«[...]dados recentes mostram que, nos EUA, Canadá, Grã-Bretanha e Suíça, os filhos dos emigrantes portugueses estão também entre os que obtêm resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras. Para Hermano Sanches Ruivo, responsável pela primeira associação de luso-descendentes criada na Europa, a Cap Magellan, a reprodução desta situação deve-se em grande parte ao facto de muitas famílias continuarem a não valorizar o papel da educação. “Para muitos, educação é os filhos fazerem o que eles fizeram”, comenta ao PÚBLICO. “Não têm tempo para acompanhar os filhos, não gastam dinheiros em aulas suplementares para compensar atrasos. Os jovens, por seu lado, têm como preocupação começarem a trabalhar o mais rapidamente possível.”
Também o organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP) apontou, em 2007, o dedo às famílias. Os fracos resultados escolares das crianças portuguesas devem-se “ao desinteresse total dos pais em acompanhar” a educação dos filhos e à “origem sócio-cultural modesta” destes, afirmava-se num documento que suscitou a indignação dos representantes portugueses naquele país.[...]»
Alguém duvida deste determinismo? Quando a família não quer saber, que aluno quer? A excepção faz a regra...