sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Equidade

Entre os 38 e 39 graus de febre desde a última terça, fiquei em casa a fazer companhia à minha mais velha que está na mesma. Só hoje consegui baixar a febre para os 37,5º. Só hoje me consigo levantar e andar a direito.
Com 4 familiares médicos, nunca recorri ao Serviço Nacional de Saúde, a não ser para as vacinas das crianças. Muito raramente justifiquei faltas com atestado. O último foi há 4 anos, por dois dias. Normalmente usava o artigo 102º, descontando um dia de férias.

Agora, veja-se aqui, sempre que estiver doente, tenho de ir (é a isto que acho mais piada) para a bicha/fila do Centro de Saúde ou das urgências.

São disparates em cima de disparates, em nome da convergência.
http://dn.sapo.pt/2007/01/08/economia/a_aberracao_o_senso_justica.html
Adenda:
Os meus pais contam as visitas aos doentes que, inicialmente, faziam de bicicleta a kms de distância. O pagamento? Galinhas vivas ou mortas, vinho, um borrego (ainda me lembro dele - simpaticíssimo, que, qual cão, nos vinha dar marradinhas ternas quando o íamos visitar no espaço que lhe foi reservado do quintal- morreu de velhice, claro) ... Outros tempos, obviamente. Mas bons costumes. Agora impera a desconfiança militante.

2 comentários:

soledade disse...

Qual SNS? Ainda há? :(

emn disse...

Como me dizia um tio, tb médico, se os médicos do em extinção SNS fossem a casa, ainda se justificaria uma medida destas. Agora, obrigar-nos a ir para uma bicha em espaços a maioria das vezes tremendamente desconfortáveis, por causa dos poucos que metem atestados para ir de férias.... Poupem-me!