terça-feira, 11 de novembro de 2008

Espelhos da realidade

O pesadelo burocrático e a desobediência à lei
por Aires Almeida

“O facto de os cidadãos estarem em geral dispostos a recorrer à desobediência civil justificada é um elemento de estabilidade numa sociedade bem ordenada, ou seja, quase justa”
John Rawls, Uma Teoria da Justiça


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349637&idCanal=2316
Tenho 48 anos e sou professor do ensino secundário há quase 26. Sou professor titular de Filosofia, não estou sindicalizado, não me recordo de ter faltado ao trabalho, mesmo em dias de greve, e não costumo participar em manifestações – nem sequer participei nas duas últimas grandes manifestações de professores, se bem que tenha pena de não o ter podido fazer. Nunca me passou pela cabeça ter outra actividade profissional, mesmo ganhando mais do que os 1850 euros que, após todos estes anos, recebo no final do mês.
Sei que para ensinar bem os meus alunos tenho de continuar a estudar, a ler e a aprender. Como costuma dizer um amigo meu, Desidério Murcho, para se ensinar bem até à letra C é preciso dominar as matérias até pelo menos à letra M: é preciso um grande à vontade e um bom domínio do que se ensina para se antecipar dificuldades dos alunos, para se responder a dúvidas inesperadas, para se encontrar o exemplo certeiro, para indicar as leituras adequadas, etc. Isto exige uma grande preparação e uma actualização permanente do professor, além de um ambiente de trabalho tranquilo e estimulante. Até porque são as deficiências científicas que originam, na maior parte da vezes, as situações pedagogicamente mais desagradáveis.
Infelizmente, os escassos estímulos que ainda poderiam existir nesse sentido parecem pertencer ao passado. As escolas transformaram-se, de há dois anos para cá, numa balbúrdia constante e num verdadeiro pesadelo burocrático em que ninguém parece entender-se. E, com muita tristeza minha, vejo os livros de filosofia que todas as semanas encomendo na Amazon ou outras livrarias acumular-se sem quase ter tempo para os folhear. Preparar aulas decentemente é algo que também deixei de fazer, caso contrário nem sequer vida familiar poderia ter. Não fosse o caso de os alunos estudarem por um manual que conheço de cor – porque sou um dos seus autores – e as aulas seriam um completo improviso. Comparar o que se tem passado nas escolas nos últimos dois anos com a barafunda gerada com o atraso da colocação de professores no tempo do ministro David Justino é como comparar um episódio infeliz com a própria infelicidade. E o ministro David Justino caiu por causa disso.
Creio poder dizer, sem qualquer exagero nem arrogância, que conheço melhor do que a senhora ministra o que se passa nas escolas, pois há 25 anos que passo a maior parte da minha vida nelas. Ora, nunca, mas mesmo nunca, houve tanta confusão e um ambiente tão pouco adequado ao ensino e à aprendizagem como o que se verifica actualmente.
Perguntar-se-á: o que ando então a fazer o tempo todo para deixar de preparar as minhas aulas como deve ser? A resposta poderia ser dada até pelo meu filho, apesar de ainda ser criança: além das aulas, passo os dias em reuniões intermináveis para entender o sentido do terrorismo legislativo com que se tolhem e intimidam os professores. Na verdade são muito mais as horas que tenho gasto a reunir por causa da avaliação do que com aulas. E o pior ainda nem sequer chegou. Como avaliador de oito colegas, terei de inventar mais 36 horas para assistir a aulas suas, além das reuniões preparatórias que tenho de fazer com cada um deles e dos quilos de papelada para preencher. De resto, na minha escola os professores irão passar o ano a assistir às aulas uns dos outros, pois somos 165 professores, o que dá cerca de 500 aulas assistidas por ano. Além disso, terei de preparar tudo para o meu avaliador – um colega de Economia que não tem culpa de nada e que fará certamente o seu melhor – poder assistir às minhas aulas de Filosofia.
Que o novo modelo de avaliação é inútil e ineficaz já o provou definitivamente, sem o querer, a senhora ministra. Diz ela repetidamente que esta avaliação é absolutamente necessária para a qualidade do ensino e para a melhoria dos resultados. Porém, anunciou com grande pompa ao país que os resultados melhoraram no último ano, o que acabou por ser reforçado com a divulgação dos resultados dos exames nacionais. Só que esta apregoada melhoria da qualidade e dos resultados verificou-se ainda antes de o modelo de avaliação produzir qualquer efeito. Logo, fica provado que a avaliação não é uma condição necessária para a melhoria da qualidade e dos resultados. O que leva então a ministra a dizer que a avaliação é absolutamente necessária?
Os responsáveis pelo actual ministério da educação parecem, talvez inconscientemente, querer pôr em prática o cenário tenebroso descrito por George Orwell em “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”, em que a catadupa de despachos, decretos regulamentares, documentos orientadores, ordens de serviço, instruções superiores, recomendações, etc., frequentemente incoerentes – vale a pena dizer que acumulo em casa mais de mil fotocópias sobre avaliação, que me foram entregues na escola –, são a tradução quase literal do “Big Brother is watching you” da 5 de Outubro. A obsessão do ministério por controlar tudo e todos até ao mais pequeno detalhe está bem patente no modelo de fichas de avaliação que impõe às escolas e aos professores (parece que a ideia é a de que, entre tanta coisa pedagogicamente inane, sempre há-de haver uns quantos aspectos em que o avaliado vai falhar, de modo a não atrapalhar as escassas cotas disponíveis para progressão na carreira). E o mais irónico é que, quando se encontram incoerências e impasses nas instruções oriundas do ministério, a ministra deixa o problema para as próprias escolas com o argumento de que lhes quer dar autonomia na construção dos seus instrumentos de avaliação. Não é, pois, surpreendente que os professores se sintam desorientados, cansados, chantageados e até insultados. Isso acaba naturalmente por se reflectir na sua prática lectiva e os alunos notam bem a diferença quando o professor dá as aulas cansado.
Mas o pior de tudo é que o modelo de avaliação fabricado na 5 de Outubro não vai permitir distinguir os bons dos maus professores, ao contrário do que a senhora ministra alega. Talvez seja até pior do que a completa ausência de avaliação, premiando arbitrariamente alguns dos maus e castigando cegamente muitos dos bons. Se assim não fosse, que razões teriam os bons professores que desfilaram na manifestação de sábado para lá estarem? Ou será que os mais de cem mil são todos maus ou simplesmente estúpidos? Os professores sentem-se compreensivelmente ameaçados porque o modelo, além de burocrático, como convém ao Big Brother, obedece a uma espécie de pensamento único pedagógico: há um dogma pedagógico subjacente a que todos têm de aderir, tal como se emanasse do Ministério da Verdade orwelliano. Esse dogma é o da pedagogia do eduquês: são os resultados a qualquer preço, é a inovação a martelo, são as “estratégias de ensino-aprendizagem” como se o professor fosse o aprendiz (também o é, mas noutro sentido). Enfim, é a avaliação do portfólio e dossiê do professor para ver se ele tem o seu caderno diário em ordem, infantilizando uma actividade em que, pelo contrário, se exige autonomia e auto-confiança.
De resto, não é preciso muita atenção para ser confrontado com essa novilíngua do eduquês que, de há muitos anos para cá, tem caracterizado o Ministério da Verdade. Só que agora passou a ter uma força imparável, pois vai ser a destreza no uso dessa novilíngua a determinar se o professor é dos bons ou dos maus. Esta é, sem dúvida, a avaliação do pior eduquês em todo o seu esplendor. É um enorme passo para a asfixia intelectual dos professores e para a sua menoridade profissional. E é a negação da desejável diversidade pedagógica, transformando os professores em meros instrumentos de uma cadeia de produção em série e impedindo os alunos de se enriquecer no contacto com diferentes estilos e metodologias.
Mas o que realmente importa no desempenho do professor é, respeitando os alunos e os seus direitos, ensinar-lhes e ajudá-los a aprender o que é suposto aprenderem, recorrendo às concepções pedagógicas que muito bem se entender. É relativamente fácil apurar se o professor soube realmente ensinar e se os alunos conseguiram realmente aprender, independentemente da metodologia usada e das concepções pedagógicas em jogo, desde que os seus alunos realizem no final do percurso exames bem concebidos. E se se ponderarem os resultados dos exames comparando-os com a média de cada disciplina nas respectivas escolas, estamos muito próximos de um sistema de avaliação muito mais justo, simples, eficaz e dignificante para todos. Claro que para isso era preciso haver mais exames, além de melhores programas e de mais formação de professores, coisas que não parecem interessar minimamente a senhora ministra.
Assim, tudo indica que quando a senhora ministra afirma totalitariamente que ou se aplica o seu modelo ou não há outro, só pode estar a fazer chantagem, o termo que utiliza para descrever o comportamento dos sindicatos junto dos professores, como se os professores fossem idiotas. A verdade é que neste momento já não são os sindicatos a comandar os professores, mas os professores a empurrar os sindicatos, de tal modo que os próprios sindicatos já não estão em condições de cumprir o acordo assinado há meses com o ministério. De nada serve, portanto, ao primeiro-ministro apontar o dedo ao incumprimento dos sindicatos. Se estes tivessem representado devidamente os professores, nunca teriam de voltar agora atrás com a palavra. Por isso, não vale a pena recorrer a fantasias e negar uma realidade muito crua: a insistência do governo no actual modelo está a degradar como nunca o sistema educativo nacional e a pôr em causa o normal funcionamento das escolas. E esta ministra ficará seguramente na história como a maior desgraça que se abateu nos últimos tempos sobre a educação em Portugal. Isso só ainda não é mais notório porque os efeitos das políticas educativas só se tornam evidentes passados vários anos. Por isso é arrepiante ver a senhora ministra insistir – contra tudo e contra todos os que, em Portugal, já alguma vez revelaram interesse pelas questões da educação – numa teimosia própria de mentes obstinadas e dogmáticas. E é também por isso um imperativo de justiça desobedecer a esta lei arbitrária e injusta, sobre uma questão de tão grande importância. Chama-se a isto desobediência civil e foi isso que fizeram em diferentes circunstâncias Gandi, Luther King, Bertrand Russell e muitas das referências cívicas e culturais do nosso mundo. É ilegítimo não cumprir a lei, diz a senhora ministra sem se aperceber que está a ser redundante. Pois é, é ilegítimo não obedecer à senhora ministra, pois foi ela que fez a lei. Mas terá mesmo de ser.
*Professor titular de Filosofia da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, de Portimão »

Avaliação dos professores na Europa

Informação de Levels of Autonomy and Responsibilities of Teachers in Europe, página 62 e 65 da Eurydice


A Finlândia, apresentada como exemplo no «ranking» do PISA, não tem avaliação de professores.




Não precisa. Confiam nos professores e, fundamental, os alunos não ouvem os políticos e os pais dizer mal deles...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Manifesto da Teresa

Flagrante, dorido e honesto testemunho do desalento ...

Claro, clarinho

Com a clarividência do costume: aqui, Paulo Guinote continua, com a lucidez que o caracteriza, a ler a realidade.

15 de Novembro

Até as mentiras descaradas que enganam quem não sabe o pedem.
A 15 de Novembro há mais.

domingo, 9 de novembro de 2008

O «meu» 8 de Novembro



























Quando se informam

os homens tornam-se cidadãos.
José Manuel Fernandes, director editorial do Público, era um defensor da ministra. Agora, vê mais longe.

Euronews

perceberam. Só cá ainda há ignorantões.

Manipulação e Rábula da família avaliada

Ao ver-se esta reportagem, a manipulação é evidente.

O senhor que aparece inicialmente não está a desfilar. Apenas assiste de lado.
O primeiro colega, ao referir-se que o que está contra é a .............. avaliação, pecou por defeito. Porque assim deu azo a parecer não querer ser avaliado.
As palavras da segunda colega são claramente manipuladas pelo editor que a põe a dar razão à ministra (com minúscula).
Os outros, decididamente escolhidos a dedo, dizem que melhor pensada e tratada «esta» avaliação poderia ser aplicada.




Primeiro irritei-me com a reportagem. Fechei o computador e rangi os dentes para a tv.
Depois pus-me a pensar como se explica a alguém porque é que esta avaliação é profundamente desestabilizadora e inaplicável.


Um dos «conselhos» dos discursos que ouvi, foi que explicássemos aos pais o que está mal. Mas como fazê-lo? Eu recuso-me, por princípio a falar de problemas profissionais quer com alunos quer com pais. Falo abundantemente, sim, com família e amigos.

Um dos meus irmãos, da área de informática, disse-me há pouco tempo que o «Magalhães» era MUITO BOM e MAIS IMPORTANTE que era um projecto português.
Rapidamente lhe fiz chegar este mail:
É um projecto português?

Na Indonésia o «Magalhães» é conhecido pelo nome de «Anoa», na Índia é o Mileap-X series, na Itália é o Jumpc e o no Brasil é conhecido por Mobo Kids. O Governo do Vietname percebeu o sucesso da oferta e já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates.

Tá bem tá. Vê aqui: http://diario.iol.pt/tecnologia/intel-magalhaes-tecnologia-socrates/977084-4069.html
Ou aqui: http://www.youtube.com/user/olidatajumpc


Penso que ficou claro que não é OBVIAMENTE um projecto português.



Voltando atrás, como então «explicar» aos pais?


As escolas acabam por ser famílias. Muito do corpo docente está a trabalhar em conjunto há anos. Mas mesmo os recém-chegados rapidamente são adoptados.
Então que tal imaginar uma família - avós, seus filhos, filhas e respectivos cônjuges e os filhos destes.
Início dos trabalhos
Reunião geral familiar:
Passo 1 . agora estabeleçam metas a atingir enquanto família (valor x mínimo dos presentes de Natal, telefonar x vezes aos pais/avós); ................................................
Passo 2.estabeleçam indicadores de medida: decidam entre vocês, como queiram, o que vai ser importante
  • pode ser quem dá melhores presentes de Natal. Pergunta alguém: melhores como? Como se avalia o que é um presente melhor? É o mais caro? Não, isso não - diz outro. É o que quem o recebe gosta mais. E como se «mede» o «que se gosta mais»? Como se poderá ser objectivo? Entre o carro último modelo que o pai deu ou o livro fantástico que a mãe deu que me inspirou a... e que me apetece agora reler, como se mede? Decidam.
  • pode ser quem telefona mais vezes a dar notícias, quem faz mais festinhas, enfim - escolham, decidam-se);
Passo 3. Quem vai avaliar? Pode ser o que no ano passado gastou mais dinheiro em presentes de Natal (é um critério qualquer - isso não interessa nada! Ah, mas eu gostava de ser o avaliador e não sabia que era esse o critério. Se soubesse tinha dado melhores presentes! Mas não deste. Tá lá agora mas é caladinho!) e.... o avô. O avô avalia a participação na vida familiar. O outro a interacção.
Passo 4. A seguir toca a definir objectivos:
Os meus presentes de Natal a crianças com menos de 5 anos serão de valor x;... Mais de cinco anos de valor y;
Empenhar-me-ei em telefonar 2 vezes por dia aos meus pais, para dar conta das actividades em que me integrei.....
Todos querem ter boa avaliação, ou seja, começam as primeiras rivalidades: Mostra lá o que escreveste aí! O que te propões fazer? Não tens nada a ver com isso. Fazes os teus que eu faço os meus!
Passo 5. O avô recebe os objectivos individuais, lê e verifica se estão conforme o que lhe parece bem, embora não saiba muito bem o que quer que cada um faça.
Passo 6. O avaliador (o tal que no Natal passado deu os presentes mais caros) visita três vezes pré-acordadas a casa de cada um dos avaliados e verifica como eles se portam. Leva uma fichinha e aponta com cruzinhas se todos se tratam com respeito, se a casa está arrumadinha com as camas feitas, verifica o pó nas estantes... enfim, vê tudo o que está lá e aponta nas fichinhas. É claro, que nesse dia está tudo um «brinquinho»!
Nesses dias, inevitavelmente, terá de faltar ao trabalho, mas que se há-de fazer?! Tem de avaliar a família....
Passo 7. No final do ano acontece o preenchimento de ficha de auto-avaliação, onde cada um colocará as «evidências» do seu contributo familiar (não esquecer de apontar sistematicamente todos os passos dados, diariamente, no sentido de cumprir os objectivos apresentados e poder «prová-los». Poder-se-à, inclusivamente pedir factura detalhada da conta do telefone, para provar os telefonemas.)
Passo 8. O avô recebe e lê a ficha de auto-avaliação de cada um e compara com os objectivos fixados no início do ano. E depois avalia:
Ora, a filha só lhe fez 3 festas na cabeça. Mas propôs-se dar 2. Excedeu as expectativas. Muito Bom ou Excelente?
O neto do meio do seu mais velho propôs-se fazer 365 festas. No dia em que foi internado de urgência, não fez a respectiva festa. Insuficiente.
Mas o netinho é tão querido e a filha é tão fria.... Bem. Se tem de avaliar, tem de avaliar. (O pequenito com 3 anos é que está tramado. Não fixou objectivos.) A nora.... O filho.... o neto mais novo da filha do meio.... a sobrinha... a namorada do filho... o neto... São 26 a contar com o mais novito... Quem é que falta?...
O avaliador vê as suas fichinhas e têm todos mais ou menos a mesma avaliação. Bem, na casa da prima, é verdade que encontrou algum pó na maçaneta do armário da despensa... Enfim, terá de a penalizar, até porque se não penalizar alguém será ele o penalizado. Tem de diferenciar os elementos da família!
Passo 9. Reúnem avô e o que deu melhores presentes (o titular) e apresentam a sua avaliação a cada um dos avaliados. Ninguém concorda? Paciência.
Novo ano! Vamos lá a começar tudo outra vez!
Que bela e unida família esta!
Parece que o tal que estava a avaliar acabou por ter um AVC pois o que diziam dele começou a mexer-lhe com o sistema nervoso. O avô, esse, preferiu ir para um lar por já não aguentar tanta hipocrisia.
Já não há reuniões de família.

Ai, os meus pés!

A 15 há mais, para quem está mais próximo...

sábado, 8 de novembro de 2008

Que alívio!

Tardou a falar, mas falou bem.



Até já respiro melhor...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Insinuações inevitáveis

Eram inevitáveis as insinuações, que neste artigo de um jornal regional se podem ler, de que os alunos foram instigados por professores. Ainda são atribuídas culpas aos pais...

E que dizer da objectividade da notícia? Se calhar não é notícia. Talvez mais um artigo de opinião... É, deve ser.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Agitação

Recebo há pouco um «Kolmi» da minha pequena mais nova. Ligo-lhe.

- Mamã, nem te passa! A polícia bateu-nos. Foram uma data de ambulâncias para o Hospital... nada de grave...

Ligo para a mais velha que faz parte da Associação de Estudantes.

- A polícia carregou sobre nós! Mas temos filmes e vamos enviar para a TVI...


Estive uns 5 minutos a rir... Não sei se de nervoso, se de tudo isto me parecer de um outro mundo que não este pacato e submisso que conheço.




Adenda: já puseram no YouTube


«Bateram» é forte. Usaram da força para os afastarem... Legítimo? Não sei, mas parece-me uma atitude perfeitamente escusada.


A minha mais velha ainda levou um murrito numa orelha. Nada de grave e servirá sempre como uma recordação de um dia «quente»:)

Tá tudo a funcionar - diz a Sr. Ministra

Esta transcrevo-a, pois adorei a postura e palavras da sua PCE e (com o peso inerente na opinião pública) é a 1.ª pública dos rankings:
Moção da Escola Secundária Infanta D. Maria a pedir a suspensão da avaliação de desempenho

Os Professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, reunidos em 27 de Outubro de 2008, mostraram o seu veemente desagrado face ao actual modelo de Avaliação de Desempenho, introduzido pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, pelos motivos a seguir enunciados:
1. A aplicação do modelo previsto no Decreto Regulamentar nº 2/2008 tem-se revelado inexequível, por ser inviável praticá-lo segundo critérios de rigor, imparcialidade e justiça, exigidos pelos Professores desta Escola.
2. O modelo de Avaliação do Pessoal Docente ora em vigor pauta-se pela subjectividade dos seus parâmetros e, portanto, será passível, a todo o tempo, de ser questionado, inclusive através do recurso aos tribunais.
3. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 não tem em conta a complexidade da profissão docente que não é redutível a um modelo burocrático, cabendo em grelhas e fichas preformatadas numa perspectiva desmesuradamente, quantitativa e redutora da verdadeira avaliação de desempenho dos docentes
4. O modelo previsto no Decreto Regulamentar nº 2/2008, pela sua absurda complexidade, não é aceite pelos professores, não se traduzindo em qualquer mais-valia pessoal e/ou profissional.
5. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 tem por objectivo melhorar a qualidade da escola pública. Este pressuposto não pode ser alcançado devido ao clima de insustentável instabilidade e mal estar resultante da implementação do concurso para Professor titular, concurso baseado em parâmetros arbitrários e por isso injusto.
6. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 impõe quotas para as menções de “Excelente” e “Muito Bom”, e, com isso, desvirtua, logo à partida, qualquer perspectiva dos docentes de ver reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades, competências e investimento na carreira.
7. Não é aceitável que se estabeleça qualquer paralelo entre a avaliação interna e a avaliação externa, quando sabemos que este critério apenas é aplicável às disciplinas que têm exame a nível nacional, havendo, por isso, uma violação evidente do princípio da igualdade consagrado no Artigo 13º da Constituição da Republica Portuguesa.
8. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 implica um enorme acréscimo de trabalho burocrático para os docentes, sem benefício correspondente para ninguém, correndo-se o risco de ficar relegado para um plano secundário o processo de ensino aprendizagem, prevendo-se graves consequências nas novas gerações e, naturalmente, no futuro do país.
9. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 condiciona a avaliação do professor ao progresso dos resultados escolares dos seus alunos. Os professores desta Escola consideram que mecanismos como a consideração directa do sucesso educativo dos alunos na avaliação dos docentes são incorrectos e injustos e estão em desacordo com as recomendações da Comissão Científica da Avaliação de Desempenho.
Pelo exposto, os professores desta Escola decidiram, por unanimidade, suspender a participação neste processo de Avaliação de Desempenho até que se proceda a uma revisão concertada do mesmo, que o torne exequível, justo, transparente, ou seja, capaz de contribuir realmente para o fim que supostamente persegue, uma Escola Pública de qualidade.
Coimbra, 27 de Outubro de 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

8, pois então...

Lá vou eu de novo no meu carrinho passar o dia a Lisboa.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Se eu pudesse...

Escola de Coimbra repetiu a proeza de ser a melhor pública do País, mas o clima é de desalento
...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

É tudo tão engraçado...

Conselho científico da avaliação está parado
PEDRO SOUSA TAVARES

RODRIGO CABRITA

Órgão supervisor não se reúne desde o Verão
O Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP), órgão consultivo criado pelo Ministério da Educação para supervisionar e emitir recomendações sobre o processo de análise e classificação de desempenho "não está a funcionar". A confirmação foi dada ao DN, esta sexta--feira, por Arsélio Martins, presidente da Associação dos Professores de Matemática (APM) e um dos membros desta estrutura.
Arsélio Martins - o mesmo que, em 2007, recebeu o Prémio Nacional do Professor - explicou que a última reunião formal aconteceu em Julho. "Desde a saída da presidente", em Setembro, apenas houve "um ou dois encontros" de "pequenos grupos de trabalho", e entretanto já foi cancelada pelo menos uma reunião geral, que estava agendada para Setembro."Não temos acesso a dados"Uma situação que, reconheceu, lhe está a causar algum desconforto: "Estou descontente, porque não temos acesso a dados. Um sítio onde as pessoas se deveriam reunir, mas não têm acesso a materiais e não podem trabalhar é difícil", admitiu. Recorde-se que, como noticiou o DN no início deste mês, Conceição Castro Ramos, que tinha tomado posse oficialmente a 21 de Abril, acabou por pedir a aposentação, deixando o conselho ao fim de pouco mais de cinco meses, precisamente numa altura em que a avaliação começava a ser generalizada nas escolas.
Na altura, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, questionou os motivos da decisão, recordando o "incómodo" que algumas posições do CCAP - como defender que as notas dos alunos não devem influenciar a avaliação dos professores - terão causado à tutela. Entretanto, o conselho sofreu outra "baixa", com a saída de Matias Alves. Este professor garantiu publicamente que a sua saída se devia apenas ao facto de ter deixado "temporariamente" de exercer as funções de titular, que lhe permitiam estar nesse cargo. Mas admitiu que o CCAP corria o risco de se tornar um órgão "inútil".
Arsélio Martins garantiu ao DN que "quem está no conselho, está mesmo", sublinhando que não se sente incomodado pelo impacto aparentemente limitado do CCAP no Ministério: "é da natureza de uma estrutura destas que as suas recomendações possam ou não ser seguidas".
O facto é que, recentemente, o Ministério da Educação tomou decisões importantes sobre o processo - produzir um recurso na Internet onde os professores têm de inscrever os seus objectivos para o ano lectivo e enviar formadores às escolas onde o processo está atrasado - sem que o CCAP tenha sido consultado. (hehehhehehehe ... e o colega estranha?)
Fonte do Ministério confirmou que ainda não há substituto para Conceição Castro Ramos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

OI

Lá os preenchemos...

...E assinamos um pedido de suspensão da avaliação... (como há tão pouco tempo, resolvemos subscrever o de Portimão).

Não estou inteiramente satisfeita, mas já não é mau.

Medo e Objectivos Individuais

Amanhã, o meu grupo vai reunir para tentar chegar a um consenso sobre a definição dos objectivos individuais.
A minha proposta será de não os entregarmos... Se houver um só que me acompanhe, não os entregarei, substituindo a sua entrega pela identificação escrita da fantochada que eles e esta avaliação representam.
Ou então, em vez de ser objectiva, quantificando-os, como foi decidido na minha escola, elaborarei um dos mais completos testamentos e dificultarei ao máximo a tarefa de quem os terá de confrontar com a auto-avaliação final.
Mas também de que me servirá?
Alguém pensa que os PCE conseguirão realmente ler, verificar OI e sua concretização e avaliar todos os profs de uma escola? Alguém duvida de que vai ser tudo a olhómetro?... Que todos este papéis que se preenchem têm como único objectivo abater mais uns quantos eucaliptos?
E já alguém pensou que se não for alguém sensato a estar como PCE, poderão acontecer tremendas injustiças? Claro que sim.... estão-se é a marimbar.
Também poderemos ter a rotatividade do tipo: este ano tens tu excelente, pró ano tenho eu.
Enfim...
Não percebo por que os sindicatos disseram que os professores tinham de concorrer a titulares. Essa, nunca engoli. E, fora raríssimas excepções, todos concorreram.
É talvez aquela nossa pequenina mentalidade seguidista aqui tão sugestivamente ilustrada dos mais papistas que o papa feita de hábitos enraizados de baixar a cabeça?
Agora temos de entregar os OI. E se não os entregarmos, temos todos insuficiente? E se tivermos? Para o ano, teremos um plano de acompanhamento adequado para «superarmos as nossas dificuldades»?
Se não entregarmos nada, temos um processo disciplinar? Ai, que medo!
E se ninguém entregasse OI? Levantavam-se 140 mil processos disciplinares?
Não sou mártir. Sozinha não vou contra tudo e contra todos. Não estou para me chatear, com ainda mais papelada para preencher. Limitar-me-ei a juntar-me ao rebanho e fazer méééé!
Não percebo o MEDO... Nunca o consegui entender. Quando se tem razão e bom senso, porque se tem medo?

sábado, 18 de outubro de 2008

PEDIDO

Colegas dos sindicatos,

Acabei com os meus descontos sindicais. Como eu, muitos o estão a fazer, como podem comprovar.

Os sindicatos são muito importantes, mas é preciso que respeitem os interesses de quem estão a servir. Daí que, ao contrário da desmobilização que estão a tentar fazer, chamando anti-sindicalistas aos promotores da manifestação de 15 de Novembro, vos peço que se juntem a ela.
É importante a união.

Não sou anti-sindicalista, como se pode ver no que escrevi aqui ou aqui ou aqui. Num dos posts disse: às vezes irrito-me um bocadinho. Todos nós nos irritamos. Mas não podemos ficar com o discernimento toldado.

Espero brevemente poder voltar a fazer os descontos que agora anulei.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Violação da hierarquia das leis

Li nos comentários do Ramiro Marques isto:

antónio pina disse...
É muito estranha a Lei do Orçamento! Ela manda-me alterar o Decreto-Regulamentar nº2/2008 de 10-01. Muito bem, eu alterei o Decreto-Regulamentar e subitamente deparo com o seguinte: o Decreto-Regulamentar manda-me alterar o Decreto-Lei nº6/96 de 31-01 (C.P.A.)!!! Um Decreto-Regulamentar manda-me violar um Decreto-Lei?!! Não compreendo. Peço ajuda. E a Lei do Orçamento não é válida somente por cerca de um ano? Diabo... Não percebo nada.
Pois... já é normal... Ele é despacho a desdizer Decreto-Lei, ele é indicações a «interpretar» o que é propositadamente (ou estupidamente?) dúbio... Deixa andar - depois a IGE corrige... Entretanto vai-se fazendo o que bem nos apetece.
Que balbúrdia vai nesta república!

Como é possível?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

15 de Novembro

Estou indignada. Acabar-se-ão brevemente os meus descontos para o sindicato.
Divisionismo? Só se for da parte dos sindicatos. Depois de uma data já avançada, apresenta-se outra?
Transcrevo umas palavras de Luis Costa nos comentários do blogue do Ramiro Marques:

Na minha opinião, é melhor que os sindicatos não vão! Porquê? Para ficar bem evidente que a revolta é intrínseca, sentida, que vem do âmago e não é "manipulada" por ninguém! É bom que a sociedade perceba que os professores não precisam dos partidos para se manifestarem, para irem a Lisboa reivindicar o que é seu. Iremos com muito mais dignidade. Se a quantidade fosse determinante, a esta hora já não teríamos nem ministra nem as injustiças da sua desgovernação. Será a marcha da indignação e da dignidade!

domingo, 12 de outubro de 2008

15 de Novembro?

Estamos REALMENTE fartos!

Estamos REALMENTE fartos!


Boas,
enquanto responsável pela Edição do Site do SPN, senti-me no direito de recorrer à figura da defesa da honra, prevista na actividade parlamentar e que para este espaço convoco, na qualidade de cidadão e professor ofendido com as palavras do Senhor Secretário de Estado Valter Lemos.

O Jornal de Notícias trazia na sua edição de 4ª feira (8 de Outubro) uma reportagem sobre o facto de as aposentações entre os professores terem duplicado nos últimos tempos.

Na referida reportagem, estavam incluídas declarações de um Professor, um daqueles com P MESMO GRANDE. O Moreira é um daqueles professores que nos ficam na memória - fiz estágio em Rio Tinto (a minha terra!), na escola onde, entre outros grandes MESTRES, me foi possível aprender muito com o Moreira. Um Homem que deu tudo, que teve todos os cargos, todas as funções e que de forma frontal assume a dificuldade perante o desastre da situação actual.
"A partir do momento em que comecei a sentir a profissão como um fardo, em que comecei a pensar que estava a mais, com a desconsideração cada vez maior relativamente à profissão, com tudo o que se dizia sobre os professores, comecei a estudar seriamente a hipótese de pedir a reforma antecipada"

Todos sabemos que a reportagem e os números do JN podem estar errados. Mas por defeito!

O João Gobern (Pano para Mangas de 8 de Outubro) e o Manuel António Pina, na Antena 1 e no JN, respectivamente, abordam a situação de forma absolutamente fantástica:

Manuel António Pina escreve sobre "A Grande Evasão" e João Gobern fala sobre o "descansem em paz."

Já o Senhor Secretário de Estado Valter Lemos vem a terreno com declarações que me ofendem. Ou antes, que nos ofendem.



Diz o nosso superior hierárquico (e é apenas essa a qualidade que me obriga a manter o respeito por si!) que se trata apenas de uma manipulação dos números e somos todos uns mentirosos porque afinal de contas estamos motivados.

Pois bem, Sr. Lemos, nós não estamos motivados.
Os resultados não estão a melhorar e se estivessem isso não se deveria nem ao Senhor, nem ao Senhor Primeiro Ministro e, quero acreditar que não se deveriam a nós.
Porque a verdade é que os alunos não sabem mais e por isso não podemos ter melhores resultados.
O que acontece é que nós temos que os passar mais porque os Senhores a isso obrigam.

Também eu estou farto e não fosse o facto de ter só 34 anos (de idade e não de serviço, infelizmente!!!) e também eu estaria a contar os dias para me ir embora.
Como eu, outros tantos. Não conheço um único. Um que seja que diga que está motivado.

Estamos fartos, porque não conseguimos ensinar nada a ninguém. O drama é que, ao contrário das teorias, eles não aprendem sozinhos.
Estamos fartos, porque nos querem obrigar a viver divididos quando o que nos une é muito mais forte do que aquilo que supostamente nos separa.
Estamos fartos de ter horários impossíveis, onde são os alunos que ficam para trás. Substituições, reuniões, papeladas e relatórios. Temos que fazer tudo, menos trabalhar com alunos e para os alunos.
Estamos fartos, porque gostamos de usar os computadores com os nossos alunos, mas até nós ficamos enjoados com tantas mentiras e tanto foguetório à volta das TIC. Sem o "software docente" não há hardware que faça nada!
Estamos fartos, porque nos dizem que estamos a ser avaliados, quando todos já perceberam que estamos é a ser lixados (em bom português...).
Estamos fartos de nos dizerem para usar a Autonomia, quando até para respirar precisamos de uma autorização superior - do Ministério às Direcções Regionais, passando pelas equipas de apoio às escolas e até a alguns Executivos, anda tudo com uma mania de superioridade que nos dá vontade de fugir!
Estamos fartos, porque nos estão a cair em cima todas as responsabilidades sociais, quando a nossa capacidade e o nosso tempo está todo tomado para responder ao Processo Kafkiano do ME.

Estamos fartos... FARTOS... FARTOS!...

É claro que há meia dúzia de boys que, no poder da titularidade ou na ignorância da gestão, pensam que o caminho é este. E esses andam felizes e contentes no caminho do Senhor.
Mas, a história do presente mostra que o destino desses está guardado a sete chaves no cofre dos Bancos Hipotecários Americanos.

Se me permitem e para terminar - eu sei o que vou fazer agora e sempre: continuar a lutar!
Mas também sei o que vou fazer nas próximas eleições!

João Paulo Silva
Professor FARTO

domingo, 27 de julho de 2008

Titulares

Aqui há uns tempitos, interroguei-me se concorreria a titular se, na altura, estivesse no oitavo escalão...
Agora, já pensei e fiz contas à vidinha... vivendo até aos 75 anos, perderei um pouco mais de vinte mil contos (ainda «penso» em escudos).
Entre dinheiro e consciência, opto pela segunda. Até pode ser que me saia o totoloto ou o euromilhões (será difícil porque não jogo, mas...)
A Teresa estava no 8º e não concorreu na altura. Concordo em absoluto com ela.

O caminho dos titulares:

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sem comentários - só risos

Ver

APP

No site da APP, quando se vai a Pareceres, encontra-se o último - de Julho de 2007.
Nos jornais li:

Em comunicado, a APP considerou que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.
No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.
Gostava de ver o tal «comunicado».


Concordo em absoluto com a primeira parte do primeiro parágrafo. Mas dizer que o excerto é mal escolhido, quando é um dos fundamentais para a análise da mitificação do herói - item de conteúdo do programa?

E será possível que digam que o termo «frase subordinada relativa» é da nova TLEBS? Será possível???? Custa-me a crer...

Para quem o ano passado mostrou indignação por não se testar o «funcionamento da língua» estranho agora, quando FINALMENTE este lá aparece, que se arme e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Exame 2008



Isto dos níveis de desempenho na correcção toda é fantástico!

Um aluno pode não dizer nada de nada, mas basta-lhe escrever umas palavrinhas e tem logo 6 pontos. Se estruturar o discurso e não der erros, terá ainda mais 12. 18 pontos só por escrever umas coisitas mesmo que não saiba do que está a falar...

Que belos tempos estes...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Estados de espírito

Já aqui não vinha há bué.
E só venho para pôr este link... porque diz o que sinto de um certo senhor.

terça-feira, 29 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Perfeito

Só tenho pena que nem todos os políticos estudem a lição como a Ana Drago...

Comentário

Com este «acirramento» do contra-sindicatos pergunto-me se já verificaram que é possível a cada escola alterar completamente todos os itens a branco das fichas de avaliação. Se se converter os 3/4 que há em cada parâmetro, num só, claro e objectivo, não se simplificarão as grelhas?Nas «Regras….» sobre as fichas, diz no ponto 6 o seguinte:

Para efeitos de classificação, podem os agrupamentos de escolas e as escolas não agrupadas, por decisão do presidente do conselho executivo, sob proposta dos conselho pedagógico, agregar, combinar ou substituir os itens ou indicadores de avaliação, sem prejuízo da realização da avaliação da função ou actividade a que se referem e do respeito pelas ponderações dos parâmetros classificativos.

Só a aplicação disto já poderá simplificar, e muito, esta avaliação… Claro que não chega, claro que não faz qualquer sentido aulas assistidas para todos, todos os anos… Claro que a divisão da carreira é absurda…
Ainda hoje duas titulares amigas, verificavam as leis todas, numa tentativa de poderem deixar de o ser.
No meu agrupamento 8 já se reformaram e 2 já só estão à espera.

Mas há que reconhecer que isto são indícios de fraqueza do Ministério que já percebeu da estupidez do modelo e que, afinal, nós não somos tão burros como nos julgaram.

Baixar os braços agora será o maior disparate. E já ouvi dizerem «eu não vou a mais lado nenhum - com estes sindicatos não quero mais nada»… Tá bem, tá. Será muito bonito, sim.

sábado, 12 de abril de 2008

Entendimento

É claro que foi um bom «entendimento»...
É claro que vai ser muito mais fácil e objectivo fazer a avaliação dos colegas que dela agora precisam...
É claro que é melhor ser IGUAL em todas as escolas.

Ás vezes irrito-me um bocadinho com posições extremistas.

Foi uma cedência do ME? É óbvio que sim. Porque TINHA de ser.

Está tudo bem? Claro que não. Ainda há muito que fazer e corrigir.

Estão a esquecer-se do ponto 4 Com o objectivo de garantir o acompanhamento, pelas associações sindicais representativas do pessoal docente, do regime de avaliação de desempenho dos Professores, proceder-se-á até ao final de Abril à constituição de uma comissão paritária com a administração educativa, que terá acesso a todos os documentos de reflexão e avaliação do modelo que venham a ser produzidos pelas escolas e pelo Conselho Científico da Avaliação de Professores.
Compete a esta comissão paritária, tendo em sua posse a documentação referida e outra que considere adequada, preparar a negociação das alterações a introduzir ao modelo de avaliação.
Estabelecer-se-ão as regras que permitam a participação ou audição de peritos indicados pelas associações representativas do pessoal docente em reuniões do Conselho Científico da Avaliação de Professores, a sua solicitação ou a convite da sua presidente.

É bom AINDA haver eleições.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Afinal...

ela sabe o que faz. Terá perdão?
http://olhardomiguel.blogspot.com/2008/04/metamorfose.html

Comentário sobre a passagem administrativa no Brasil

Também lá há lúcidos, de fato (falta aqui o 'c' - já estou em adaptação)
Excelente:
encontrei no Cantinho

sexta-feira, 4 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Uma vida

Encontrei na Teresa esta última «aula» de Randy Paush que sabia ter apenas mais dois meses de vida:



«Don´t forget: have fun!»


Escolheu ser professor porque alguém lhe disse que seria um excelente vendedor em qualquer grande empresa. Assim sendo, que melhor haveria para vender do que educação?

Vale bem a hora e vinte que demora.

terça-feira, 18 de março de 2008

Alberto João Jardim

Frase do dia no blogue de Ramiro Marques :)

Bloco

Ouvi agora José Miguel Júdice dizer na Sic Notícias que este governo perderá inevitavelmente votos à esquerda. Terá portanto de os procurar à direita. Assim, interessa radicalizar as posições com os sindicatos. .......... ? Parece-me que anda a aconselhar José Pinto de Sousa.

Há muito que não voto. Ninguém me convence o suficiente para me ir manifestar nas urnas.
Tendencialmente sempre me inclinei para a direita. Creio mais no indivíduo do que no colectivo. Supostamente dever-me-ia sentir inclinada a votar PS. Cruzes, Credo!
Mas alternativas credíveis urgem. E será que vou votar nas próximas? Tenho a certeza que sim. Eu e a minha maioria, a dos abstencionistas. Não há sondagem que valha a ninguém quando esta maioria for votar.

sábado, 15 de março de 2008

Companiero...

Generoso, impositivo e sem qualquer queda para as línguas.

Não se pode ser bom em tudo...

Mas era bom que se enganasse menos no posto em que está.

Objectivos?

http://fjsantos.wordpress.com/2008/03/12/para-resistir-no-interior-de-cada-escola/

quarta-feira, 12 de março de 2008

Ramiro Marques

Condicionar a avaliação dos professores aos resultados dos alunos não violará o princípio da imparcialidade? (Artº 6º do CPA)
Para além de todos os argumentos que têm sido aduzidos na discussão relativa a este processo de avaliação de professores, há uma questão que ainda não vi abordada: a questão da legalidade e da (in)constitucionalidade na relativamente à avaliação de alunos ser um indicador na avaliação do professor.
Na minha perspectiva o processo é ilegal porque é susceptível de violar o Princípio da Imparcialidade previsto no artigo 6.º do Código de Procedimento Administrativo (CPA) e no n.º 2 do artigo 266.º da Constituição da República Portuguesa.
A questão da Imparcialidade tem consequências directas no regime de impedimentos que consta nos artigos 44.º e seguintes do CPA. Por sua vez, o artigo 51.º (CPA) estabelece no n.º 2 que "a omissão do dever de comunicação (…), constitui falta grave para efeitos disciplinares".
Assim, é meu entendimento que a lei obriga a que os professores se declarem impedidos de participar nos próximos Conselhos de Turma de avaliação uma vez que vão decidir sobre matéria (avaliação dos alunos) relativamente à qual têm interesse.
É com base neste fundamento que pretendo dirigir ao órgão de gestão do meu estabelecimento de ensino o documento que agora anexo para, caso se considere pertinente, colaborar na sua divulgação. Naturalmente que não se pretende "boicotar" o momento de avaliação que se aproxima. Penso apenas que seria interessante que os professores suscitassem esta questão para, inclusivamente, obrigarem a tutela a decidir sobre o assunto.
Paulo Martins
Comentário meu
Observação muito interessante! Concordo inteiramente com o argumento de Paulo Martins. Os sindicatos deviam preparar e divulgar uma minuta para os professores assinarem e colocarem nas actas dos Conselhos de Turma. É evidente que condicionar a avaliação dos professores aos resultados dos alunos viola o seu dever de imparcialidade. O ME visa dois objectivos com este processo de avaliação de desempenho: "avaliar" 140000 professores a custo zero e à custa de uma excessiva sobrecarga de trabalho dos professores titulares e CE; induzir a um aumento do sucesso escolar administrativo.

domingo, 9 de março de 2008

Dia 8 de Março

Será cego, surdo e PARVO?

2008-03-08 - 09:00
Coisas do circo
Hooligans em Lisboa

Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações.






Eles aí estão ‘em estágio’. Faz-me lembrar os hooligans quando há uma disputa futebolística em causa. Chegaram pela manhã em autocarros vindos de todo o País, alugados pelo Partido Comunista. Vestem de preto e gritam desalmadamente. Como diz um tal Mário Sequeira, em tom de locutor de circo, “à maior, à mais completa, à mais ruidosa manifestação de sempre que o País viu”. Eu nunca tinha apreciado professores travestidos de operários da Lisnave, como aqueles que cercaram a Assembleia da República, nos anos idos de 1975, com os cabelos desalinhados, as senhoras a fazerem tristes figuras, em nome de nada que seja razoável considerar. Lembro-me bem dos meus professores. Não tinham nada que ver com esta gente. Eram referências para os seus alunos. A maior parte escolheu aquela profissão porque gostava de ensinar. Talvez por isso eram todos licenciados e com um curso (dois anos) de pedagógicas. Aprendi muito com eles e quando dei aulas, no liceu e na universidade, utilizei muitas vezes os seus métodos. Estou-lhes grato para a vida inteira. Hoje as coisas são bem diferentes, embora seja óbvio que estes manifestantes são só uma parte dos professores. Felizmente ainda há milhares de professores (talvez a maioria) que exercem com toda a dignidade a sua profissão. A manifestação é contra uma professora que agora é ministra. Uma ministra sábia, tranquila, dialogante, que fala com uma clareza tal que só os inúmeros boatos, a manipulação e a leitura distorcida do que propõe podem beliscar o que de boa-fé pretende para Portugal. Se reduzirmos à expressão mais simples as suas pretensões tudo se pode resumir assim: – Portugal não pode continuar a pôr cá fora jovens analfabetos, incultos e impreparados, como acontecia até aqui.– Os professores colaboraram com um sistema iníquo que permitia faltas sem limites, baixas prolongadas sem justificação e incumprimento dos programas escolares.– Os professores não são todos iguais. Quero referir-me àqueles que sem nenhuma vocação (com ou sem curso Superior) instalaram um culto madraceirão que ninguém punha em causa nem responsabilizava, mas que estava a matar o ensino.



Confesso que tenho vergonha destes pseudoprofessores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço. Maria de Lurdes Rodrigues é uma ministra determinada. Bem haja pela sua coragem. Por ter introduzido um sistema de avaliação dos professores, por ter chamado os pais a intervir, por ter fechado escolas sem alunos, por ter prolongado os horários e criado as aulas de substituição, por ter resolvido o problema da colocação dos professores, por ter introduzido o Inglês, por levar a informática aos lugares mais recônditos do País. Estas entre outras medidas já deram frutos. Diminuiu o abandono escolar, os métodos escolares estão a criar alunos mais preparados, os graus de exigência aumentaram. O PCP pode usar a tropa de choque que agora arranjou para enfraquecer o Governo e utilizar as suas artes de manipulação e demagogia até a exaustão. Mas creio que a reforma tem de se fazer, a bem do País. É absolutamente nítido que os professores não têm razão. E os estúpidos do PSD que se aliaram ao PCP perderam o tino de vez, porque Portugal não pode parar mais. Espero ver Luís Filipe Menezes à cabeça da manifestação contra os interesses do País.
Emídio Rangel


___________________________________________


Conclusão:
  • a senhora ministra é uma santa;

  • 30% dos professores (cerca de 40 mil que ficaram em casa porque não puderam ir) são bons como «os de antigamente»;

  • 70% dos professores são «uns tristes» de uns comunistas que se comportam qual hooligans;

  • os do PSD são «uns estúpidos»;

  • a escola nunca esteve melhor.
É FANTÁSTICO! FIQUEI MESMO A ADMIRAR EMÍDIO RANGEL. Porque não é comunista, não é dos estúpidos do PSD e conhece como ninguém a realidade da escola pública nacional e a porcaria dos manipuláveis professorzecos.

ADORO GENTE BEM INFORMADA, ATENTA E CONHECEDORA DOS FACTOS!


O MEU BANDO ESTAVA COMPLETAMENTE DOIDO! PARTIMOS MONTRAS, AGREDIMOS POLÍCIAS E INSULTAMOS TUDO E TODOS!








COMUNISTAS!!!! HOOLIGANS!!!!


Adenda 1:


Adenda 2:
De quem o conheceu:
Este Sr. Doutor Emídio Rangel será o mesmo que, em Angola, partilhava o ideário do MPLA e que, nos anos setenta, colou cartazes e desceu as avenidas lisboetas em manifestações de uma Intersindical ou de um PCP que agora repudia? Parece-me que o senhor Doutor anda a comer muito queijo e se esquece que infelizmente há alguns hoolligans que o conhecem de antanho... Bravo, Senhor Doutor, pela coerência!!
Os seus ex-alunos devem ter apreciado bastante as palavras do seu professor, pelo exemplo dos valores que veiculam...O mesmo já não direi dos seus ex-professores que, se ainda forem vivos e tiverem a infelicidade de o ter lido naquele "dia triunfal" de oito de Março, devem ter ficado envergonhados com tal verborreia fácil e tão pobremente sábia!
O que nos vale é que “Professores há muitos,…!!”
Até nunca, Senhor Doutor!!

mpm
12.03.08

quinta-feira, 6 de março de 2008

quarta-feira, 5 de março de 2008

terça-feira, 4 de março de 2008

Futurologia?

Aqui só reprovam, perdoem-me, só «ficam retidos» no segundo ano de escolaridade.
Mas tudo indica que, uma vez que o ensino é obrigatório até ao 9º, se pretende que a progressão seja automática até lá.
Ok. Sem mudar o número de alunos por turma, sem apoios especializados, sem nada. É como fechar urgências, sem arranjar alternativas.

Lá chegaremos.


Adenda: do blogue de Ramiro Marques transcrevo este post:

Informações da reunião com um responsável de uma DRE (7 de Janeiro de 2007)*

Os resultados das Provas de Aferição deste ano (quase meio milhão) são difíceis de comparar com os anos anteriores, dado que, anteriormente, essas provas eram aplicadas por amostra. Todas as escolas devem interpretar esses resultados, definindo estratégias de melhoria;*

Os Conselhos Executivos têm de ter particular cuidado na nomeação dos correctores de exames. Segundo a responsável da Direcção Regional da Educação, “Os alunos têm direito a ter sucesso. Talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média. O que honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos”;

*Este extracto de acta de uma reunião do Conselho Pedagógico foi-me enviado por alguém que não quis ser identificado porque, segundo afirmou, há medo e intimidação nas escolas.



É fácil:

José Matias Alves

José Matias Alves faz parte do recém-formado CCAP.
Haja ESPERANÇA.
Do Respeito, da Dignidade, do Reconhecimento

Eu nunca ficarei indiferente perante uma realidade como a que é relatada no comentário colocado na entrada sobre o nado-morto do estatuto do aluno:

Uma antiga formanda pediu-me para me deslocar à escola dela e trabalhar com ele numa aula determinado aspecto do programa. Lá fui hoje. Escola Básica 2/3 dos arredores do Grande Porto. Turma de 7º ano. Colegas, nunca vi semelhante mau comportamento na vida. Só 15 alunos, mas o que revelam do que é o atraso da nossa sociedade. Não são todos, 4 ou 5. Mais do que suficiente para desestabilizar. Endurecidos na asneira. Na impunidade. Apetece-me escrever um texto longo sobre o que vi. Inacreditável. Em cada sala há uma ficha com aspectos relativos à má educação e comportamentos impróprios que podem ocorrer. Só de ler a ficha - que tem toda a razão de ser dada a realidade - fica-se doente. Colegas, o meu ENORME RESPEITO pelos professores que lidam diariamente com estes jovens sem qualquer educação. RESPEITO. Não é possível ensinar nem aprender. Pobre colega que seja assistido e avaliado com tais alunos. Lamento profundamente que os pais, ou a Senhora Ministra, não possam colocar-se atrás de uma parede transparente que lhes permitisse observar o que eu vi. De preferência um pai que me contaram na escola ainda há pouco ameaçou pelo telefone, quando chamado à atenção por causa da falta de educação do filho, «Olhe que vão ser avaliados por mim!». Colegas, é mais que tempo da REVOLTA. Qual estatuto do aluno! É o estatuto do país. Estas crianças sem regras amanhã não pararão no STOP.

domingo, 2 de março de 2008

O Estatuto do Aluno

A maravilhosa arte deste desgoverno produziu isto.

sábado, 1 de março de 2008

:-)

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Novas Oportunidades no mesmo blogue.
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O papá marioneta aqui
Para que conste e porque muita gente não sabe, a CONFAP, recebeu do gabinete da Ministra da Educação, duas tranches de 38.717,50 euros cada uma, no segundo semestre de 2006, conforme publicação no Diário da República n º 109, de 6/6/2007 (pag. 15720). Recebeu ainda, mais 39.298,25 euros no primeiro semestre de 2007, conforme publicação no Diário da República nº 201, de 18/10/2007 (pág.30115).

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Hit the Road Mined!

Excelente sugestão do Aragem.


(Hit the road, Jack and don't you come back no more,no more, no more, no more)


(Hit the road, Jack and don't you come back no more)




quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Instrumentos de registo

J.F. Diz: Fevereiro 28, 2008 at 12:00 am

Contra a ideia de facilitismo e pelo RIGOR da AVALIAÇÃO (de quem? ora essa… dos professores, de quem haveria de ser?)!
Para obviar alguns problemitas da avaliação supramencionada, descobri uma solução objectiva/ justa e equitativa e como o ME não tem ou teve problemas financeiros será fácil de implementar:
1) Como quantificar o Empenho? Com um Empenhómetro! O que é um empenhómetro? É um instrumento que mede o empenho! Com forma circular, graduado na base em diversas unidades (consoante as diversas componentes do empenho) e constituído por vários ponteiros magnetizados que capturando as ondas electromagnéticas do cérebro humano indicam o valor de cada uma das diversas componentes:
a)ponteiro azul - expressão fácio-corporal,
b)ponteiro vermelho - solicitude,
c)ponteiro amarelo - prontidão mental,
d)ponteiro verde - expressão de vontade,
e)ponteiro roxo - intencionalidade,
f)ponteiro branco - motivação,
g)ponteiro castanho - direcção e profundidade do olhar.
Coloca-se o instrumento sobre a cabeça do docentes que o deve conservar pelo menos 90 minutos. Depois é só ler e registar os valores, fazer uma média ponderada (os pesos a atribuir a cada uma das componentes será objecto de discussão no âmbito da autonomia das escolas podendo ser acordada - sob proposta do pedagógico aprovada em assembleia - entre avaliador e avaliado). E, prontinho, já está calculado o nível de desempenho (seria conveniente, elaborar uns gráficos com a coisa, esteticamente apelativos, prolongando-se por um número razoável de folhas com um separador vistoso e uma capa onde figure o termo “portefólio”… desburocratizado e simplex
2) Como medir e registar a disponibilidade (diferente de profissionalismo)? Este é um processo bem mais aligeirado, “bi-ultra-simplex”. O disponibilómetro é um aparelho mais simples. Será um instrumento com relógio de ponto incorporado colocado junto ao portão da escola. A cada professor é atribuído um cartão magnético que introduzirá no aparelho no momento da saída da escola. O disponibilómetro, preparado para o efeito) calculará, memorizará e emitirá, de imediato, um talãozinho com o resultado do diferencial entre o dia de 24 horas e o nº de horas de prestação de trabalho. Quanto menor esse diferencial, maior o empenho (nota: se não sair do local de trabalho obterá excelente na disponibilidade e ajudará sempre caso o docente muito sorridentemente se voluntarie para atender telefonemas, ir aos correios, fazer fotocópias, carregar materiais, oferecer equipamentos diversificados à escola, organizar festas e festivais, montar bancas e feiras, brincar com as crianças nos intervalos, levá-los a casa …)…
Um contributo para “descomplicar”!

1500 em Castelo Branco

Nunca tinha ido a uma coisa destas.
Eu não sou comunista (não sou nada, aliás). Duas das pessoas que estavam comigo também não. Uma delas votou PS.
O Mário Nogueira teve alguma dificuldade em dizer alguns nomes...
Só um cheirinho...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Comentários aos Prós e até houve Contras apesar da FCF...

http://professoresramiromarques.blogspot.com/2008/02/comentrios-ao-prs-e-contras.html

Dezenas (centenas talvez, se contarmos os comentários) no do costume (o meu jornal da educação)

Foi tal o meu estado de felicidade pelo mal da Ministra (perdoem-me, mas embora cristã por formação e acreditando em alguns preceitos/valores veiculados pelo catolicismo- há algumas coisas em que ainda não consigo dar a outra face) que até me vieram as lágrimas aos olhos, a determinado momento, de pura felicidade por finalmente ver publicamente dizerem-se verdades. É claro que isto é reflexo do cansaço extremo em que estou. Mas hoje vou dormir melhor.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

sábado, 23 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Pois... tens razão...

Comentário de uma aluna, a fazer melhoria de nota comigo, a quem já só falta a Matemática:
- Ó stôra! É tão injusto o esforço que andamos aqui a fazer e uma prima minha já tem uma equivalência a 12º ano sem saber ler nem escrever.
- ........É verdade....... mas... pelo menos tens a consciência que sais daqui a saber.
- De que é que isso me serve? Vou é trabalhar e daqui a 3 anos faço o mesmo que ela...
- É tentador, tens razão. Mas daqui a 3 anos já isso pode ter terminado...
- Pois....... Mas é tão injusto, não é?
...................

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Gente séria

Nada tenho contra partidos. Só contra incompetência, arrogância, sobranceria e autismo de pessoas com responsabilidades.

Aqui está um exemplo de seriedade:

Os "recados" de Sócrates aos professores
O Primeiro Ministro reuniu-se ontem, sábado, com professores do Partido Socialista. O encontro foi preparado tendo sido dito que ele queria "ouvir" a voz de quem está no terreno, e tanto assim era, que estaria sozinho, isto é, sem a presença da equipa do ME.Desconfiei de tanta fartura. Primeiro, Sócrates tem-se desdobrado em manifestações de apoio à Ministra e às suas políticas. Segundo, a dispensar a presença desta, estar-se-ia perante um acto que inevitavelmente a diminuiria politicamente.Claro que nada disto aconteceu. Nem a Ministra faltou nem o objectivo era "ouvir". Pelo contrário, tratou-se de dar "recados". Suponho que se tratou de mais um capítulo da chamada do rebanho ao redil quando algumas ovelhas se começam a tresmalhar face ao desnorte dos pastores.À entrada para a reunião Sócrates foi vaiado por um grupo de professores, o que o deixou muito indignado. Esta vaia deve ser entendida como uma metáfora. De facto, pelo país inteiro ecoa uma enorme vaia à equipa do ME, a que o Primeiro Ministro também já não consegue escapar. Se alguém no Governo e no partido ainda acredita que seja possível fazer reformas na educação contra os professores e contra as escolas, que se desengane. Estão a semear ventos, mas vão colher tempestades.
Apoiei Sócrates para Secretário Geral, sou militante e autarca do PS e quero que o partido ganhe as eleições em 2009. Mas também sou professor e técnico de educação, com méritos reconhecidos pelo Governo, a convite de quem desempenhei altas funções no ME, que deixei a meu pedido em 2006. Nestas duas qualidades tenho obrigação de levantar a voz quando os professores são ofendidos e de chamar a atenção para o que, em minha opinião e na opinião de muitos mais, está a ser feito de errado em matéria de reformas educativas, o que prejudica gravemente o PS e diminui substancialmente a sua base de apoio eleitoral.
Se o Primeiro Ministro, o Ministro das Obras Públicas e muitos mais se enganaram em relação à localização do aeroporto e tiveram de dar o dito por não dito, não pensarão que também podem estar errados relativamente a muitas das medidas que contra tudo e todos querem impor às escolas e aos professores? Um pouco de humildade e bom senso não fazem mal a ninguém.
José Manuel Silva

sábado, 26 de janeiro de 2008

Interrompo a minha pausa, porque não esqueci isto... Espero que caiba agora ao sôr PM defender-se da calúnia.
Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008
Arquivado o inquérito da queixa de José Sócrates contra mim
Foi arquivado o Inquérito n.º 28/07.0TELSB relativo à queixa intentada pelo cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e primeiro ministro enquanto tal contra mim, António Balbino Caldeira, conforme despacho da senhora procuradora-geral adjunta dra. Maria Cândida Almeida (directora da DCIAP) e da senhora procuradora-adjunta dra. Carla Dias, datado de 18-1-2008 e que há pouco recebi.O motivo da "queixa do cidadão José Sócrates e primeiro-ministro enquanto tal", que finalmente posso revelar, foi a minha referência ao "centro governamental de comando e controlo dos media" no post "Rasganço domingueiro" em 7-4-2007 (e à "força de encobrimento e contra-informação do centro de comando e controlo do Gabinete do Primeiro-Ministro" no post "Páscoa da Cidadania", ainda de 7-4-2007) e a questão do MBA curso/grau.O Ministério Público arquivou e mandou notificar o cidadão José Sócrates e primeiro-ministro para deduzir, se o entendesse, no prazo indicado, acusação particular. José Sócrates não deduziu acusação particular contra mim e o Ministério Público determinou o arquivamento dos autos.Agradeço, neste momento, ao meu excelentíssimo advogado,
Dr. José Maria Martins, a sua defesa intransigente, fruto da sua competência, desassombro e tenacidade, que resultou em mais este veredicto, a solidariedade da comunidade íntima dos comentadores e leitores deste blogue, dos irmãos blogueiros que conquistam, pelo risco da palavra, em cada hora, a democracia e a liberdade de expressão colectiva e individual - em especial aqueles que sofreram acusações e perseguições pelo que escrevem -, bem como à minha família, alunos, colegas, conterrâneos e tantos portugueses, e estrangeiros, que se solidarizaram comigo nestes dias críticos para a cidadania lusitana. Deus os abençoe!
Publicado por António Balbino Caldeira em
1/22/2008 04:48:00 PM

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ali ao lado

Por manifesta falta de tempo, isto aqui está interrompido. Também porque ali ao lado diz-se tudo.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

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Feytor Pinto

E eu interpreto como sendo absolutamente necessário Paulo Feytor Pinto contactar com alunos «normais» como os que eu tenho, para perceber que não é a «escola que lhes dá mais do mesmo». São os alunos que não fazem mais do que já faziam. Mas fica sempre bem desculpabilizá-los a eles e acusar a entidade «escola». Podia ser mais claro e juntar-se ao trio maravilha, acusando os professores.