sexta-feira, 8 de junho de 2007

Bom senso

No GAAIRES apresenta-se esta sugestão:


Como já escrevi uma vez, parece-me que a inclusão da nota de Educação Física na média para ingresso no ensino superior penaliza um número indeterminado de alunos que, quando iniciaram o seu percurso escolar não podiam adivinhar que as regras do jogo iam ser mudadas. Mas também me parece injusto que os alunos com bom desempenho na disciplina não possam tirar proveito disso. Por isso mesmo, entendo que deveria ser adoptada uma de duas soluções sugeridas pela Comissão de Avaliação:

a) que o aluno possa optar por uma das duas médias (com ou sem Educação Física) - é a minha preferida e a de mais fácil concretização;

b) que cada aluno possa excluir da média a disciplina com pior nota (desde que não seja específica, claro).


Quando fiz o 12º (foi a primeira vez que existiu) teve de ser com aulas à noite, pois a escola não tinha espaço para nós. Tive três disciplinas. Posso dizer que não fiz absolutamente nada. Foi um ano divertido a jogar matrecos num café próximo do liceu... Fiz o ano «com uma perna às costas» e não sofri qualquer pressão com a «média» para entrar aqui ou ali...

Agora vejo pelos meus alunos e pela minha filha mais velha o esforço que têm de fazer para conseguir «lutar» pela média. É tão disparatada a quantidade de matéria que têm de empinar, que me irrita um bocadinho quando vejo a minha a estudar quem inventou o andebol...

Os programas são extensíssimos, inenarráveis, nascidos e criados por mentes ilustres que julgam estar a formar universitários, com incongruências várias de articulação entre eles que não lembram ao diabo.

Coitados dos miúdos «certinhos». Crescem mais cedo, mas só podem «viver» mais tarde.
Os outros esquecem a escola porque não conseguem. (Bem, agora, com os RVCC, sempre podem por vias travessas fazer de conta.)

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