Professor titular
De acordo com a proposta enviada hoje aos sindicatos, a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério da Educação (ME) estipula que os professores que actualmente beneficiam de uma dispensa total ou parcial da componente lectiva por razões de doença ficam automaticamente excluídos do primeiro concurso.
Para efeitos de selecção, o ME sublinha que serão consideradas todas as faltas, licenças e dispensas dos candidatos entre os anos lectivos 2000/01 e 2005/06, mesmo que tenham sido dadas por doença ou maternidade, por exemplo.
Além da assiduidade, são privilegiados outros factores como os graus académicos de mestre e doutor, a formação especializada, o desempenho de cargos de coordenação e supervisão pedagógica ou o exercício de funções no conselho executivo das escolas.
Ponderados todos os factores, cada professor é avaliado numa escala de 0 a 100, tendo de obter um mínimo de 60 valores para a sua candidatura poder ser aprovada.
No entanto, a classificação obtida não basta para o acesso a professor titular, uma vez que há quotas estabelecidas para esta categoria, a que só poderão pertencer um terço dos docentes do quadro de cada agrupamento de escolas.
Em caso de empate, a assiduidade é mais uma vez o factor decisivo, sendo escolhido o candidato com menos faltas, licenças e dispensas nos últimos seis anos.
Os professores só poderão concorrer a lugares de titular nos estabelecimentos de ensino onde leccionam.
O júri do concurso, cujas candidaturas são apresentadas por via electrónica, é presidido pelo director regional de educação e ainda o presidente do conselho executivo e o director do centro de formação da associação de escolas local, não havendo lugar a reclamação.
(...)Com a publicação do ECD em Diário da República, ficaram consagradas todas as alterações à carreira, faltando, no entanto, regulamentar 24 diplomas relacionados com as principais mudanças, num processo que obriga a nova negociação com os sindicatos e que arranca segunda-feira.
Diário Digital / Lusa
Lá está! A idade é um posto, como todos já sabíamos, e quem não falta é melhor 'professor' (ou organizador?).
4 comentários:
Já tinha lido o decreto ao passar no blog do Miguel Pinto e até deixei lá três questões, a pensar se estaria eu lerda a ler, mas como o Miguel respondeu que eu não estava lerda, concluí (mais uma vez) que este ministério da educação nasceu cego e surdo (pena não ser mudo também)
Bjs
A parte do «todas as faltas» é para cair na negociação, como é óbvio... para fazer de conta que «abdicaram» de alguns «princípios»....
Eu, sinceramente não quero saber.
Não devia haver candidatos. Mas, obviamente, há alguns muito contentes (uns que ainda não se aperceberam bem da armadilha do que é ser titular e outros que até gostarão) já a esfregar as mãos com o «título» que os espera.
O terreno educativo está todo minado, emn. A educação deixou de ser um "bem comum" público, logo... :(
É só para eleitos (profs 1º - os Titulares; alunos a seguir)
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