sábado, 14 de julho de 2007

Tadinhos!

Relativamente ao nosso Zéquinha futebolista, Paulo Guinote discorre sobre o «O Futebol, A Educação e Tudo o Resto»

O que mais me fez sorrir foram os comentários que fazem um retrato fidelíssimo do que se passa com a desculpabilização sistemática dos «coitadinhos» e a culpabilização inerente dos profs que têm de os «compreender» e arranjar «estratégias» e «Planos de Recuperação». Na mouche!

  1. Será que o zéquinha não é hiperactivo? Não haverá ali uma pontinha de dislexia? E o ambiente familiar do zéquinha? Pareceu-me também que o árbito não usou a estratégia mais adequada, já para não dizer que pedagógicamente não elegeu o diálogo como ponte para ultrapassar a inadaptação do miúdo ao contexto do campo de futebol.
    Formação contínua para este árbito, já.

    Numa segunda fase poderemos ter que fazer um plano para o zéquinha. Esperemos no entanto que a formatação a que o árbito vai ser sujeito dê os resultados esperados.

    Assinado
    O director de turma

    Tó Margarido

  2. Faltam ainda coisas.
    Tem de ser entregue o relatorio das competencias nao atingidas pelo Zequinha.
    E atencao, foi o encarregado de educacao avisado de que ele ia ser expulso do campo? Foi elaborado algum plano de recuperacao?
    E penso que se devera ver se ja ficou retido alguma outra vez no balneario, e caso afirmativo, sera que ele lucra em voltar a ficar retido no balneario? O que e que e melhor para este jogador?
    Nao esquecer que o arbitro tem de ser tambem um educador, e que tambem aprende com os jogadores.
    Nao esta ali apenas para debitar regulamentos e distribuir castigos!

  3. Fundamentalmente, o árbitro deve preencher muita, mas mesmo muita papelada para justificar a expulsão.
    Tanta papelada e tanta justificação que acaba por deixá-lo em campo, a rir-se, com os cartões vermelhos e amarelos na mão.


Post Scriptum (custa-me escrever PS):
Se alguns professores já dão as notas sempre um bocadinho acima do que os alunos realmente merecem, se os Conselhos de Turma já analisam esses casos e em alguns deles votam notas de colegas para os alunos passarem, porque raio no último Conselho Pedagógico se analisaram e avaliaram os casos dos alunos com retenções repetidas no 3º Ciclo que tinham ficado retidos nos Conselhos de Turma e lá se passaram administrativamente alguns com imensas negativas?

Até compreendo que para alguns de nada servirá voltar a repetir... Mas devia existir a obrigatoriedade de esses alunos serem encaminhados para cursos profissionais ou CEFs ou o que quer que fosse. Qual a vantagem de progredirem, se não estão preparados? Se, nalguns casos, nada fizeram para progredir, como interpretarão estes (e os outros que trabalharam um mínimo) a sua «passagem administrativa»?
De facto, a escola é mesmo para ser vista como um centro de actividades recreativas, com os professores como animadores e assistentes sociais. Não é lugar para aprender. Isso, já era...

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