estão, e vão continuar a estar) associados directamente ao prejuízo dos alunos que querem aprender (ou cujos pais os obrigam a aprender)? Contas, precisam-se. Felizmente, este Estado descobriu o remédio para que nunca mais seja necessário fazer este tipo de contas e muito menos encontrar soluções: a milagrosa abolição das retenções. Mais um passe de mágica.
A não perder a leitura de todo o texto aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Verdadeira Paixão

Ao ler esta brilhante alegoria de João Miguel Tavares no DN, recordei claramente por que há muito não voto. (Por falar nisso, tenho de ir ver se encontro o meu cartão de eleitor...)

(...)

Numa triste inversão dos papéis históricos, de seguida apareceram dois Pôncios Pilatos (Jerónimo de Sousa e Carvalho da Silva) a lavar as mãos em relação ao que tinha acontecido. Um argumentou não ter visto o que se passou e o outro aconselhou-nos a compreender o desespero dos judeus - perdão, dos trabalhadores - que decidiram apaziguar o seu sofrimento amassando o senhor que abandonou a antiga religião. A partir daí, iniciou-se uma velha discussão teológica: o Partido Socialista criticou o Partido Comunista por querer demonstrar que Vital é mortal, e o Partido Comunista acusou o PS de andar há muitos anos a afastar-se do caminho da verdade.
O mais estranho nisto tudo é que até há pouco eles eram irmãos na fé. E não precisamos de recuar aos tempos de Abraão: basta-nos recuar até ao dia anterior à cena de pancadaria, quando PS e PCP, juntamente com PSD, PP e BE, tinham exibido uma admirável tolerância religiosa em matéria de financiamento partidário. Qual Jesus nas margens do lago Tiberíades, os cinco partidos procederam ao milagre da multiplicação do dinheiro vivo, com as contribuições de pilim caído do céu a crescerem mais de 50 vezes, perante o olhar espantado da multidão. As más-línguas gritaram que se tratava de uma heresia. Os partidos defenderam que os seus corações eram puros. Tal milagre, pregaram, não tinha como objectivo encher os bolsos das campanhas em ano de triplas eleições - claro que não! -, mas sim limpar os pecados do PCP, que tinha uma legião de demónios a infestar as contas da Festa do Avante. Alguém duvida de tão boas intenções? Só os apóstatas duvidam.
É certo que os corações mais duros não param de se interrogar. Como se explica que depois de tanto amor o mesmo PS que generosamente auxiliara o PCP o estivesse a chibatar? Como se entende que escassas 24 horas passadas soldados comunistas desatassem a vergastar o filho pródigo socialista? É não perceber nada de teologia: há sempre confusões quando Cristo desce à Terra. Mas lá no Céu, como se sabe, Deus há só um - e Ele vela carinhosamente pelo bem-estar financeiro de todas as religiões.

terça-feira, 5 de maio de 2009

I vou eu!

E eu que pensava que não mais participaria em nenhuma acção de «luta» contra este ME (desencanto e irritação com a maioria do rebanho de que faço parte) afinal sempre lá vou apesar de insólita e pouco adequada. Estes ainda me conseguem irritar mais...
I VOU EU, de novo!!!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Sem papas na língua



Para ler tudo aqui

- Foi mandatário de Cavaco Silva em 2006. Como é vê as recentes divergências entre Belém e o primeiro-ministro José Sócrates?
- Eu acho que o Presidente da República foi longe demais no apreço pelo Governo. Quando era visível que o Governo andava a fingir que fazia respostas o Presidente da República disse que era um Governo reformista.
ARF – Era o tempo da cooperação estratégica.
- Eu nessa altura já via claramente que não eram reformas. Eram um arremedo de reformas que não conduziam a coisa nenhuma. Não conduziram, já estamos três anos depois.
(...)
LC – Preferia ver Manuela Ferreira Leite à frente do Governo em vez de José Sócrates?
- Eu não preferia ver. A Manuela Ferreira Leite poder trazer à política uma coisa que é essencial, que é a seriedade.
ARF – E já agora a verdade.
- A verdade. Seriedade. Nós não temos seriedade na política. Isto é um espectáculo, uma aldrabice pegada. Manuela Ferreira Leite abre a boca e passado duas horas já estão duas pessoas a bater-lhe nas canelas. É o Santos Silva e o Pedro Silva Pereira. Eu nunca vi isso. Quando estive no Governo não tínhamos dois ministros para irem atacar os outros. O País está a ser gerido por medíocres.


Para quando um processozito para Medina Carreira?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Agressão a Vitalino Canas

Confirmam-se os dados avançados anteriormente: as brutais agressões a Vital Moreira foram perpetradas por um conjunto de populares manipulados por professores.

YUPI!!!

Hoje é dia de telejornal da TVI!!!!


Adenda: só para a semana...