Representatividade da Confap
Transcrevo aqui uma Carta da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica 2/3 de Grão Vasco de Viseu, que pediu à Confap para a publicar no seu site, por discordar das posições apresentadas pelo seu representante. Afinal qual é a representatividade da Confap???? Na reunião de pais em que participei (como mãe e não falei...), os pais insurgiram-se contra «estas» substituições, referindo inclusivamente que «no seu tempo» bem gostavam dos «furos», que proporcionavam momentos de socialização que não se podem ter durante as aulas. O problema é que AGORA muitas aulas, em vez de serem espaço de aprendizagem, são deste «tipo» de socialização (em que, claro está, nada se aprende).
Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica 2/3 de Grão Vasco de Viseu contra estas aulas de substituição
Face à inexistência de informação escrita para os Pais e Encarregados de Educação da Escola Grão Vasco de Viseu sobre as aulas de substituição/actividades de ocupação de tempos escolares e respectivas faltas, questionámos o Conselho Executivo, que nos respondeu dia 26 de Outubro dizendo que estava a cumprir as directrizes do Ministério da Educação e que “No que concerne ao regime de faltas às actividades de ocupação dos tempos escolares somos de informar que estas servem para estrito controlo por parte dos Directores de Turma”.Surpreendentemente surge a informação nº 156/SEE/2005, datada de 21/10/2005, com despacho de 24/10/2005, (no entanto divulgada em 26 de Outubro) que refere precisamente o oposto, dizendo mesmo que “Estas ausências são consideradas como falta à disciplina marcada no horário do aluno;..O processo de justificação segue os procedimentos estipulados para qualquer falta de presença”. Perante o exposto pode concluir-se que estes factos podem denotar uma total falta de consulta e de coordenação entre as partes envolvidas (pais e encarregados de educação, escolas e M.E.).A Associação mostra a sua preocupação pelo facto de paradoxalmente, e de forma totalmente antipedagógica, poder haver alunos a reprovar por faltas a disciplinas a que na verdade nunca faltaram, tendo faltado sim às actividades de ocupação dos tempos escolares, que não têm nada a ver com os conteúdos leccionados na disciplina a que o aluno está a faltar. Segundo o próprio Ministério, se a estas actividades não lhes é assim atribuída a dignidade de uma aula, como poderá haver, então, falta?Será que a intenção desta informação é fornecer verdadeiras aulas de substituição. Leccionadas por um docente do mesmo grupo disciplinar, no seguimento do planeamento diário elaborado pelo professor titular da disciplina? Sim, essas teriam o apoio de todos e a todos os tempos mas, até ao momento, não temos notícia de nenhuma aula de substituição na Escola Grão Vasco de Viseu.Só a falta com consequências para todos os efeitos legais a verdadeiras aulas de substituição fará sentido, caso contrário será uma imposição absurda, totalmente antidemocrática e que não respeita a vontade de muitos pais e encarregados de educação.Muitos pais e encarregados de educação gostariam de ser eles a organizar os tempos livres dos seus filhos e educandos, principalmente, se os mesmos recaírem aos primeiros e últimos tempos da manhã e da tarde. Deveriam assim ser facultativas, estas actividades, dando o direito de opção a todos os Pais e Encarregados de Educação, dado tratar-se de actividades extracurriculares. Parece-nos, assim, estranho e incompreensível que a Escola queira os alunos dentro da mesma, quando muitas vezes terão possibilidade de ir para suas casas estudar ou descansar na companhia da sua família.Será que se está a esquecer a autonomia das Escolas? E os Direitos dos Pais e Encarregados de Educação? Esta medida do M.E. parece-nos ser uma medida centrada nas aparências, em que não foram ponderadas as consequências pedagógicas da mesma, sendo também descontextualizada da realidade Escola/Meio.
A Direcção da Associação de Pais da E.B.2/3 de Grão Vasco de Viseu
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