quarta-feira, 28 de março de 2007

Titulares

Titular? Para quê?
Quais as principais funções de um titular?
Concordo «tanto» com a Teresa: http://tempodeteia.blogspot.com/2007/03/medos.html

segunda-feira, 26 de março de 2007

Salazar

Foi Salazar que «ganhou»? Não acredito. Foi esta «democracia» que perdeu.

Adenda:
Se Aristides de Sousa Mendes tivesse recusado os vistos porque a isso o obrigavam, não teria salvo 30 mil pessoas. Pena que os deputados socialistas que votaram contra, «contrariados», sejam tão «disciplinados». Honra lhes seja feita: belas cópias dos funcionários da meteorologia...

quinta-feira, 22 de março de 2007

Hã?! Qual lei?

No Paulo Guinote a análise de um Powerpoint espantoso de que o Miguel Pinto duvida.

Ma veja-se o que há uns tempitos eu escrevi. Não está na lei, mas de apontamentos e com os CEs este ME faz lei.

Aqui quem manda sou EU!


Deputados PS votaram contrariados e com críticas estatuto dos professores
21.03.2007 - 18h10 Lusa

A disciplina de voto imposta na bancada do PS forçou na terça-feira quatro deputados socialistas a chumbarem todas as propostas de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, apesar de terem fortes reservas sobre o diploma do Governo.

Na Comissão Parlamentar de Educação, 13 deputados do PS reprovaram as propostas de alteração apresentadas pelo PCP e PSD ao Estatuto da Carreira Docente, mas, no final da reunião, quatro deles apresentaram declarações de voto individuais: João Bernardo, Teresa Portugal, Júlia Caré e Odete João.

Por estrita disciplina partidária, imposta pelo Grupo Parlamentar do PS, voto contra as propostas de alteração apresentadas pelo PCP e pelo PSD” ao Estatuto dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, refere João Bernardo na sua declaração de voto.

Em linhas gerais, os quatro deputados socialistas apresentaram-se em desacordo com o diploma do Governo em três pontos fundamentais: a diferenciação entre a carreira de professor e de professor titular; a compatibilização da carreira com o exercício de cargos públicos e sindicais; a participação dos pais e os critérios como o abandono e o sucesso escolar na avaliação dos professores.

Críticas de desvalorização da actividade docente

Entre outras críticas, este grupo de deputados do PS diz que o Estatuto da Carreira Docente contém normas “arbitrárias, discriminatórias, burocráticas, desvaloriza a actividade docente na sala de aula”, colide com a “salubridade pedagógica” e – acrescenta Teresa Portugal – poderá “violar o campo dos direitos, liberdades e garantias contemplados na Constituição da República”.

De acordo com deputados do PS, estas “fortes reservas” foram transmitidas “há várias semanas” ao secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, mas o executivo “entendeu não ceder em nenhum ponto”.

Na sua declaração de voto, o deputado socialista João Bernardo considera que “a divisão dos professores em duas categorias terá repercussões negativas na organização interna dos estabelecimentos de ensino”.

“A determinação do número de vagas para professor titular e o consequente concurso para a respectiva categoria não reconhece a dimensão mais relevante na actividade docente: a sala de aulas”, lamenta o deputado.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Anedota do ano

É claro que houve outras medidas do ME que me fizeram sorrir pela imbecilidade, mas esta?... Bem, esta é a melhor. E quem melhor para a comentar? Paulo Guinote, claro:
http://educar.wordpress.com/2007/03/20/uma-rave-gotica-sei-la/

terça-feira, 20 de março de 2007

Excelente

Baptista Bastos

O mistério do cérebro dos portugueses

b.bastos@netcabo.pt


Parece que o cérebro dos portugueses surpreende cientistas. A tal ponto que investigadores das universidades de Coimbra, Aveiro, Porto e Minho vão debruçar-se sobre esse órgão misterioso, vistoriando, com tenaz denodo e um pouco de apreensão, o que nos faz assim.

Eis um empreendimento difícil, por avançar em terreno fértil de interpretações. É inumerável a lista de obras de todos os géneros e ramos que têm vasculhado a idiossincrasia do indígena nascido cá no brejo. Não se chegou a conclusão alguma. O português escapa-se como enguia ao catálogo, correspondendo, desse modo, às dificuldades erguidas a todos os que procuram desvendar o que se passa naquela inaudita massa cinzenta.

"O cérebro é o génesis", proclamou Jung. "Mas o que domina a vida é o sexo", afirmou Freud. Afinal, quem dá ordens? Citei dois; e coloque lá mais este, que, como os outros, dá para todas as circunstâncias, quando precisamos de muleta: Fernando Pessoa. Aí vai: "O português é capaz de tudo, logo que não lhe exijam que o seja. Somos um grande povo de heróis adiados. Partimos a cara a todos os ausentes, conquistamos de graça todas as mulheres sonhadas, e acordamos alegres, de manhã tarde, com a recordação colorida dos grandes feitos por cumprir (?) É difícil distinguir se o nosso passado é que é o nosso futuro, ou se o nosso futuro é que é o nosso passado. Cantamos o fado a sério no intervalo indefinido. O lirismo, diz-se, é a qualidade máxima da raça. Cada vez cantamos mais um fado".

Afinal, em que ficamos? Cabeça, sexo ou fadistice?

Um facto é incontroverso: cada vez somos mais ignorantes, cada vez somos mais atraídos para os alçapões do facilitismo, cada vez somos mais afastados de estudar, de reflectir, de analisar e, por decorrência, impedidos de decidir bem. "Como nação estamos condenados", disse-me, há anos, o prof. dr. Oliveira Marques, durante uma entrevista para a SIC. A terrível afirmação não obteve eco na Imprensa. O que encontra repercussão na Imprensa são futilidades da política, discussões filosóficas acerca de futebol, e aquelas parvoeiras sobre a "popularidade" do Sócrates, sem se indagar, cientificamente, a natureza específica das "sondagens".

O que se passa na estimável cabeça portuguesa é que não a usamos porque não a sabemos usar, e não a sabemos usar porque a isso não fomos instigados – pelo contrário. Tudo se opôs a que repelíssemos a servidão. A partir de Dom João III (o tal de procedeu ao desenvolvimento das universidades e, depois, pediu ao Papa a purificadora labareda da Inquisição) até aos dias "democráticos" de hoje, sem esquecer o querido Salazar, estivemos entregues a conclaves de malandros que acumulavam a patifaria com comovente inépcia. Dir-se-á: mas houve, e há, excepções. Em desacordo. Quem se cumplicia com a regra da infâmia é tão biltre quanto os que a estabelecem.

Sabe-se: a ignorância é destemida. E espalhou-se, endemicamente, a todos os sectores da sociedade. Há "escritores" manifestamente desconhecedores do significado de elipses, elisões, aliterações, cacófatos; de que se pode obter a concordância com o nome predicativo do sujeito e também não sabem o valor do nome predicativo do sujeito. Tropeçam na preposição e estatelam-se nos fonemas, com divertimento e galhofa. Há jornalistas que o não são, nem nunca o serão à força de o quererem ser. Plagiadores, também os há. Não só de temas: de frases, de locuções inteiras. Conheço alguns; a outros, ferrei em público. As escaramuças com a conjugação dos tempos do verbo haver transformaram-se num conflito armado. O desconhecimento de História, de Literatura, de Cinema, de Teatro, de Artes Plásticas, de Ciências, de Geografia, de Gramática, atinge níveis assustadores.

Perante este cenário, não se estranha que, na TVI, um programa, "A Bela e o Mestre", seja uma desgraça monumental. O "apresentador", esse, revela-se o mimetismo da imbecilidade galopante. Carrega no riso, soletra dificultosamente pequenas frases, formula horrores convencido de que faz filigranas. As raparigas que lá aparecem expõem alegremente as coxas e apresentam currículos profissionais adequados às capacidades. Boas de perna, más de meninge. No "Diário de Notícias", Fernanda Câncio, com inclemente crueldade, caustica as oito meninas, subordinando-as a este título medonho: "Nascidas para Ignorar".

Realmente, as meninas são fragorosamente ignaras. Riem muito e exteriorizam as suas pequeninas ambições trocando a parda chatice do espírito pela jubilosa tentação das pernas e dos seios. O "apresentador" demonstra alucinante contentamento, facilmente explicável: os tolejos delas constituem a imagem devolvida da sua pessoal cretinice.

Estas manifestações de debilidade mental pouco ou nada me espantam. Gerações de matóides, sucederam-se a gerações de mentecaptos. O País foi assaltado por levas e levas de gente inepta, e não só nos Governos consecutivos. O apelo aos mais rasteiros instintos chegou, até, a amarinhar pela RTP, onde alguns dos mais tremendos "formatos" tiveram calorosa guarida. Os responsáveis dessa miséria continuam impunes. A dança dos directores de jornais não é de hoje. Logo a seguir a Abril, os Governos colocaram pessoas da sua confiança na Imprensa, na Rádio e na Televisão estatal. Foi o que se viu: sargentos políticos converteram a criatividade, o talento, uma certa dose de anarquia, comum às grandes Redacções, numa ordenança burocrática, sob o império do servilismo. Todos os partidos, todos, são culpados de manobrismo e manipulação. Consoante a valsa dos partidos, assim se bailava nos postos directivos e afins. Não se inquiria sobre o talento do recém-vindo; pedia-se-lhe o cartão do partido. Houve um local que chegou a registar sessenta "chefes" na prateleira.

Aquele desgraçado "A Bela e o Mestre" reflecte um País em colapso. E o colapso é de natureza cultural e não, exclusivamente, de ordem económica, como pretendem fazer-nos crer. O amolecimento moral dos portugueses só é proveitoso para o grupo possidente. A crítica ao poder deixou de existir. O que se combate é o Governo, ou os Governos, mesmo assim com a subtileza dos que esperam, um dia destes, ser beneficiados com sinecuras. O poder deixou de estar nas mãos dos Governos. Quem manda são os grandes grupos económicos. Basta reparar nos governantes que estiveram, estão e irão, certamente, estar nas grandes empresas privadas: banca, seguros, energia, saúde, educação. A análise do "sistema" ausentou-se dos media. E aqueles que ousam beliscar, ao de leve, o corpo coriáceo desse "sistema" pagam caro a pessoal exigência de rigor e de honestidade.

Dilectos: podem crer que sei do que falo. E, às vezes, interrogo-me: até quando?



(encontrada, claro, na caixa de comentários do Paulo Guinote...)

segunda-feira, 19 de março de 2007

Felicidade é isto!

Hoje estou manifestamente feliz. De uma forma estóica desde 2005 que pago mais 2% em cada artigo que compro. Desde Agosto de 2006 que cedo mensalmente 150 €, que me eram devidos pela mudança de escalão - por ter 18 anos de serviço e ter cumprido o melhor possível o meu papel - aos cofres do estado. Todos os anos o meu aumento salarial é inferior à inflação. Todos os anos aumentam exponencialmente as actividades extra-curriculares que insisto em proporcionar às minhas lindas. MAS felizmente há resultados. Graças a mim, o deficit desceu. Graças a mim, a Ministra pôde-se deslocar a uma escola do meu agrupamento e deixar 6 bólides estacionados durante UMA HORA E MEIA a tapar a passagem numa via pública de sentido único. Ainda bem que contribuí para isto. Estou feliz.

Tenho só mais um desejo - que construam a OTA e ponham a circular o TGV com que sonho todas as noites...

sexta-feira, 16 de março de 2007

No bom caminho?

Este Ministério reage à opinião publicada. Valha-nos ao menos isso.

No Paulo Guinote, este artigo de Carlos Fiolhais vem na sequência deste, do «Gato Fedorento».

É natural que MLR diga isto, mas mais importante ainda que não se fique pela conversa, como foi o caso da TLEBS...

Hoje no DN, Amélia Pais chamou-me a atenção para esta...

Vou voltar aos testes... Estão ali à volta de 160 páginas a chamar-me...

segunda-feira, 12 de março de 2007

quarta-feira, 7 de março de 2007

CNE

Conselho Nacional de Educação pede melhoria "drástica" do ensino secundário 06.03.2007 - 18h02 Lusa

A necessidade de melhorar "drasticamente" a qualidade do ensino secundário, através da revisão dos programas das disciplinas e de mais exames nacionais, é uma das principais conclusões da análise ao sistema educativo realizada pelo Conselho Nacional de Educação, a pedido do Governo e Parlamento.
Por ocasião dos 20 anos da publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo, a Assembleia da República e o Executivo lançaram um debate nacional sobre como melhorar a educação nos próximos anos, realizando cerca de 150 seminários regionais cujas conclusões são hoje divulgadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que organizou a iniciativa.No relatório, o CNE defende "uma urgente e profunda reestruturação dos planos de estudo e programas, considerados demasiado extensos, desconexos e inadequados aos respectivos grupos etários a que se destinam".O documento salienta, no entanto, que esta revisão deve basear-se num prévio trabalho de avaliação, uma vez que a existência, nos últimos anos, de "reformas permanentes e não avaliadas" foi responsável por um clima de instabilidade e "por muita desorientação" que hoje atinge escolas, professores e famílias.
Sublinhando "a necessidade de se melhorar drasticamente a qualidade do ensino e da formação de nível secundário", o debate que envolveu cerca de dez mil portugueses, por via electrónica, concluiu que as escolas "precisam de mais avaliação interna e externa".
Assim, os exames nacionais são entendidos como instrumentos de certificação do progresso, favorecendo a comparação entre estabelecimentos de ensino que, através das provas, prestam contas do seu desempenho."
Precisamos de escolas que fomentem uma cultura de exigência, de rigor, de disciplina, de trabalho e de esforço de aprendizagem", sintetiza o relatório do CNE.
Além dos resultados dos alunos, os processos de avaliação devem incidir igualmente sobre os professores, os processos de ensino e os contextos em que se inserem as escolas.
O relatório aponta ainda para a necessidade de diversificar as ofertas de formação e reforçar o papel do ensino profissional nas escolas, um processo que deve ser gerido "com o maior cuidado", para que não sejam encaminhados para estes cursos os alunos considerados indesejados em turmas ditas normais, o que favoreceria a discriminação social.
No debate, que decorreu por todo o país entre Maio de 2006 e Janeiro deste ano, a educação pré-escolar foi também apontada como uma das principais prioridades do sistema educativo.
Alargar a educação das crianças até aos três anos, que actualmente abrange uma cobertura de apenas 15 por cento, deve ser uma das apostas mais importantes, "seja através das creches, das amas ou de outras modalidades". "Importa, para isso, valorizar as redes já existentes, recuperar experiências bem sucedidas como a rede de amas supervisionada e garantir uma boa coordenação entre os Ministérios da Educação e da Solidariedade Social", recomenda o CNE.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Até o PS...

PS: Governo deve garantir que maternidade não prejudica professores
02.03.2007 - 17h17 Lusa

O PS pediu hoje ao Governo que impeça que a avaliação dos professores seja prejudicada pela maternidade ou paternidade, devido às faltas por motivo de doença ou o exercício do direito à greve.

Na apreciação parlamentar do decreto-lei que altera o Estatuto da Carreira Docente, o deputado socialista Luís Fagundes Duarte pediu ao Governo que deixasse claro que os decretos regulamentares desse diploma vão salvaguardar "direitos fundamentais como a maternidade".

Em causa está uma proposta de regulamentação apresentada pelo Governo, ainda não aprovada em Conselho de Ministros, que determina que todas as faltas, licenças ou dispensas, independentemente da sua natureza, contam para a classificação da assiduidade dos docentes.

Na sua intervenção, o deputado socialista frisou que o Estatuto da Carreira Docente, no artigo 103º, considera as faltas justificadas por assistência a filhos menores, doença e exercício do direito à greve, entre outras, "ausências equiparadas a prestação efectiva de serviço".

Os decretos regulamentares do Estatuto da Carreira Docente deverão ter "inequivocamente plasmado" que essas faltas "não serão, em caso algum, obstáculo à progressão na carreira", defendeu Fagundes Duarte, pedindo ao Governo "um sinal bem claro" nesse sentido.

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, respondeu que ninguém será prejudicado pelas situações referidas, reforçando a posição transmitida em comunicado pelo seu ministério de que as faltas por maternidade "não prejudicarão nenhum docente".