domingo, 31 de dezembro de 2006

Bom ano 2007



...ou, pelo menos, melhor que os anteriores...

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Estratégias...

O exame intermédio de Matemática de 12º ano foi MUITO mais fácil que o mesmo do ano lectivo anterior. (Enorme e satisfeita estranheza entre os alunos que resolveram nas aulas o do ano anterior e se depararam com este...) Se o exame final for deste tipo...

Já estou a ver as parangonas nos jornais com o discurso rejubilante da nossa ministra:
Plano nacional da Matemática, implementado por este Executivo, mostra os primeiros resultados!

domingo, 10 de dezembro de 2006

Avaliação

Gosto muito de «ler» a teia das reflexões da Teresa...

Finalmente!

Fiz estes dois últimos testes com a estrutura de exame.

  • Grupo I - Perguntas de interpretação de um texto;
  • Grupo II - Perguntas de escolha múltipla e correspondências;
  • Grupo III - Texto expositivo/argumentativo.

Cerca de onze horas para ver o primeiro grupo; à volta de três para ver o segundo; mais de 6 horas para ver o terceiro. (Tenho de arranjar maneira de ser tudo cruzinhas...)

Aqui está o exemplo de um aluno que há 3 anos insiste em fazer companhia a mim e a alguns colegas meus:





e exemplo de um que me vai sair rapidamente das mãos:




Depois de passar 20 horas à volta de 40 testes + 1 a coligir toda a informação, acabei a avaliação de 2 turmas.
Contei os trabalhos de casa; lancei todas as notas, das 2 fichas feitas na aula e das 8 feitas no moodle, no excel, para chegar à média; juntei as 2 dissertações e a oitava que fizeram e apreciei tudo.

Custou, muito, mas já está. Estou feliz! (ainda por cima há poucas negativas!)



Amanhã poderei olhar para as minhas filhas e ajudar a mais nova que ainda vai ter dois testes.



Quer isto dizer que na próxima semana só trabalharei 14? Ah pois está claro que não!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

E continua...

Excertos de «ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA CIENTÍFICA DA TERMINOLOGIA LINGUÍSTICA PARA OS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO (TLEBS)»
de João Manuel de Andrade Peres
Linguista, professor catedrático
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
(...)
Não obstante o que afirmei na secção anterior acerca do papel dos linguistas na avaliação de uma terminologia linguística, é com pena que verifico que, entre as vozes críticas da TLEBS que nos últimos meses surgiram nos jornais e na televisão, estiveram muito poucos linguistas (tanto quanto me apercebi, apenas Jorge Morais Barbosa, catedrático da Universidade de Coimbra). Este facto perturba- me, pois dele resulta a imagem ilusória de que estamos todos a cerrar fileiras em defesa da Terminologia. Sei que isto não é verdade e reputo importante que o país o saiba. Por isso avanço agora com esta posição pública, apesar de me ser penoso pôr em causa o trabalho de colegas e possivelmente magoá- los, de tal modo que por muito tempo protelei a iniciativa e pelo menos três vezes contactei uma das autoras da TLEBS, responsável por algumas das partes que considero mais problemáticas. A primeira reacção desta Colega de departamento foi de surpresa e alguma displicência, mas, num segundo momento, informou-me de que se previa uma revisão para Setembro passado e alertou-me para que uma intervenção pública da minha parte poderia pôr em causa o trabalho de muitos anos de linguistas em prol do ensino da gramática. Setembro passou, estamos em Dezembro e nada vi ou me foi dito até hoje que justifique a manutenção do silêncio.
À circunstância que acabo de expor acresce o facto de o público estar a receber uma imagem dos linguistas que quase faz deles um bando de incompetentes malfeitores que teria por objectivo torturar professores e alunos e pôr de rastos o ensino do português.
Não conheço nenhum linguista a quem assente bem esta (minha) descrição hiperbólica, mas entendo perfeitamente que alguns de nós sejam acusados de ter agido de forma pouco profissional.
(...)
Tenho plena consciência de que, ao intervir, poderei afectar o prestígio de alguns linguistas e reduzir a margem de influência que tenham conquistado. Porém, considero de muito maior monta o prejuízo que esses mesmos linguistas estão, com a TLEBS, a infligir a muitos milhares de crianças e jovens deste país e a alguns milhares de docentes.
Depois de muito instado por antigos alunos que hoje são professores de português, opto, como considero ser de boa norma, pelo mal menor e procedo como quem cumpre um dever cívico. Faço-o na esperança de que mais vozes se ergam, levando o Governo a tomar consciência da gravidade da situação, da qual se constituiu responsável último, ao ter-lhe dado força de lei, não obstante o processo ter sido herdado, praticamente concluído, de governos anteriores (o que é de rigor afirmar, como aliás tem sido feito, mesmo por uma voz insuspeita de preferência política pela actual governação, como é a de Graça Moura).
(...)
A meu ver, a TLEBS não é um objecto inaceitável pelo facto de ser inovadora nos termos (ainda que as inovações possam ser discutíveis), nem por nela se pretender assumir uma postura científica, nem por conter termos de estrutura complexa e difícil de apreender. Não, a TLEBS deve ser rejeitada, antes de mais, porque cientificamente não merece crédito (quod est demonstrandum, obviamente). Adicionalmente, e dado o fim a que se destina a Terminologia, não é também despiciendo o facto de que, mesmo que ela tivesse mérito científico, se tornaria um objecto inútil por não ser servida por materiais de consulta sólidos, nomeadamente uma boa gramática do português de perspectiva inovadora, que não existe. Acresce ainda que a TLEBS é chocante pela sua insensatez no que respeita a extensão, pelo carácter abrupto (direi mesmo brutal) do seu modo de introdução (por oposição a um processo eventualmente faseado ao longo de anos) e pela insensibilidade que revela à importância da coesão inter-geracional, criando rupturas absolutamente inúteis.
Antes de formular as minhas críticas, respondo a uma pergunta que pode surgir no espírito de quem me lê: mas, então, a TLEBS não está já avaliada e creditada cientificamente, uma vez que a sua base de dados de definições foi elaborada exclusivamente por docentes universitários? Lamento responder que não está. Pelo menos por três razões, as duas primeiras das quais espero que fiquem evidenciadas no presente texto: em primeiro lugar, alguns dos autores não são, de modo algum, as pessoas mais qualificadas do país nas suas áreas e estas não foram chamadas a dar o seu contributo crítico sobre o seu trabalho; em segundo lugar, alguns dos autores claramente excederam os limites das suas competências específicas, trabalhando sobre questões de que pouco ou nada entendem; finalmente, por mais elevada que pudesse ser a qualidade do trabalho realizado separadamente por oito entidades distintas (nuns casos, indivíduos, noutros grupos), só por milagre a conjugação dessas peças autónomas no todo da TLEBS poderia ter resultado em algo de coeso e consistente, quando nem uma única vez essas diferentes entidades trabalharam em conjunto para articular a nova terminologia para o ensino do português. Eu sei que é inacreditável esta última afirmação, mas oiça-se o cândido depoimento de uma das autoras, que se pode encontrar no sítio oficial da TLEBS, na secção de “perguntas mais frequentes”: “Na TLEBS há duas definições para Adjectivo, como para Advérbio, Nome e Verbo. Esta duplicação resulta de cada domínio ter sido tratado por um diferente autor e nunca ter sido feito um cruzamento dos dados.” Lê-se e não se acredita. Como é possível que, em tais condições, tenha sido assumida a responsabilidade de fazer chegar a Terminologia ao Diário da República e que ela esteja hoje a ser imposta ao país inteiro? Alguém terá de responder por tamanho absurdo.

(...)
A concluir as minhas notas críticas e avaliativas, lamento dizer que os comentários que aqui expendi (com a ironia que, para mim, quadra bem com tudo o que é tragicómico) mais não representam do que – acentuo bem – uma pálida amostra do muito mais que há para dizer de negativo acerca da TLEBS, nuns casos por manifesta insuficiência ou incorrecção da informação dada, noutros por uma estreita visão do objectivo a atingir, a que faltou um rasgo de coragem para as inovações e as rupturas fundamentadas que se impunham. Apesar disso, eu quero muito não perder mais tempo com a TLEBS, ou, dito de outro modo, não quero gastar mais cera com tão ruim defunto. Só o farei se a isso me sentir obrigado (sans rancune, pois estará a rodear as reais questões quem pensar em conflitos pessoais).
(...)
Quero de novo acentuar que fiquei com a impressão geral de que a TLEBS tem partes que, após revisão cuidada, são de acolher. Tenho pena de que não sejam todas, porque preferiria poder escrever um texto de elogio ao trabalho dos meus colegas, que passaria a usar e a difundir com muito gosto. Porém, perante o que me foi dado observar, não tenho dúvidas em declarar publicamente, com plena convicção e sentido da responsabilidade que assumo, que, independentemente das partes válidas que a TLEBS contém, o conjunto que abrange a Morfologia, as Classes de Palavras, a Sintaxe, a Semântica Lexical e a Semântica Frásica – que constitui precisamente o cerne do sistema linguístico – apresenta deficiências e lacunas de uma gravidade tal que fazem desta terminologia, tomada na sua globalidade, um objecto que não merece crédito científico, que envergonha a Linguística portuguesa e o próprio país e que não se entende como pode estar a ser introduzido no sistema de ensino. Se alguém tivesse como objectivo contribuir para tornar o ensino do português algo de odioso para os alunos, não poderia ter dado melhor ajuda.

(...)
Texto de 30 páginas, onde o autor faz uma análise do discurso hermético da TLEBS, das falhas e incoerências várias que apresenta e comenta as vozes que a têm defendido e atacado. Sem 'partidarices'.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Ainda...


GramáTICa


Análise Sintáctica
por
Filomena Viegas - quarta-feira, 29 Novembro 2006, 01:02

Q:Na frase "Dormi miseravelmente esta noite.", qual a função sintáctica, à luz da nova terminologia, atribuída a "esta noite"?
Carla Pereira Profesora Braga

R:Na frase que apresenta ocorre o verbo intransitivo “dormir”, cuja grelha temática não apresenta argumento interno na predicação. Em “Dormi miseravelmente esta noite.”, o constituinte sublinhado tem a função de modificador do grupo verbal. Esta função sintáctica é desempenhada por constituintes não seleccionados pelo núcleo do grupo sintáctico que modificam. Podemos considerar “esta noite” como modificador preposicional, substituível por “durante esta noite”. Passa-se o mesmo em relação a frases do tipo “Domingo dormirei bem.”, onde “domingo” é igualmente substituível por “no domingo”.

Re: Análise Sintáctica
por
Virgílio Dias - segunda-feira, 4 Dezembro 2006, 08:40


Concordo inteiramente com a análise da Filomena. À luz da TLEBS - e é essa que, agora, nos ilumina - perfeita!
Mas...será que esta noite modifica, realmente, o predicado dormi miseravelmente, ou, antes, lhe acrescenta informação?
Devo confessar que seria para mim muito mais correcta uma descrição que respeitasse a verdade da frase e classificasse esta noite como complemento à informação dada pelo predicado: um complemento não argumental que se chamasse circunstancial, ou suplemento...mas que não fosse, apenas, modificador. Neste caso, modificador fica aquem da necessidade descritiva. Ninguém me convence de que esta noite, nesta frase, modifica seja o que for.
Continuo a pensar que não podemos abdicar do recurso aos complementos circunstanciais. Que inconveniente é que terão visto no seu uso? Teremos que os distinguir dos complementos preposicionados, teremos de diferenciar complementos argumentais de circunstanciais...façamo-lo. Mas é um erro querer eliminar esta ferramenta da descrição gramatical.



Re: Análise Sintáctica
por
Assunção Caldeira Cabral - quarta-feira, 29 Novembro 2006, 12:17

Bom dia, Virgílio, deixe-me meter a minha colherada: a análise da Filomena, «perfeita», não nos pode levar a concluir que "miseravelmente" tem um estatuto diferente de "esta noite". O que ela diz, e estou perfeitamente de acordo, é que o v. DORMIR, núcleo do predicado, não selecciona qualquer complemento e que, portanto, quer "miseravelmente", quer "esta noite" são modificadores do grupo verbal o qual, na frase em apreço, é constituído apenas pelo seu núcleo ("dormi"). Ambas as expressões têm o mesmo estatuto.Do ponto de vista da «sintaxe tlébica», o critério a aplicar em primeiro lugar é o da estrutura argumental do verbo porque é aí que se gera a gramaticalidade/agramaticalidade da frase. Os restantes constituintes são opcionais. Quando realizados sintacticamente alteram, naturalmente, o valor semântico da estrutura frásica, o qual pode/deve ser estudado à luz da semântica frásica (subdomínio B6). Daí o considerar-se que a função sintáctica desempenhada por qualquer dos constituintes não seleccionados pelo núcleo do grupo sintáctico é a de modificador. No documento TLEBS, na entrada MODIFICADOR, há uma chamada de atenção que esclarece as diferenças terminológicas: «Na tradição gramatical, os modificadores também se denominam adjuntos ou circunstantes.»Esta é a minha maneira de ver as coisas. Foi bom ter insistido na ideia dos complementos circunstanciais. Um abraço. Assunção



Re: Análise Sintáctica
por
Virgílio Dias - quinta-feira, 30 Novembro 2006, 09:43

Dormi miseravelmente esta noite
O predicado desta frase é dormi miseravelmente.
O verbo dormir poderá, eventualmente, ter usos de valor absoluto. Tentemos, no entanto, construir frases em que coloquemos aquele verbo como predicado, e veremos que, habitualmente, se trata de um verbo de dois lugares:
João dorme muito, pouco, bem, mal, na casa dos pais - ou: dorme tranquilo, agitado...
O constituinte esta noite, nesta frase, é, estrutural e funcionalmente, diferente do advérbio adjunto miseravelmente que, sintacticamente, é um modificador.
Há uma estratégia, a que recorro, em casos de dúvida: verificar se um constituinte é coordenável com um outro de que eu conheça claramente a função. Se o for, ele desempenham a função conhecida. Se o não for, estamos perante uma função diferente.
Nesta frase, miseravelmente e esta noite não são coordenáveis. Logo miseravelmente é um modificador; esta noite é outra coisa.
Mas, se formos tão TLEBISTAS que nos sintamos forçados a uma interpretação dentro dos seus cânones, há uma possibilidade de não ofendermos gravemente a gramática: classificaríamos esta noite como modificador de frase - e, como tal, já não integraria o predicado - como me parece desde a primeira leitura.


Re: Análise Sintáctica
por
Assunção Caldeira Cabral - quinta-feira, 30 Novembro 2006, 15:29

Não posso de maneira nenhuma concordar com a análise que defende mas, como não estou a ser capaz de me fazer entender, sugiro-lhe uma consulta detalhada da Gramática de M.H.Mateus...:
1. Para a determinação do esquema relacional do v. DORMIR: p.300;
2. Para a análise da estrutura interna do grupo verbal: p.409 (11.5.2.);
3. Para o estudo dos adjuntos: p.414 (11.5.3.). Na p.417 há uma síntese desta questão que me parece bastante esclarecedora, nomeadamente em relação aos circunstanciais;
4. Para a apresentação dos advérbios de modo: p.422;
5. Para a distinção entre o estatuto argumental/não argumental dos advérbios: p.425.
Por agora, penso que a leitura destes 5 pontos o deixarão mais esclarecido evitando, assim, perdermos tempo com divagações de um lado e do outro. Se não for o caso, sempre ao dispor.
Assunção
(...)
Re: Análise Sintáctica
por Virgílio Dias - segunda-feira, 4 Dezembro 2006, 08:40
Não imagina a Assunção a graça que eu encontrei no seu conselho: estude! É que muitos amigos, desde pequeno, têm tentado limitar o meu gosto pelo estudo. O meu Prefeito, nos Jesuítas (com quem, durante 9 anos, aprendi gramática e latim), não permitia que eu faltasse aos recreios para estudar; o meu médico limita-me, agora, a 2 horas o estudo diário; também a minha mulher vai tentando desviar-me daquilo que eu mais gosto: estudar.
Por isso, achei imensa graça ao seu conselho: estude! Até que enfim, alguém reconhece a minha necessidade de estudar mais, e mais...porque cada vez tenho a certeza de saber menos. Fico-lhe agradecido.

Fui revisitar todos os pontos que a Assunção me indicou. Nenhum me desviou da minha interpretação: esta noite e miseravelmente são dois constituintes tão diferentes que não lhes pode ser atribuída a mesma classificação sintáctica.
Mas não me limitei a cumprir o seu conselho. Fui ainda reler Los complementos adverbiales temporales. La subordinación temporal do Prof.Luis Garcia Fernandez (Univ.Castilla-La-Mancha) na Gramática Descriptiva de la Lengua Española, pág. 3129 a 3202. E não deixei de voltar a estudar o que nos diz o Prof. Leonardo Gómez Torrego na sua Gramática Didáctica. E sabe o que lhe digo? Fiquei ainda mais convencido do que tenho afirmado: miseravelmente pertence ao predicado; esta noite é outra coisa. Mas não se admire! Já o Prof.Malaca Casteleiro, que foi meu orientador de Mestrado, dizia que eu, nas questões de análise gramatical, sou demasiado teimoso - mas ia acabando por me dar razão. Espero que o mesmo venha a acontecer agora.

Forum GramáTICa

adjectivos?
por Eva Pires - sábado, 18 Novembro 2006, 23:57

Olá...
Queria aproveitar este espaço para colocar a seguinte questão: a que classe de palavras pertencem as palavras destacadas a seguir?

Ele foi o segundo aluno a chegar. Tu foste o primeiro.

Obrigada
Eva




Cara colega
as palavras destacadas na sua questão pertencem à classe dos adjectivos, e à subclasse dos adjectivos numerais. Assim: um, dois, três... são quantificadores numerais, 1º, 2º ... são adjectivos.
Espero ter ajudado
Glória



Re: adjectivos?
por Eva
Olá novamente...
A minha dúvida era em relação à palavra primeiro, por não surgir acompanhada por nenhum nome...
Obrigada pela rápida resposta



Re: adjectivos?
por Filomena

Boa noite Eva,
Venho dar-lhe a minha opinião. Se em vez de Tu foste o primeiro a nossa 2.ª frase fosse Tu foste o último, diríamos que se tratava de nominalização do adjectivo último. Julgo que também neste caso do adjectivo numeral podemos considerar que houve elipse nominal de aluno, apresentando primeiro um comportamento nominal.
FV

sábado, 2 de dezembro de 2006

Tlebs ...

http://ciberduvidas.sapo.pt/controversias/311006.html

Aos defensores da dita, pergunto o seguinte:

  • Porquê dizer que nas frases 'O rapaz foi a Lisboa', 'O rapaz está em Lisboa' e 'O rapaz estuda em Lisboa' temos respectivamente um complemento preposicional, um predicativo do sujeito e um modificador preposicional?

Isto simplifica?
Não era mais simples dizer que nos três casos tínhamos UM complemento circunstancial de lugar?

Não há dúvida das vantagens de alguns aspectos da Semântica frásica ou da Pragmática, por permitirem uma reflexão sobre o 'texto'. O que não consigo entender é da necessidade de alterar conceitos que estão enraizados e que fazem todo o sentido.
Outro exemplo:
  • 'O primeiro homem foi Adão'. Se 'primeiro' é (agora) um adjectivo e se está colocado à esquerda do nome então é (de acordo com a semântica frásica) não restritivo. Não é restritivo? Claro que é! Porquê colocar os numerais ordinais como adjectivos?