quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Legislarreia
Andava na ronda dos blogues, quando me deparei com este post no «Quarta Republica»:
Corruptissima republica plurimae leges
A expressão é de Tácito (Anais, 3, 27, 3) e a ideia que encerra foi retomada, muitos séculos depois por Montesquieu em O Espírito das Leis, quando afirma a tese de que as leis inúteis enfraquecem as leis necessárias.
"Estado corrupto, múltiplas leis", ensinavam os clássicos. Ensinamento testado e confirmado ao longo dos tempos. A par desta, a História dá-nos outra lição: a de que raramente aprendemos com a História...
posted by JM Ferreira de Almeida
A expressão é de Tácito (Anais, 3, 27, 3) e a ideia que encerra foi retomada, muitos séculos depois por Montesquieu em O Espírito das Leis, quando afirma a tese de que as leis inúteis enfraquecem as leis necessárias.
"Estado corrupto, múltiplas leis", ensinavam os clássicos. Ensinamento testado e confirmado ao longo dos tempos. A par desta, a História dá-nos outra lição: a de que raramente aprendemos com a História...
posted by JM Ferreira de Almeida
É tão bom estar sempre a aprender!
Por emn às terça-feira, abril 28, 2009 0 reflexões
No blogue do Ramiro Marques
A maluqueira da avaliação de desempenho também chegou aos polícias
Várias esquadras do país estão a impor "números-base" de detenções a fazer até ao fim do ano. Os polícias queixam-se de que assim só trabalham para as estatísticas. A Direcção da PSP prefere falar em prevenção da criminalidade.
Comentário
É um vírus? Uma forma de loucura que tombou sobre o país? Depois do sistema financeiro, que ruiu por causa de modelos de avaliação de desempenho assentes na fabricação fraudulenta de resultados, é agora a vez dos polícias serem avaliados pelo número de detenções. E assim se coloca o Estado de Direito em perigo. Este Governo não pára de trabalhar para as estatísticas: foi assim com os professores, é assim com os polícias e o frenesim avaliativo só vai parar quando já não houver, neste país, nada para avaliar.
Várias esquadras do país estão a impor "números-base" de detenções a fazer até ao fim do ano. Os polícias queixam-se de que assim só trabalham para as estatísticas. A Direcção da PSP prefere falar em prevenção da criminalidade.
Comentário
É um vírus? Uma forma de loucura que tombou sobre o país? Depois do sistema financeiro, que ruiu por causa de modelos de avaliação de desempenho assentes na fabricação fraudulenta de resultados, é agora a vez dos polícias serem avaliados pelo número de detenções. E assim se coloca o Estado de Direito em perigo. Este Governo não pára de trabalhar para as estatísticas: foi assim com os professores, é assim com os polícias e o frenesim avaliativo só vai parar quando já não houver, neste país, nada para avaliar.
Este mundo - perdão, este país, para ser mais específica- está louco!
Há pouco tempo ouvi o mesmo: se se conseguissem um x número de multas ter-se-ia mais um dia de folga. Isto depois do relato de multas aplicadas por cartinha recebida em casa, em que é a palavra do «pseudo-prevaricador» contra a do agente que «viu». Mas quem tem de apresentar prova é o pseudo-prevaricador, o que envolve custos, chatices e demais diligências. Será possível?!
Por emn às terça-feira, abril 28, 2009 0 reflexões
sexta-feira, 24 de abril de 2009
TVI
Há muito tempo que não via o telejornal da TVI.
Estou a adorar! :)
PROMETO QUE NÃO VOLTO A PERDER O DA SEXTA!
Por emn às sexta-feira, abril 24, 2009 2 reflexões
Processos
Põe nos outros, mas também os leva...
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/jose-eduardo-moniz-tvi-socrates-queixa-freeport-tvi24/1059014-4071.html
Por emn às sexta-feira, abril 24, 2009 0 reflexões
domingo, 5 de abril de 2009
Decoro...
por Alberto Gonçalves
O deputado pediu a palavra, ergueu-se da cadeira e declarou: "Os portugueses não podem confiar num primeiro-ministro que uma vez diz umas coisas e outra vez diz outras. (…) A conclusão a que chegamos é que o senhor não tem jeito para isto. (…) Mas o sr. primeiro-ministro não se vai daqui embora sem falar num último tema. (…) É o caso de um ministro do seu governo que fez uma pressão ilegítima junto de uma estação privada e que conduziu à eliminação de uma voz incómoda para o seu governo. O sr. primeiro-ministro desculpar-me-á, mas quero dizer-lhe com clareza: esse episódio é indigno de um governo democrático, e é um episódio inaceitável. E é uma nódoa que o vai perseguir, porque é uma nódoa que não vai ser apagada facilmente, porque é uma nódoa que fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão. E peço-lhe, sr. primeiro-ministro, que resista à tentação do controle da comunicação social. Não vá por aí porque nós cá estaremos para evitar essas tentações."
A data era 14 de Outubro de 2004, dois meses antes de o presidente da República dissolver o Parlamento que aqui serve de cenário. O deputado chamava-se José Sócrates Pinto de Sousa e o primeiro-ministro Pedro Santana Lopes. A gravação do discurso está na Internet e não me canso de a ver e de me rir ao vê-la. Mas, como dizia o outro, rio para não chorar. Em quatro anos e meio, a nódoa transformou-se em derrame petrolífero, as tentações tornaram-se irresistíveis e não decerto haverá regresso ao tempo em que todos fomos assim ingénuos. Todos, excepto aquele que já então tinha verdadeiro jeito para "isto", embora as ameaças de processos judiciais e, vá lá, algum decoro me impeçam de dizer o que "isto" é.
O deputado pediu a palavra, ergueu-se da cadeira e declarou: "Os portugueses não podem confiar num primeiro-ministro que uma vez diz umas coisas e outra vez diz outras. (…) A conclusão a que chegamos é que o senhor não tem jeito para isto. (…) Mas o sr. primeiro-ministro não se vai daqui embora sem falar num último tema. (…) É o caso de um ministro do seu governo que fez uma pressão ilegítima junto de uma estação privada e que conduziu à eliminação de uma voz incómoda para o seu governo. O sr. primeiro-ministro desculpar-me-á, mas quero dizer-lhe com clareza: esse episódio é indigno de um governo democrático, e é um episódio inaceitável. E é uma nódoa que o vai perseguir, porque é uma nódoa que não vai ser apagada facilmente, porque é uma nódoa que fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão. E peço-lhe, sr. primeiro-ministro, que resista à tentação do controle da comunicação social. Não vá por aí porque nós cá estaremos para evitar essas tentações."
A data era 14 de Outubro de 2004, dois meses antes de o presidente da República dissolver o Parlamento que aqui serve de cenário. O deputado chamava-se José Sócrates Pinto de Sousa e o primeiro-ministro Pedro Santana Lopes. A gravação do discurso está na Internet e não me canso de a ver e de me rir ao vê-la. Mas, como dizia o outro, rio para não chorar. Em quatro anos e meio, a nódoa transformou-se em derrame petrolífero, as tentações tornaram-se irresistíveis e não decerto haverá regresso ao tempo em que todos fomos assim ingénuos. Todos, excepto aquele que já então tinha verdadeiro jeito para "isto", embora as ameaças de processos judiciais e, vá lá, algum decoro me impeçam de dizer o que "isto" é.
A vermelho estão os tiques verbais do senhor deputado.
Por emn às domingo, abril 05, 2009 0 reflexões
Processar uma opinião
De um acérrimo defensor do José.
Voltando à frase inicial de João Miguel Tavares, achei-a tão vaga que se sustentava na monogamia de Cicciolina, pessoa de quem conheço pouco, estando nesse pouco o seucasamento com Jeff Koons. Se, ao menos, comparasse com Zsa-Zsa Gabor, de quem conheço nove casamentos, convencer-me-ia a continuar a leitura; assim, abandonei-a, o que é raro quando leio João Miguel Tavares, um bom cronista.
Soube, esta semana, que ele foi processado por José Sócrates e por causa da tal crónica. Agora fui lê-la toda. Fiquei a saber que a crónica espelhava-se na frase inicial: "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina." Isto é, toda aquela crónica é opinião. Opinião. João Miguel Tavares, para quem os apelos de Sócrates à moral na política não são convincentes, di-lo: não são convincentes. Mal seria se não o pudesse dizer.
É pena José Sócrates não me ter pedido a opinião. Eu teria dito ao primeiro-ministro tudo o que há para dizer sobre processar uma opinião: "Essa agora!"
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1191977&seccao=Ferreira%20Fernandes&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
Soube, esta semana, que ele foi processado por José Sócrates e por causa da tal crónica. Agora fui lê-la toda. Fiquei a saber que a crónica espelhava-se na frase inicial: "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina." Isto é, toda aquela crónica é opinião. Opinião. João Miguel Tavares, para quem os apelos de Sócrates à moral na política não são convincentes, di-lo: não são convincentes. Mal seria se não o pudesse dizer.
É pena José Sócrates não me ter pedido a opinião. Eu teria dito ao primeiro-ministro tudo o que há para dizer sobre processar uma opinião: "Essa agora!"
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1191977&seccao=Ferreira%20Fernandes&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
Por emn às domingo, abril 05, 2009 0 reflexões
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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