Excessos e Manipulação
É sempre bom contextualizar tudo. Neste link do DN pode-se ouvir toda a polémica aula:
O que se ouve é uma professora que se excede em dois momentos distintos, devido provavelmente à raiva (também detesto mentiras) provocada por insinuações que partem de 2 alunos e são depois corroboradas pela encarregada de educação de um deles, numa reunião cujo assunto era uma visita de estudo. Os excessos consistem apenas naqueles momentos que são apresentados manipulativamente no excerto da SIC. Ao ouvir-se tudo, percebe-se que não estamos diante de nenhuma terrorista. Nota-se que é voluntariosa, nota-se que é uma «mulher do norte», (tem de corrigir aquele 'percebestes') sem papas na língua e com alguma rudeza. Ser erradicada do ensino, como já li por aí? Que disparate. Parece-me que os alunos ficariam mais a perder do que a ganhar... Mas eu sou suspeita - gosto mais dos francos que vomitam o fel do que dos polidos que o mastigam e nunca chegam nem a engolir nem a cuspir.
O ideal era sermos todos «seres superiores» com um «saber de experiências feito», mas, por um lado, ninguém nasce ensinado e, por outro, «burro velho» não aprende. Todos temos defeitos.
Há excessos, sem dúvida.
Há manipulação, sem dúvida.
E, mais grave, há suspensão indevida.
Em 20 anos de ensino, tive problemas com dois alunos. Nunca me excedi nestes termos, mas apenas porque não calhou.
Quando esta professora se refere ao «você» como tratamento da mãe, recordo que o meu primeiro problema com um aluno, (9.º ano, 19 anos, expulso de uma escola próxima) foi exactamente porque, de mãos na cintura, se virou para mim de olhar sobranceiro e perguntou: «Que é que você quer?»...
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