quinta-feira, 31 de maio de 2007

Irritação

Estou zangada.

Em processo de mudança de Executivo a decorrer na minha escola, acho piada aos argumentos.
Quem muito ladra, nunca morde. Falam, criticam, mas alternativas ninguém apresenta. Com uma reduzida amostra de candidatos elegíveis, acontece aparecer alguém que «quer». E é tão importante querer... nada se faz quando se está «por estar». E, se alguém quer, há que lhe dar as condições para «reinar». Porque mais ninguém quis. Eu, sendo «elegível», não quero. Mas, como não quero, apoio quem quer. Os outros, não apoiam nada, mas criticam tudo.

Faz-me pensar na greve. Todos falam mal do Governo. Todos criticam tudo. Ninguém vê o mínimo de coerência. Mas quantos fizeram greve? (e não me conotem com partidos!.... fiz greve e sou «tradicionalmente» inclinada para a direita, porque sei que somos todos muito iguais, mas todos MUITO diferentes.... Quero lá saber de partidos!)

Não me chateiem. Sejam coerentes.

Adenda:
Mas por falar de partidos... Por que razão a UGT não aderiu à greve? Que outras estratégias de luta estão a desenvolver? Serei eu que estou completamente enganada e a ver tudo mal? Este governo está lúcido?

Agora, sinto-me cada vez mais a tombar para a esquerda... Será porque uma extrema direita está no governo?

4 comentários:

Amélia disse...

A meu ver a única razão válida para alguém querer ir para um C.Executivo é para evitar que vão para lá os sem-vergonha ( e são tantos!)que arbitrariamente poderão lixar as pessoas que entenderem.Porque lhes é atribuído um poder absolutamente discricio
nário e susceptivel de ser exercido com toda a margem de arbitrariedades possíveis.

emn disse...

Um CE pode ser sempre controlado pela Assembleia. Dois terços dos votos desta e cessa o mandato...

soledade disse...

Em todo o caso: uma vez li um livro do Arthur C. Clark em que, "num planeta distante", o presidente do órgão dirigente do dito planeta, para poder ser eleito, tinha, entre outros requisitos (de competência, éticos, etc), que não desejar o cargo e nada fazer para o alcançar, bem pelo contrário. Utopias, bem sei, mas tenho-me lembrado disto.

emn disse...

Eu sei que o que lembras é certíssimo... Mas é num mundo ideal, de gente ideal...
Um Pres de um CE, tem de ter várias qualidades: a primeira e mais importante BOM-SENSO; a segunda e não menos importante, os «ditos cujos» no sítio - quer para enfrentar a hierarquia superior, quer para pôr a inferior a mexer...
O que se passa com a maioria dos CE é uma passividade total, quando não um «comprometimento» com todos, sem resultados para ninguém.
Encolhem os ombros a tudo: ao que não funciona, à legislação... a tudo. Esta candidata a Pres tem um grande espírito de iniciativa e uns enormes «ditos cujos». Pode até acomodar-se ou tornar-se autoritária, porque uma das suas características é sobrepor a voz a todos os outros, mas para não deixar que isso aconteça estamos lá todos... (acho eu...)
Nestas coisas é sempre «parece-me»...
«Prognósticos, só no fim do jogo».