Intervenientes no debate
Dos intervenientes presentes, gostei particularmente de Maria do Céu não sei das quantas, que, do alto da sua sabedoria, ditou as suas sentenças e ponderou, esclarecendo-nos, as suas certezas. Até sabe como vai a opinião pública - terá consultado o taxista que a transportou até ao estúdio.
Do ramo das Ciências da Educação, conhecerá com certeza o Project Follow Through e as suas conclusões:
Every educator in the country should know that in the history of education, no educational model has ever been documented to achieve such positive results with such consistency across so many variable sites as Direct Instruction. Mas estes estudos de anos e anos, de análise de variáveis, não interessam. O que interessa é aquilo que sabemos.
Se um dia tiver tempo e vontade, o mestrado vou tirá-lo a Boston - parece que nos dá certezas inabaláveis e nos faz ascender a um nível superior onde mais ninguém consegue chegar.
Outra interveniente chamou-me a atenção, pois que me alertou para o facto de a minha técnica ameaçadora de agressão física para convencer os mais reticentes poder não ser um bom caminho. Realmente, com metro e meio, dificilmente conseguirei convencer alguém assim. Repensarei a minha atitude. Obrigada, colega.
Houve um outro pormenor caricato: quando o colega de Filosofia falou das TIC, o secretário de estado (perdoem-me as minúsculas, mas dava-me muito trabalho carregar no shift) bamboleou a cabeça com ar irónico e sarcástico, como quem diz «Que tristeza! Então ainda não percebeste que sem TIC o mundo não existe?». Mas a «moderadora» indignou-se com o facto. Alguém reparou na reacção do secretário de estado? Alguém viu o «engolir em seco» e apagar do sorriso desdenhoso? Estou ansiosa por apanhar essas imagens. Depois pô-las-ei aqui.
2 comentários:
O nosso problema real, denomina-se mestrado de bosta.
Não fosse essa gente tão inteligente que foi beber, já fora de prazo, inúmeros conceitos que já tinham sido provados como errados e que, qual casta, recém chegada de "over sea", se aproveitou da eterna ignorância politico/pedagógico/ministerial, para implementar as suas recentes aquisições, bolorentas mas novas para eles e para a maioria dos que nunca tinham lido um livro sobre educação... não fosse essa "bosta" e não estaríamos no estado em que estamos.
Mas quem os convence de que o descalabro não total porque os professores, nas escolas, conseguiram controlar a maioria dos danos! Olha se não o tivessem feito!
É exactamente isso, Maria Lisboa: felizmente, por resistências que nascem de convicção interior e/ou da experiência, a grande maioria dos professores sabe «ensinar» e aproveita apenas algumas (muito poucas) teorias das pseudo-pedagogias da treta.
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