quarta-feira, 31 de maio de 2006
terça-feira, 30 de maio de 2006
Revolta
A ministra da Educação traçou ontem um quadro arrasador da falta de orientação das escolas e dos professores para os resultados dos seus alunos.
Turnos da manhã reservados a turmas dos melhores alunos e filhos dos funcionários da escola, preocupação quase exclusiva para o cumprimento «burocrático-administrativo» das leis e distribuição das melhores turmas aos melhores professores são alguns dos exemplos apontados por Maria de Lurdes Rodrigues para dizer que a escola tem-se preocupado em dar aulas, mas não com o sucesso educativo dos alunos, noticia o «Diário de Notícias».
Este retrato foi desenhado pela ministra na abertura de uma série de seminários, promovidos pelo Conselho Nacional de Educação, no Fórum da Maia, numa plateia com professores. Apesar do rosto desagradado de muitos face ao discurso de Maria de Lurdes Rodrigues, as manifestações públicas foram escassas.
Isabel Cruz, professora da Trofa, foi, perante os jornalistas, a voz do protesto que os colegas silenciaram: «Estou perfeitamente revoltada. A senhora ministra tem que respeitar os principais agentes da educação. Fez um retrato da escola no qual não me revejo». A docente assinalou a «gravidade» do que disse a ministra e acusou-a também de «ignorar e não escutar» os professores.
Comentários à notícia
Tenho vergonha da Senhora Lurdes
Por: Carlos Pinto
[ 2006-05-30 19:53 ]
Como ex-professor e tendo tido, durante vários anos, cargo de chefia do Ministério da Educação, peço desculpa à Senhora Ministra, enquanto pessoa, por a tratar como a tratei no título. Na verdade é em pagamento pela falta de respeito que demonstra para com a classe docente. A Senhora Ministra, dando a força que está a dar à indisciplina dos alunos e à ignorância dos pais, está a desautorizar os professores. Espero que não venha a acontecer como em Inglaterra que os bons professores começaram a abandonar o ensino público, tendo mais tarde as autoridades de recorrer aos professores aposentados para se tentar impôr a ordem. Tenho vergonha dos governantes que tenho, nomeadamente da Senhora Ministra da Educação.
Simples comentario
Por: Joao Marinho
[ 2006-05-30 17:44 ]
Exma Sra MinistraApesar de nao ser professor, mas na qualidade de pai e Portugues surpreende-me os comentarios da senhora e entao nao pude resistir a deixar um pequeno e simples comentario.Como emigrante a residir em Londres fico surpreso com a hipotese que me parece muito provavel de a senhora nunca ter visitado escolas fora de Portugal como por exemplo aqui em Londres(caso nao saiba, fica na Inglaterra um pais situado num grupo de ilhas a norte de Penbinsula Iberica), desempenho no meu dia-a-dia de trabalho funcoes que me levam a visitar bastantes escolas que vao desde as primarias as universidades e em todas encontro inumeras salas de aulas com elevado numeros de computadores, laboratorios equipados de excelente material, cozinhas, enfim todo um conjunto de solucoes que permitem aos alunos ter uma boa formacao desde o inicio da sua vida escolar, sera que a senhora dispoe de tudo isso nas suas escolas? sera que teram de ser os professores mal pagos a adquirir tais equipamentos? pelos vistos e o que pretende ao chamar as pessoas de incompetentes.Fico tambem surpreendido com o facto de colocar a hipotese de serem os pais a avaliar os professores, realmente a ideia nao e ma de todo mas se ao mesmo tempo estes poderem tambem avaliar os ministros, talvez por cada professor com nota negativa por parte dos encarregados de educacao existam 10 ou mais ministros(sera que ja pensou nessa hipotese?)E de facto de lamentar que o nosso pequeno pais seja governado por pessoas assim, mas talvez seja a justificacao para cada vbez mais se encontrarem Portuguese por toda a parte do mundo e nao ha um unico que diga que o faz por gosto mas sim porque o nosso pais esta de rastos.
A culpa é sempre do treinador!
Por: Fernando
[ 2006-05-30 14:41 ]
muitos imigrantes existem em portugal. Uns da europa de leste, outros de áfrica... falou-se muito de uma turma, julgo que em braga, com alunos de 23 nacionalidades diferentes...ainda assim, verifica-se que os alunos da europa de leste, apesar das condicionantes da língua, aprendem mais que os portugueses ou os imigrantes de outros locais. com os mesmos professores...Nas recentes jornadas da lingua portuguesa, incrivelmente, uma das 6 finalistas era estrangeira, de um país de leste... a competir com os melhores portugueses!Serão mais inteligentes? Têm professores próprios? Ou um professor passa a ser bom quando ensina alunos destes, poruqe aparece o aproveitamento?Obviamente, existem bons e maus professores. Obviamente existem bons e maus alunos. Obviamente existem bons e maus políticos (os bons desapareceram faz algum tempo). Acima de tudo, existem bons e maus pais.Instaurou-se uma necessidade de quotas de aproveitamento (ridículo) porque os meninos têm que passar o ano. Como se viu por outros artigos, até nas universidades, quem mais copia é quem tem melhores notas. Os pais descartam-se completamente da educação porque chegam a casa depois de 4 horas diárias nas filas do IC 19 e querem é ver a telenovela que no dia seguinte é dia de trabalho, dia de mercado (sábado) ou dia de praia (domingo). Não há tempo para os filhos... mas eles têm que passar o ano para poderem ter um canudo e não fazer nenhum no futuro... e se isso não acontece, se o puto não chega lá, pois claro... a culpa é do professor...Como no futebol, se a equipa joga mal, a culpa é do treinador, independentemente da qualidade dos jogadores e da sua motivação.Pretende-se dar a estes pais a responsabilidade de avaliar os professores. Se eu fosse professor, só dava boas notas... assim certamente era bom... mesmo que fabricasse ignorantes com boas notas!Felizmente não sou professor... E recusar-me-ei a julgar algum professor sem primeiro julgar os alunos e os seus pais. A educação dá-se em casa. na escola ministram-se conhecimentos.
Viva o passado
Por: Aluno
[ 2006-05-30 13:40 ]
Viva Salazar e a sua politica de ensino
O insucesso educativo.
Por: Maria
[ 2006-05-30 13:10 ]
É verdade, as escolas não estão preparadas para o sucesso educativo dos alunos. Mas, as escolas e os professores não são os principais responsáveis pelo insucesso educativo. São sim as famílias, que não acompanham os seus filhos, quer nos trabalhos de casa, quer na assiduidade, quer na disciplina. Felizmente, no meu tempo de aluna não era assim. Convém não ter memória curta e saber que após o 25 de Abril de 1974 a uma "vaga" de professores apenas com o 7º. ano, sem mais qualificações, lhes lhes foi permitido o direito de ensinar. Será que não foi aqui que todo o insucesso educativo começou?! Culpa de quem? Só pode ser de quem vem governando este país deste essa altura. Não sejamos hipócritas, analisemos todas as variáveis que influem no sucesso educativo, e deixemos de culpabilizar quem não nem tem culpa de nada.
Por emn às terça-feira, maio 30, 2006 3 reflexões
Temas: OPINIÕES
segunda-feira, 29 de maio de 2006
O que é ser professor?
Conteúdo funcional
1- A carreira docente reflecte a diferenciação profissional inerente ao exercício das funções de cada uma das categorias a que se refere o nº1 do artigo 4º, devendo ser exercida com plena responsabilidade profissional e autonomia técnica e científica, assente numa lógica de participação activa na comunidade escolar, na comunidade local e com outros parceiros educativos.
2 - O docente desenvolve a sua actividade profissional de acordo com as orientações de política educativa e no quadro da formação integral do aluno, cabendo-lhe genericamente: gosto particularmente deste «genericamente»
a) Identificar saberes e competências-chave dos programas curriculares de forma a desenvolver situações didácticas em articulação permanente entre conteúdos, objectivos e situações de aprendizagem, adequadas à diversidade dos alunos; (mínimo de 25 por turma - será que chegam 25 planos de aula por dia?)
b) Gerir os conteúdos programáticos, criando situações de aprendizagem que favoreçam a apropriação activa, criativa e autónoma dos saberes da disciplina ou da área disciplinar, de forma integrada com o desenvolvimento de competências transversais; (as tais de que falava António Nóvoa - para além de ensinar o que está no programa, há que lhes «ensinar» tudo o resto)
c) Trabalhar em equipa com professores e outros profissionais, envolvidos nos mesmos processos de aprendizagem;
d) Desenvolver, como prática da sua acção formativa, a utilização correcta da língua portuguesa nas suas vertentes oral e escrita;
e) Assegurar as actividades educativas de apoio e enriquecimento curricular dos alunos, cooperando na detecção e acompanhamento de dificuldades de aprendizagem;
f) Assegurar e desenvolver actividades educativas de apoio aos alunos, colaborando na detecção e acompanhamento de crianças e jovens com necessidades educativas especiais;
g) Utilizar adequadamente recursos educativos variados, nomeadamente as
tecnologias de informação e conhecimento, no contexto do ensino e das
aprendizagens; (sem elas já ninguém sabe ensinar nem aprender)
h) Utilizar a avaliação como elemento regulador e promotor da qualidade do ensino, das aprendizagens e do seu próprio desenvolvimento profissional;
i) Participar na construção, realização e avaliação do projecto educativo e
curricular de escola;
j) Participar nas actividades de administração e gestão da escola, nomeadamente no planeamento e gestão de recursos;
l) Participar em actividades institucionais, designadamente em serviços de exames e outras reuniões de avaliação;
m) Colaborar com as famílias e encarregados de educação no processo educativo, em projectos de orientação escolar e profissional; (temos agora de saber aplicar os testes de orientação que cabiam aos psicólogos?)
n) Promover projectos de inovação e partilha de boas práticas, com outras escolas, instituições e parceiros sociais;
o) Fomentar a qualidade do ensino e das aprendizagens, promovendo a sua
permanente actualização científica e pedagógica apoiado na reflexão e na
investigação; (tempo para reflexão? tempo para investigação?)
p) Fomentar o desenvolvimento da autonomia dos alunos, respeitando as suas diferenças culturais e pessoais, valorizando os diferentes saberes e culturas e combatendo processos de exclusão e discriminação;
r) Desenvolver estratégias pedagógicas diferenciadas, promovendo aprendizagens significativas no âmbito dos objectivos curriculares de ciclo e de ano;
s) Assumir a sua actividade profissional, com sentido ético, cívico e formativo;
t) Desenvolver competências pessoais, sociais e profissionais para conceber
respostas inovadoras às novas necessidades da sociedade do conhecimento;
u) Promover o seu próprio desenvolvimento profissional, criando situações de autoformação diversificadas, nomeadamente em equipa com outros
profissionais, na resolução de problemas emergentes de educativas situações; (isto deve ter sido copiado do inglês...)
v) Avaliar as suas práticas, conhecimentos científicos e pedagógicos e gerir o seu próprio plano de formação.
Proposta de Adenda:
x) Engraxar convenientemente quem interessa engraxar.
y) Dar boas notas a todos os alunos, independentemente do seu «saber».
z) Usar o tempo disponível depois disto tudo, para comer e dormir, dispensando, claro, acompanhamento à auto-suficiente família (estou a aplicar a regra da alínea u) e o descanso.
Por emn às segunda-feira, maio 29, 2006 3 reflexões
Progressão condicionada
Estrutura
1- Os quadros de pessoal docente dos estabelecimentos de educação e ensino abrangidos pelo presente diploma fixam dotações globais para a carreira docente de modo a conferir maior flexibilidade à gestão dos recursos humanos da docência disponíveis, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2- O número de lugares de professor titular a prover por concurso de acesso a esta categoria não pode exceder, por escola, um terço do número de professores do respectivo quadro.
Natureza e estrutura da carreira docente
2 - A carreira docente desenvolve-se pelas categorias hierarquizadas de professor e professor titular, às quais correspondem funções diferenciadas pela sua natureza, âmbito, grau de responsabilidade e nível remuneratório.
3 - Cada categoria é integrada por escalões a que correspondem índices remuneratórios diferenciados.
Sistema de classificação
3 – Por despacho conjunto do Ministro da Educação e do membro do Governo responsável pela Administração Pública são fixadas as percentagens máximas de atribuição das classificações de Muito Bom e Excelente, por escola ou agrupamento de escolas.
Artigo 39º
Acesso
1 -O recrutamento para a categoria de professor titular faz-se mediante concurso de provas públicas de avaliação e discussão curricular aberto para o preenchimento de vaga existente no quadro e destinada à categoria e grupo de recrutamento respectivo.
2 - Podem candidatar-se ao concurso de acesso à categoria de professor titular os professores que detenham, pelo menos, dezoito anos de exercício de funções na categoria com avaliação de desempenho igual ou superior a Bom.
5 - O concurso a que se refere o nº1 consiste na apreciação e discussão pública do currículo profissional do candidato e de um relatório elaborado para o efeito, incidindo sobre o trabalho desenvolvido pelo docente, perante um júri de âmbito regional que integrará professores da disciplina ou área disciplinar da categoria a prover, cuja última classificação tenha a menção de Excelente, e ainda docentes dos estabelecimentos de ensino superior da área geográfica respectiva.
6 - O número de lugares a prover nos termos do nº1 não pode ultrapassar a dotação anualmente fixada por despacho do Ministro da Educação.
7 - As normas reguladoras do concurso de acesso são definidas por portaria do Ministro da Educação.
Por emn às segunda-feira, maio 29, 2006 1 reflexões
domingo, 28 de maio de 2006
Novo Estatuto
Opiniões
Transcrevo esta:
b) Resultados escolares dos alunos;
c) Taxas de abandono escolar;
Por emn às domingo, maio 28, 2006 7 reflexões
sábado, 27 de maio de 2006
Provas de aferição de 6º
- Então, filha, como correu a prova?
- Bem! Não fiz três perguntas.
- Não fizeste três?!? E isso é «correr bem»?
Encolhendo os ombros:
- Então, aquilo não conta pra nada! Que é que interessa?
- Mas não fizeste porquê? Não sabias?
- Sei lá... Tinha que fazer muitas contas e aquilo não conta para nada!
...
Não sabia? Sabia.
E os resultados o que vão indicar? Que não sabia, que a prof não ensinou? Claro.
Foi assim? Não.
Por emn às sábado, maio 27, 2006 3 reflexões
Para rir
Por emn às sábado, maio 27, 2006 2 reflexões
sexta-feira, 26 de maio de 2006
Praias
Com o calor que aqui esteve hoje já só penso nisto. E a «minha» tá limpinha... (e os últimos testes ali estão a olhar, sarcasticamente, para mim).
Por emn às sexta-feira, maio 26, 2006 0 reflexões
domingo, 21 de maio de 2006
Gestão
O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão.
Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada? E contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.
A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga.
De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que, além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.
O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.
Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.
A formiga de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!
O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para a ajudar na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e a cada dia se mostrava mais enfadada.
Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente. Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a Unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía : "Há muita gente nesta empresa".
Quem o leão começou por despedir?
A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".
Por emn às domingo, maio 21, 2006 0 reflexões
quinta-feira, 18 de maio de 2006
Parabéns
Parabéns IC :)
Pessoa disse: «Ah, nesta terra também, também/ O mal não cessa, não dura o bem.»
Eu não concordo... Melhores dias virão...
Por emn às quinta-feira, maio 18, 2006 1 reflexões
quarta-feira, 17 de maio de 2006
Português 1 x 2
de Vasco Graça Moura no DN de hoje
Recebi na semana passada um ofício assinado pelos ministros da Educação, da Cultura e dos Assuntos Parlamentares convidando-me para integrar a Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura (PNL). Aceitei o convite muito penhorado, tanto mais que se prevê a possibilidade de a referida comissão aconselhar na execução do plano e participar em acções e iniciativas que venham a ser lançadas no seu âmbito.
Por emn às quarta-feira, maio 17, 2006 1 reflexões
Temas: OPINIÕES