Curiosidades

"De repente dei comigo a pensar: curioso, o Ministério do Ensino Superior e da Ciência sempre foi ocupado por um professor do ensino superior, OK qual é o problema!? Mas o Ministério da Educação (ME) também é sempre ocupado por um professor do ensino superior e nunca por um professor do ensino não superior? “DAAA” não percebo nada!!!!
O ensino básico e secundário passou a designar-se de “ensino não superior” exactamente por decisão de um professor de ensino superior (...)

Estão os professores de ensino superior a fazer como pregam, isto é, preencher montes de papelada, planificar as suas aulas, propor estratégias diferenciadas e respectivos planos para cada aluno daqueles que se amontoam em alguns cursos e, em particular em algumas cadeiras, anos seguidos e tudo isto muitas vezes sem computador e sempre sem secretária?

De quantos em quantos anos mudam de sebenta, de escola ou de estratégia de aula? De quantos alunos se lembram do nome, quando é que se preocuparam com aspectos económicos e sociais das suas famílias, dos seus contextos e dos custos de tantos não terminarem o ensino superior no número de anos esperado? Quantos passaram porque já “eram mais velhos" e estavam a repetir há anos demais?

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O acesso para todos (o ensino é obrigatório) não tem sido sinónimo de sucesso para todos. Que mecanismos têm sido introduzidos para promover o sucesso, melhoria das condições das escolas, mais laboratórios, diferenciação de tempos lectivos, diferenciação de percursos escolares? Não, ou ainda muito pouco, tem sido um sucesso imposto por normativos e relatórios a preencher que mais não visam que “passagens administrativas”.

Não sou a favor da retenção por si só, nem me parece que a retenção seja a solução para maus percursos, é mais do mesmo, mas também não sou a favor de uma cultura de deixa andar e de avaliação enviesada, nem para alunos nem para professores.

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Podia ir para o ME o nosso engomadinho das Taipas :)