terça-feira, 4 de março de 2008

José Matias Alves

José Matias Alves faz parte do recém-formado CCAP.
Haja ESPERANÇA.
Do Respeito, da Dignidade, do Reconhecimento

Eu nunca ficarei indiferente perante uma realidade como a que é relatada no comentário colocado na entrada sobre o nado-morto do estatuto do aluno:

Uma antiga formanda pediu-me para me deslocar à escola dela e trabalhar com ele numa aula determinado aspecto do programa. Lá fui hoje. Escola Básica 2/3 dos arredores do Grande Porto. Turma de 7º ano. Colegas, nunca vi semelhante mau comportamento na vida. Só 15 alunos, mas o que revelam do que é o atraso da nossa sociedade. Não são todos, 4 ou 5. Mais do que suficiente para desestabilizar. Endurecidos na asneira. Na impunidade. Apetece-me escrever um texto longo sobre o que vi. Inacreditável. Em cada sala há uma ficha com aspectos relativos à má educação e comportamentos impróprios que podem ocorrer. Só de ler a ficha - que tem toda a razão de ser dada a realidade - fica-se doente. Colegas, o meu ENORME RESPEITO pelos professores que lidam diariamente com estes jovens sem qualquer educação. RESPEITO. Não é possível ensinar nem aprender. Pobre colega que seja assistido e avaliado com tais alunos. Lamento profundamente que os pais, ou a Senhora Ministra, não possam colocar-se atrás de uma parede transparente que lhes permitisse observar o que eu vi. De preferência um pai que me contaram na escola ainda há pouco ameaçou pelo telefone, quando chamado à atenção por causa da falta de educação do filho, «Olhe que vão ser avaliados por mim!». Colegas, é mais que tempo da REVOLTA. Qual estatuto do aluno! É o estatuto do país. Estas crianças sem regras amanhã não pararão no STOP.

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