Revolta
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=689314&div_id=1731
A ministra da Educação traçou ontem um quadro arrasador da falta de orientação das escolas e dos professores para os resultados dos seus alunos.
Turnos da manhã reservados a turmas dos melhores alunos e filhos dos funcionários da escola, preocupação quase exclusiva para o cumprimento «burocrático-administrativo» das leis e distribuição das melhores turmas aos melhores professores são alguns dos exemplos apontados por Maria de Lurdes Rodrigues para dizer que a escola tem-se preocupado em dar aulas, mas não com o sucesso educativo dos alunos, noticia o «Diário de Notícias».
Este retrato foi desenhado pela ministra na abertura de uma série de seminários, promovidos pelo Conselho Nacional de Educação, no Fórum da Maia, numa plateia com professores. Apesar do rosto desagradado de muitos face ao discurso de Maria de Lurdes Rodrigues, as manifestações públicas foram escassas.
Isabel Cruz, professora da Trofa, foi, perante os jornalistas, a voz do protesto que os colegas silenciaram: «Estou perfeitamente revoltada. A senhora ministra tem que respeitar os principais agentes da educação. Fez um retrato da escola no qual não me revejo». A docente assinalou a «gravidade» do que disse a ministra e acusou-a também de «ignorar e não escutar» os professores.
A ministra da Educação traçou ontem um quadro arrasador da falta de orientação das escolas e dos professores para os resultados dos seus alunos.
Turnos da manhã reservados a turmas dos melhores alunos e filhos dos funcionários da escola, preocupação quase exclusiva para o cumprimento «burocrático-administrativo» das leis e distribuição das melhores turmas aos melhores professores são alguns dos exemplos apontados por Maria de Lurdes Rodrigues para dizer que a escola tem-se preocupado em dar aulas, mas não com o sucesso educativo dos alunos, noticia o «Diário de Notícias».
Este retrato foi desenhado pela ministra na abertura de uma série de seminários, promovidos pelo Conselho Nacional de Educação, no Fórum da Maia, numa plateia com professores. Apesar do rosto desagradado de muitos face ao discurso de Maria de Lurdes Rodrigues, as manifestações públicas foram escassas.
Isabel Cruz, professora da Trofa, foi, perante os jornalistas, a voz do protesto que os colegas silenciaram: «Estou perfeitamente revoltada. A senhora ministra tem que respeitar os principais agentes da educação. Fez um retrato da escola no qual não me revejo». A docente assinalou a «gravidade» do que disse a ministra e acusou-a também de «ignorar e não escutar» os professores.
Comentários à notícia
Tenho vergonha da Senhora Lurdes
Por: Carlos Pinto
[ 2006-05-30 19:53 ]
Como ex-professor e tendo tido, durante vários anos, cargo de chefia do Ministério da Educação, peço desculpa à Senhora Ministra, enquanto pessoa, por a tratar como a tratei no título. Na verdade é em pagamento pela falta de respeito que demonstra para com a classe docente. A Senhora Ministra, dando a força que está a dar à indisciplina dos alunos e à ignorância dos pais, está a desautorizar os professores. Espero que não venha a acontecer como em Inglaterra que os bons professores começaram a abandonar o ensino público, tendo mais tarde as autoridades de recorrer aos professores aposentados para se tentar impôr a ordem. Tenho vergonha dos governantes que tenho, nomeadamente da Senhora Ministra da Educação.
Simples comentario
Por: Joao Marinho
[ 2006-05-30 17:44 ]
Exma Sra MinistraApesar de nao ser professor, mas na qualidade de pai e Portugues surpreende-me os comentarios da senhora e entao nao pude resistir a deixar um pequeno e simples comentario.Como emigrante a residir em Londres fico surpreso com a hipotese que me parece muito provavel de a senhora nunca ter visitado escolas fora de Portugal como por exemplo aqui em Londres(caso nao saiba, fica na Inglaterra um pais situado num grupo de ilhas a norte de Penbinsula Iberica), desempenho no meu dia-a-dia de trabalho funcoes que me levam a visitar bastantes escolas que vao desde as primarias as universidades e em todas encontro inumeras salas de aulas com elevado numeros de computadores, laboratorios equipados de excelente material, cozinhas, enfim todo um conjunto de solucoes que permitem aos alunos ter uma boa formacao desde o inicio da sua vida escolar, sera que a senhora dispoe de tudo isso nas suas escolas? sera que teram de ser os professores mal pagos a adquirir tais equipamentos? pelos vistos e o que pretende ao chamar as pessoas de incompetentes.Fico tambem surpreendido com o facto de colocar a hipotese de serem os pais a avaliar os professores, realmente a ideia nao e ma de todo mas se ao mesmo tempo estes poderem tambem avaliar os ministros, talvez por cada professor com nota negativa por parte dos encarregados de educacao existam 10 ou mais ministros(sera que ja pensou nessa hipotese?)E de facto de lamentar que o nosso pequeno pais seja governado por pessoas assim, mas talvez seja a justificacao para cada vbez mais se encontrarem Portuguese por toda a parte do mundo e nao ha um unico que diga que o faz por gosto mas sim porque o nosso pais esta de rastos.
A culpa é sempre do treinador!
Por: Fernando
[ 2006-05-30 14:41 ]
muitos imigrantes existem em portugal. Uns da europa de leste, outros de áfrica... falou-se muito de uma turma, julgo que em braga, com alunos de 23 nacionalidades diferentes...ainda assim, verifica-se que os alunos da europa de leste, apesar das condicionantes da língua, aprendem mais que os portugueses ou os imigrantes de outros locais. com os mesmos professores...Nas recentes jornadas da lingua portuguesa, incrivelmente, uma das 6 finalistas era estrangeira, de um país de leste... a competir com os melhores portugueses!Serão mais inteligentes? Têm professores próprios? Ou um professor passa a ser bom quando ensina alunos destes, poruqe aparece o aproveitamento?Obviamente, existem bons e maus professores. Obviamente existem bons e maus alunos. Obviamente existem bons e maus políticos (os bons desapareceram faz algum tempo). Acima de tudo, existem bons e maus pais.Instaurou-se uma necessidade de quotas de aproveitamento (ridículo) porque os meninos têm que passar o ano. Como se viu por outros artigos, até nas universidades, quem mais copia é quem tem melhores notas. Os pais descartam-se completamente da educação porque chegam a casa depois de 4 horas diárias nas filas do IC 19 e querem é ver a telenovela que no dia seguinte é dia de trabalho, dia de mercado (sábado) ou dia de praia (domingo). Não há tempo para os filhos... mas eles têm que passar o ano para poderem ter um canudo e não fazer nenhum no futuro... e se isso não acontece, se o puto não chega lá, pois claro... a culpa é do professor...Como no futebol, se a equipa joga mal, a culpa é do treinador, independentemente da qualidade dos jogadores e da sua motivação.Pretende-se dar a estes pais a responsabilidade de avaliar os professores. Se eu fosse professor, só dava boas notas... assim certamente era bom... mesmo que fabricasse ignorantes com boas notas!Felizmente não sou professor... E recusar-me-ei a julgar algum professor sem primeiro julgar os alunos e os seus pais. A educação dá-se em casa. na escola ministram-se conhecimentos.
Viva o passado
Por: Aluno
[ 2006-05-30 13:40 ]
Viva Salazar e a sua politica de ensino
O insucesso educativo.
Por: Maria
[ 2006-05-30 13:10 ]
É verdade, as escolas não estão preparadas para o sucesso educativo dos alunos. Mas, as escolas e os professores não são os principais responsáveis pelo insucesso educativo. São sim as famílias, que não acompanham os seus filhos, quer nos trabalhos de casa, quer na assiduidade, quer na disciplina. Felizmente, no meu tempo de aluna não era assim. Convém não ter memória curta e saber que após o 25 de Abril de 1974 a uma "vaga" de professores apenas com o 7º. ano, sem mais qualificações, lhes lhes foi permitido o direito de ensinar. Será que não foi aqui que todo o insucesso educativo começou?! Culpa de quem? Só pode ser de quem vem governando este país deste essa altura. Não sejamos hipócritas, analisemos todas as variáveis que influem no sucesso educativo, e deixemos de culpabilizar quem não nem tem culpa de nada.
Mas hoje no debate o sr jorge não conseguiu justificar decentemente nada.
A opinião pública há-de perceber...
3 comentários:
Revolta, raiva... já tinha visto no meu cantinho que a partilhamos. Tenho que ver se encontro um daqueles pensamentos célebres que reconduzem à serenidade, mas só amanhã, primeiro tenho direito a descarregar uns murros na mesa ;)
Tem-se a impressão de ter entrado na twilight zone, num universo paralelo. Tamanho absurdo! E ela sabe, não pode não saber a porcaria que está a fazer, portanto: que se esconde atrás disto?
Privados! Viva o ensino privado! O público custa muito ao estado... dão-se agora a adultos, em cursos de 3 meses, certificados de 9º ano. Nos cursos profissionais de grau II, por aqui sugere-se que os deixem passar todos...
Era mais claro, directo e honesto proibir o «chumbo» de quem quer que fosse até ao 12º ano. Nas estatísticas da OCDE ficava bonito (como ficará se este estatuto for para a frente). No PISA é capaz de se instituir que os professores resolvam no quadro as questões para não parecer tão mal...
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