quarta-feira, 12 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Espelhos da realidade
O pesadelo burocrático e a desobediência à lei
por Aires Almeida
“O facto de os cidadãos estarem em geral dispostos a recorrer à desobediência civil justificada é um elemento de estabilidade numa sociedade bem ordenada, ou seja, quase justa”
John Rawls, Uma Teoria da Justiça
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349637&idCanal=2316
Tenho 48 anos e sou professor do ensino secundário há quase 26. Sou professor titular de Filosofia, não estou sindicalizado, não me recordo de ter faltado ao trabalho, mesmo em dias de greve, e não costumo participar em manifestações – nem sequer participei nas duas últimas grandes manifestações de professores, se bem que tenha pena de não o ter podido fazer. Nunca me passou pela cabeça ter outra actividade profissional, mesmo ganhando mais do que os 1850 euros que, após todos estes anos, recebo no final do mês.
Sei que para ensinar bem os meus alunos tenho de continuar a estudar, a ler e a aprender. Como costuma dizer um amigo meu, Desidério Murcho, para se ensinar bem até à letra C é preciso dominar as matérias até pelo menos à letra M: é preciso um grande à vontade e um bom domínio do que se ensina para se antecipar dificuldades dos alunos, para se responder a dúvidas inesperadas, para se encontrar o exemplo certeiro, para indicar as leituras adequadas, etc. Isto exige uma grande preparação e uma actualização permanente do professor, além de um ambiente de trabalho tranquilo e estimulante. Até porque são as deficiências científicas que originam, na maior parte da vezes, as situações pedagogicamente mais desagradáveis.
Infelizmente, os escassos estímulos que ainda poderiam existir nesse sentido parecem pertencer ao passado. As escolas transformaram-se, de há dois anos para cá, numa balbúrdia constante e num verdadeiro pesadelo burocrático em que ninguém parece entender-se. E, com muita tristeza minha, vejo os livros de filosofia que todas as semanas encomendo na Amazon ou outras livrarias acumular-se sem quase ter tempo para os folhear. Preparar aulas decentemente é algo que também deixei de fazer, caso contrário nem sequer vida familiar poderia ter. Não fosse o caso de os alunos estudarem por um manual que conheço de cor – porque sou um dos seus autores – e as aulas seriam um completo improviso. Comparar o que se tem passado nas escolas nos últimos dois anos com a barafunda gerada com o atraso da colocação de professores no tempo do ministro David Justino é como comparar um episódio infeliz com a própria infelicidade. E o ministro David Justino caiu por causa disso.
Creio poder dizer, sem qualquer exagero nem arrogância, que conheço melhor do que a senhora ministra o que se passa nas escolas, pois há 25 anos que passo a maior parte da minha vida nelas. Ora, nunca, mas mesmo nunca, houve tanta confusão e um ambiente tão pouco adequado ao ensino e à aprendizagem como o que se verifica actualmente.
Perguntar-se-á: o que ando então a fazer o tempo todo para deixar de preparar as minhas aulas como deve ser? A resposta poderia ser dada até pelo meu filho, apesar de ainda ser criança: além das aulas, passo os dias em reuniões intermináveis para entender o sentido do terrorismo legislativo com que se tolhem e intimidam os professores. Na verdade são muito mais as horas que tenho gasto a reunir por causa da avaliação do que com aulas. E o pior ainda nem sequer chegou. Como avaliador de oito colegas, terei de inventar mais 36 horas para assistir a aulas suas, além das reuniões preparatórias que tenho de fazer com cada um deles e dos quilos de papelada para preencher. De resto, na minha escola os professores irão passar o ano a assistir às aulas uns dos outros, pois somos 165 professores, o que dá cerca de 500 aulas assistidas por ano. Além disso, terei de preparar tudo para o meu avaliador – um colega de Economia que não tem culpa de nada e que fará certamente o seu melhor – poder assistir às minhas aulas de Filosofia.
Que o novo modelo de avaliação é inútil e ineficaz já o provou definitivamente, sem o querer, a senhora ministra. Diz ela repetidamente que esta avaliação é absolutamente necessária para a qualidade do ensino e para a melhoria dos resultados. Porém, anunciou com grande pompa ao país que os resultados melhoraram no último ano, o que acabou por ser reforçado com a divulgação dos resultados dos exames nacionais. Só que esta apregoada melhoria da qualidade e dos resultados verificou-se ainda antes de o modelo de avaliação produzir qualquer efeito. Logo, fica provado que a avaliação não é uma condição necessária para a melhoria da qualidade e dos resultados. O que leva então a ministra a dizer que a avaliação é absolutamente necessária?
Os responsáveis pelo actual ministério da educação parecem, talvez inconscientemente, querer pôr em prática o cenário tenebroso descrito por George Orwell em “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”, em que a catadupa de despachos, decretos regulamentares, documentos orientadores, ordens de serviço, instruções superiores, recomendações, etc., frequentemente incoerentes – vale a pena dizer que acumulo em casa mais de mil fotocópias sobre avaliação, que me foram entregues na escola –, são a tradução quase literal do “Big Brother is watching you” da 5 de Outubro. A obsessão do ministério por controlar tudo e todos até ao mais pequeno detalhe está bem patente no modelo de fichas de avaliação que impõe às escolas e aos professores (parece que a ideia é a de que, entre tanta coisa pedagogicamente inane, sempre há-de haver uns quantos aspectos em que o avaliado vai falhar, de modo a não atrapalhar as escassas cotas disponíveis para progressão na carreira). E o mais irónico é que, quando se encontram incoerências e impasses nas instruções oriundas do ministério, a ministra deixa o problema para as próprias escolas com o argumento de que lhes quer dar autonomia na construção dos seus instrumentos de avaliação. Não é, pois, surpreendente que os professores se sintam desorientados, cansados, chantageados e até insultados. Isso acaba naturalmente por se reflectir na sua prática lectiva e os alunos notam bem a diferença quando o professor dá as aulas cansado.
Mas o pior de tudo é que o modelo de avaliação fabricado na 5 de Outubro não vai permitir distinguir os bons dos maus professores, ao contrário do que a senhora ministra alega. Talvez seja até pior do que a completa ausência de avaliação, premiando arbitrariamente alguns dos maus e castigando cegamente muitos dos bons. Se assim não fosse, que razões teriam os bons professores que desfilaram na manifestação de sábado para lá estarem? Ou será que os mais de cem mil são todos maus ou simplesmente estúpidos? Os professores sentem-se compreensivelmente ameaçados porque o modelo, além de burocrático, como convém ao Big Brother, obedece a uma espécie de pensamento único pedagógico: há um dogma pedagógico subjacente a que todos têm de aderir, tal como se emanasse do Ministério da Verdade orwelliano. Esse dogma é o da pedagogia do eduquês: são os resultados a qualquer preço, é a inovação a martelo, são as “estratégias de ensino-aprendizagem” como se o professor fosse o aprendiz (também o é, mas noutro sentido). Enfim, é a avaliação do portfólio e dossiê do professor para ver se ele tem o seu caderno diário em ordem, infantilizando uma actividade em que, pelo contrário, se exige autonomia e auto-confiança.
De resto, não é preciso muita atenção para ser confrontado com essa novilíngua do eduquês que, de há muitos anos para cá, tem caracterizado o Ministério da Verdade. Só que agora passou a ter uma força imparável, pois vai ser a destreza no uso dessa novilíngua a determinar se o professor é dos bons ou dos maus. Esta é, sem dúvida, a avaliação do pior eduquês em todo o seu esplendor. É um enorme passo para a asfixia intelectual dos professores e para a sua menoridade profissional. E é a negação da desejável diversidade pedagógica, transformando os professores em meros instrumentos de uma cadeia de produção em série e impedindo os alunos de se enriquecer no contacto com diferentes estilos e metodologias.
Mas o que realmente importa no desempenho do professor é, respeitando os alunos e os seus direitos, ensinar-lhes e ajudá-los a aprender o que é suposto aprenderem, recorrendo às concepções pedagógicas que muito bem se entender. É relativamente fácil apurar se o professor soube realmente ensinar e se os alunos conseguiram realmente aprender, independentemente da metodologia usada e das concepções pedagógicas em jogo, desde que os seus alunos realizem no final do percurso exames bem concebidos. E se se ponderarem os resultados dos exames comparando-os com a média de cada disciplina nas respectivas escolas, estamos muito próximos de um sistema de avaliação muito mais justo, simples, eficaz e dignificante para todos. Claro que para isso era preciso haver mais exames, além de melhores programas e de mais formação de professores, coisas que não parecem interessar minimamente a senhora ministra.
Assim, tudo indica que quando a senhora ministra afirma totalitariamente que ou se aplica o seu modelo ou não há outro, só pode estar a fazer chantagem, o termo que utiliza para descrever o comportamento dos sindicatos junto dos professores, como se os professores fossem idiotas. A verdade é que neste momento já não são os sindicatos a comandar os professores, mas os professores a empurrar os sindicatos, de tal modo que os próprios sindicatos já não estão em condições de cumprir o acordo assinado há meses com o ministério. De nada serve, portanto, ao primeiro-ministro apontar o dedo ao incumprimento dos sindicatos. Se estes tivessem representado devidamente os professores, nunca teriam de voltar agora atrás com a palavra. Por isso, não vale a pena recorrer a fantasias e negar uma realidade muito crua: a insistência do governo no actual modelo está a degradar como nunca o sistema educativo nacional e a pôr em causa o normal funcionamento das escolas. E esta ministra ficará seguramente na história como a maior desgraça que se abateu nos últimos tempos sobre a educação em Portugal. Isso só ainda não é mais notório porque os efeitos das políticas educativas só se tornam evidentes passados vários anos. Por isso é arrepiante ver a senhora ministra insistir – contra tudo e contra todos os que, em Portugal, já alguma vez revelaram interesse pelas questões da educação – numa teimosia própria de mentes obstinadas e dogmáticas. E é também por isso um imperativo de justiça desobedecer a esta lei arbitrária e injusta, sobre uma questão de tão grande importância. Chama-se a isto desobediência civil e foi isso que fizeram em diferentes circunstâncias Gandi, Luther King, Bertrand Russell e muitas das referências cívicas e culturais do nosso mundo. É ilegítimo não cumprir a lei, diz a senhora ministra sem se aperceber que está a ser redundante. Pois é, é ilegítimo não obedecer à senhora ministra, pois foi ela que fez a lei. Mas terá mesmo de ser.
*Professor titular de Filosofia da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, de Portimão »
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terça-feira, novembro 11, 2008
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Avaliação dos professores na Europa
Informação de Levels of Autonomy and Responsibilities of Teachers in Europe, página 62 e 65 da Eurydice


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terça-feira, novembro 11, 2008
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Temas: PISA
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Claro, clarinho
Com a clarividência do costume: aqui, Paulo Guinote continua, com a lucidez que o caracteriza, a ler a realidade.
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segunda-feira, novembro 10, 2008
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15 de Novembro
Até as mentiras descaradas que enganam quem não sabe o pedem.
A 15 de Novembro há mais.
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segunda-feira, novembro 10, 2008
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domingo, 9 de novembro de 2008
Quando se informam
os homens tornam-se cidadãos.
José Manuel Fernandes, director editorial do Público, era um defensor da ministra. Agora, vê mais longe.
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domingo, novembro 09, 2008
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Euronews
Já lá perceberam. Só cá ainda há ignorantões.
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domingo, novembro 09, 2008
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Manipulação e Rábula da família avaliada
O senhor que aparece inicialmente não está a desfilar. Apenas assiste de lado.
O primeiro colega, ao referir-se que o que está contra é a .............. avaliação, pecou por defeito. Porque assim deu azo a parecer não querer ser avaliado.
As palavras da segunda colega são claramente manipuladas pelo editor que a põe a dar razão à ministra (com minúscula).
Os outros, decididamente escolhidos a dedo, dizem que melhor pensada e tratada «esta» avaliação poderia ser aplicada.
Primeiro irritei-me com a reportagem. Fechei o computador e rangi os dentes para a tv.
Depois pus-me a pensar como se explica a alguém porque é que esta avaliação é profundamente desestabilizadora e inaplicável.
Um dos «conselhos» dos discursos que ouvi, foi que explicássemos aos pais o que está mal. Mas como fazê-lo? Eu recuso-me, por princípio a falar de problemas profissionais quer com alunos quer com pais. Falo abundantemente, sim, com família e amigos.
Um dos meus irmãos, da área de informática, disse-me há pouco tempo que o «Magalhães» era MUITO BOM e MAIS IMPORTANTE que era um projecto português.
Rapidamente lhe fiz chegar este mail:
É um projecto português?
Na Indonésia o «Magalhães» é conhecido pelo nome de «Anoa», na Índia é o Mileap-X series, na Itália é o Jumpc e o no Brasil é conhecido por Mobo Kids. O Governo do Vietname percebeu o sucesso da oferta e já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates.
Tá bem tá. Vê aqui: http://diario.iol.pt/tecnologia/intel-magalhaes-tecnologia-socrates/977084-4069.html
Ou aqui: http://www.youtube.com/user/olidatajumpc
- pode ser quem dá melhores presentes de Natal. Pergunta alguém: melhores como? Como se avalia o que é um presente melhor? É o mais caro? Não, isso não - diz outro. É o que quem o recebe gosta mais. E como se «mede» o «que se gosta mais»? Como se poderá ser objectivo? Entre o carro último modelo que o pai deu ou o livro fantástico que a mãe deu que me inspirou a... e que me apetece agora reler, como se mede? Decidam.
- pode ser quem telefona mais vezes a dar notícias, quem faz mais festinhas, enfim - escolham, decidam-se);
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domingo, novembro 09, 2008
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Ai, os meus pés!
A 15 há mais, para quem está mais próximo...
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domingo, novembro 09, 2008
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sábado, 8 de novembro de 2008
Que alívio!
Tardou a falar, mas falou bem.
Até já respiro melhor...
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sábado, novembro 08, 2008
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Insinuações inevitáveis
Eram inevitáveis as insinuações, que neste artigo de um jornal regional se podem ler, de que os alunos foram instigados por professores. Ainda são atribuídas culpas aos pais...
E que dizer da objectividade da notícia? Se calhar não é notícia. Talvez mais um artigo de opinião... É, deve ser.
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quinta-feira, novembro 06, 2008
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Agitação
Ligo para a mais velha que faz parte da Associação de Estudantes.
Adenda: já puseram no YouTube
«Bateram» é forte. Usaram da força para os afastarem... Legítimo? Não sei, mas parece-me uma atitude perfeitamente escusada.
A minha mais velha ainda levou um murrito numa orelha. Nada de grave e servirá sempre como uma recordação de um dia «quente»:)
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quarta-feira, novembro 05, 2008
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Tá tudo a funcionar - diz a Sr. Ministra
Os Professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, reunidos em 27 de Outubro de 2008, mostraram o seu veemente desagrado face ao actual modelo de Avaliação de Desempenho, introduzido pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, pelos motivos a seguir enunciados:
1. A aplicação do modelo previsto no Decreto Regulamentar nº 2/2008 tem-se revelado inexequível, por ser inviável praticá-lo segundo critérios de rigor, imparcialidade e justiça, exigidos pelos Professores desta Escola.
2. O modelo de Avaliação do Pessoal Docente ora em vigor pauta-se pela subjectividade dos seus parâmetros e, portanto, será passível, a todo o tempo, de ser questionado, inclusive através do recurso aos tribunais.
3. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 não tem em conta a complexidade da profissão docente que não é redutível a um modelo burocrático, cabendo em grelhas e fichas preformatadas numa perspectiva desmesuradamente, quantitativa e redutora da verdadeira avaliação de desempenho dos docentes
4. O modelo previsto no Decreto Regulamentar nº 2/2008, pela sua absurda complexidade, não é aceite pelos professores, não se traduzindo em qualquer mais-valia pessoal e/ou profissional.
5. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 tem por objectivo melhorar a qualidade da escola pública. Este pressuposto não pode ser alcançado devido ao clima de insustentável instabilidade e mal estar resultante da implementação do concurso para Professor titular, concurso baseado em parâmetros arbitrários e por isso injusto.
6. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 impõe quotas para as menções de “Excelente” e “Muito Bom”, e, com isso, desvirtua, logo à partida, qualquer perspectiva dos docentes de ver reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades, competências e investimento na carreira.
7. Não é aceitável que se estabeleça qualquer paralelo entre a avaliação interna e a avaliação externa, quando sabemos que este critério apenas é aplicável às disciplinas que têm exame a nível nacional, havendo, por isso, uma violação evidente do princípio da igualdade consagrado no Artigo 13º da Constituição da Republica Portuguesa.
8. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 implica um enorme acréscimo de trabalho burocrático para os docentes, sem benefício correspondente para ninguém, correndo-se o risco de ficar relegado para um plano secundário o processo de ensino aprendizagem, prevendo-se graves consequências nas novas gerações e, naturalmente, no futuro do país.
9. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 condiciona a avaliação do professor ao progresso dos resultados escolares dos seus alunos. Os professores desta Escola consideram que mecanismos como a consideração directa do sucesso educativo dos alunos na avaliação dos docentes são incorrectos e injustos e estão em desacordo com as recomendações da Comissão Científica da Avaliação de Desempenho.
Pelo exposto, os professores desta Escola decidiram, por unanimidade, suspender a participação neste processo de Avaliação de Desempenho até que se proceda a uma revisão concertada do mesmo, que o torne exequível, justo, transparente, ou seja, capaz de contribuir realmente para o fim que supostamente persegue, uma Escola Pública de qualidade.
Coimbra, 27 de Outubro de 2008
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quarta-feira, novembro 05, 2008
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008
8, pois então...
Lá vou eu de novo no meu carrinho passar o dia a Lisboa.
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segunda-feira, novembro 03, 2008
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
É tudo tão engraçado...
Conselho científico da avaliação está parado
PEDRO SOUSA TAVARES
Órgão supervisor não se reúne desde o Verão
O Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP), órgão consultivo criado pelo Ministério da Educação para supervisionar e emitir recomendações sobre o processo de análise e classificação de desempenho "não está a funcionar". A confirmação foi dada ao DN, esta sexta--feira, por Arsélio Martins, presidente da Associação dos Professores de Matemática (APM) e um dos membros desta estrutura.
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segunda-feira, outubro 27, 2008
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
OI
Lá os preenchemos...
...E assinamos um pedido de suspensão da avaliação... (como há tão pouco tempo, resolvemos subscrever o de Portimão).
Não estou inteiramente satisfeita, mas já não é mau.
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quarta-feira, outubro 22, 2008
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Medo e Objectivos Individuais
A minha proposta será de não os entregarmos... Se houver um só que me acompanhe, não os entregarei, substituindo a sua entrega pela identificação escrita da fantochada que eles e esta avaliação representam.
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quarta-feira, outubro 22, 2008
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sábado, 18 de outubro de 2008
PEDIDO
Colegas dos sindicatos,
Acabei com os meus descontos sindicais. Como eu, muitos o estão a fazer, como podem comprovar.
Espero brevemente poder voltar a fazer os descontos que agora anulei.
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sábado, outubro 18, 2008
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Violação da hierarquia das leis
antónio pina disse...
É muito estranha a Lei do Orçamento! Ela manda-me alterar o Decreto-Regulamentar nº2/2008 de 10-01. Muito bem, eu alterei o Decreto-Regulamentar e subitamente deparo com o seguinte: o Decreto-Regulamentar manda-me alterar o Decreto-Lei nº6/96 de 31-01 (C.P.A.)!!! Um Decreto-Regulamentar manda-me violar um Decreto-Lei?!! Não compreendo. Peço ajuda. E a Lei do Orçamento não é válida somente por cerca de um ano? Diabo... Não percebo nada.
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sexta-feira, outubro 17, 2008
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Como é possível?
O aumento da idade de reforma e a alteração do estatuto de carreira do docente acarretaram, sobretudo para os professores em fim de carreira, uma mudança. Alguns iam à escola quatro horas por semana.
Devia poder-se pôr esta senhora no tribunal por mentira, calúnia e difamação. Será possível que se possa mentir assim tão impunemente?
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sexta-feira, outubro 17, 2008
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
15 de Novembro
Transcrevo umas palavras de Luis Costa nos comentários do blogue do Ramiro Marques:
Na minha opinião, é melhor que os sindicatos não vão! Porquê? Para ficar bem evidente que a revolta é intrínseca, sentida, que vem do âmago e não é "manipulada" por ninguém! É bom que a sociedade perceba que os professores não precisam dos partidos para se manifestarem, para irem a Lisboa reivindicar o que é seu. Iremos com muito mais dignidade. Se a quantidade fosse determinante, a esta hora já não teríamos nem ministra nem as injustiças da sua desgovernação. Será a marcha da indignação e da dignidade!
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terça-feira, outubro 14, 2008
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domingo, 12 de outubro de 2008
15 de Novembro?
![]() | Estamos REALMENTE fartos! |
Boas,
Todos sabemos que a reportagem e os números do JN podem estar errados. Mas por defeito!
O João Gobern (Pano para Mangas de 8 de Outubro) e o Manuel António Pina, na Antena 1 e no JN, respectivamente, abordam a situação de forma absolutamente fantástica:
Manuel António Pina escreve sobre "A Grande Evasão" e João Gobern fala sobre o "descansem em paz."
Já o Senhor Secretário de Estado Valter Lemos vem a terreno com declarações que me ofendem. Ou antes, que nos ofendem.
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domingo, outubro 12, 2008
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domingo, 27 de julho de 2008
Titulares
O caminho dos titulares:
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domingo, julho 27, 2008
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domingo, 22 de junho de 2008
quinta-feira, 19 de junho de 2008
APP
Nos jornais li:
Em comunicado, a APP considerou que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.
Concordo em absoluto com a primeira parte do primeiro parágrafo. Mas dizer que o excerto é mal escolhido, quando é um dos fundamentais para a análise da mitificação do herói - item de conteúdo do programa?
E será possível que digam que o termo «frase subordinada relativa» é da nova TLEBS? Será possível???? Custa-me a crer...
Para quem o ano passado mostrou indignação por não se testar o «funcionamento da língua» estranho agora, quando FINALMENTE este lá aparece, que se arme e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno.
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quinta-feira, junho 19, 2008
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quarta-feira, 18 de junho de 2008
Exame 2008
Isto dos níveis de desempenho na correcção toda é fantástico!
Um aluno pode não dizer nada de nada, mas basta-lhe escrever umas palavrinhas e tem logo 6 pontos. Se estruturar o discurso e não der erros, terá ainda mais 12. 18 pontos só por escrever umas coisitas mesmo que não saiba do que está a falar...
Que belos tempos estes...
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quarta-feira, junho 18, 2008
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Temas: EXAMES
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Estados de espírito
Já aqui não vinha há bué.
E só venho para pôr este link... porque diz o que sinto de um certo senhor.
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quinta-feira, junho 05, 2008
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terça-feira, 29 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Perfeito
Só tenho pena que nem todos os políticos estudem a lição como a Ana Drago...
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quarta-feira, abril 16, 2008
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Comentário
Para efeitos de classificação, podem os agrupamentos de escolas e as escolas não agrupadas, por decisão do presidente do conselho executivo, sob proposta dos conselho pedagógico, agregar, combinar ou substituir os itens ou indicadores de avaliação, sem prejuízo da realização da avaliação da função ou actividade a que se referem e do respeito pelas ponderações dos parâmetros classificativos.
Só a aplicação disto já poderá simplificar, e muito, esta avaliação… Claro que não chega, claro que não faz qualquer sentido aulas assistidas para todos, todos os anos… Claro que a divisão da carreira é absurda…
Mas há que reconhecer que isto são indícios de fraqueza do Ministério que já percebeu da estupidez do modelo e que, afinal, nós não somos tão burros como nos julgaram.
Baixar os braços agora será o maior disparate. E já ouvi dizerem «eu não vou a mais lado nenhum - com estes sindicatos não quero mais nada»… Tá bem, tá. Será muito bonito, sim.
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quarta-feira, abril 16, 2008
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sábado, 12 de abril de 2008
Entendimento
É claro que foi um bom «entendimento»...
É claro que vai ser muito mais fácil e objectivo fazer a avaliação dos colegas que dela agora precisam...
É claro que é melhor ser IGUAL em todas as escolas.
Ás vezes irrito-me um bocadinho com posições extremistas.
Foi uma cedência do ME? É óbvio que sim. Porque TINHA de ser.
Está tudo bem? Claro que não. Ainda há muito que fazer e corrigir.
Compete a esta comissão paritária, tendo em sua posse a documentação referida e outra que considere adequada, preparar a negociação das alterações a introduzir ao modelo de avaliação.
Estabelecer-se-ão as regras que permitam a participação ou audição de peritos indicados pelas associações representativas do pessoal docente em reuniões do Conselho Científico da Avaliação de Professores, a sua solicitação ou a convite da sua presidente.
É bom AINDA haver eleições.
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emn
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sábado, abril 12, 2008
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quarta-feira, 9 de abril de 2008
Afinal...
ela sabe o que faz. Terá perdão?
http://olhardomiguel.blogspot.com/2008/04/metamorfose.html
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emn
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quarta-feira, abril 09, 2008
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Comentário sobre a passagem administrativa no Brasil
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quarta-feira, abril 09, 2008
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sexta-feira, 4 de abril de 2008
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Uma vida
Encontrei na Teresa esta última «aula» de Randy Paush que sabia ter apenas mais dois meses de vida:
«Don´t forget: have fun!»
Escolheu ser professor porque alguém lhe disse que seria um excelente vendedor em qualquer grande empresa. Assim sendo, que melhor haveria para vender do que educação?
Vale bem a hora e vinte que demora.
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emn
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quarta-feira, abril 02, 2008
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sexta-feira, 21 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
Inacreditável
Como é possível que um aluno tenha este comportamento?!?
E como é que este vídeo está no YouTube?
Adenda 1:
Entre colocar e não colocar o vídeo? Se eu fosse a professora não gostava de me ver nesta situação. Mas gostava que todos vissem ao que estou sujeita, que testemunhassem aquilo em que dificilmente se acredita.
Adenda 2:
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emn
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quinta-feira, março 20, 2008
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terça-feira, 18 de março de 2008
Bloco
Há muito que não voto. Ninguém me convence o suficiente para me ir manifestar nas urnas.
Tendencialmente sempre me inclinei para a direita. Creio mais no indivíduo do que no colectivo. Supostamente dever-me-ia sentir inclinada a votar PS. Cruzes, Credo!
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emn
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terça-feira, março 18, 2008
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segunda-feira, 17 de março de 2008
sábado, 15 de março de 2008
Companiero...
Generoso, impositivo e sem qualquer queda para as línguas.
Não se pode ser bom em tudo...
Mas era bom que se enganasse menos no posto em que está.
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emn
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sábado, março 15, 2008
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quinta-feira, 13 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
Ramiro Marques
Para além de todos os argumentos que têm sido aduzidos na discussão relativa a este processo de avaliação de professores, há uma questão que ainda não vi abordada: a questão da legalidade e da (in)constitucionalidade na relativamente à avaliação de alunos ser um indicador na avaliação do professor.
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emn
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quarta-feira, março 12, 2008
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domingo, 9 de março de 2008
Será cego, surdo e PARVO?
2008-03-08 - 09:00
Coisas do circo
Hooligans em Lisboa
Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações.
- a senhora ministra é uma santa;
- 30% dos professores (cerca de 40 mil que ficaram em casa porque não puderam ir) são bons como «os de antigamente»;
- 70% dos professores são «uns tristes» de uns comunistas que se comportam qual hooligans;
- os do PSD são «uns estúpidos»;
- a escola nunca esteve melhor.
O MEU BANDO ESTAVA COMPLETAMENTE DOIDO! PARTIMOS MONTRAS, AGREDIMOS POLÍCIAS E INSULTAMOS TUDO E TODOS!
Os seus ex-alunos devem ter apreciado bastante as palavras do seu professor, pelo exemplo dos valores que veiculam...O mesmo já não direi dos seus ex-professores que, se ainda forem vivos e tiverem a infelicidade de o ter lido naquele "dia triunfal" de oito de Março, devem ter ficado envergonhados com tal verborreia fácil e tão pobremente sábia!
O que nos vale é que “Professores há muitos,…!!”
Até nunca, Senhor Doutor!!
mpm
12.03.08
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emn
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domingo, março 09, 2008
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quinta-feira, 6 de março de 2008
Dia 8
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emn
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quinta-feira, março 06, 2008
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quarta-feira, 5 de março de 2008
terça-feira, 4 de março de 2008
Futurologia?
Mas tudo indica que, uma vez que o ensino é obrigatório até ao 9º, se pretende que a progressão seja automática até lá.
Ok. Sem mudar o número de alunos por turma, sem apoios especializados, sem nada. É como fechar urgências, sem arranjar alternativas.
Lá chegaremos.
Adenda: do blogue de Ramiro Marques transcrevo este post:
Informações da reunião com um responsável de uma DRE (7 de Janeiro de 2007)*
Os resultados das Provas de Aferição deste ano (quase meio milhão) são difíceis de comparar com os anos anteriores, dado que, anteriormente, essas provas eram aplicadas por amostra. Todas as escolas devem interpretar esses resultados, definindo estratégias de melhoria;*
Os Conselhos Executivos têm de ter particular cuidado na nomeação dos correctores de exames. Segundo a responsável da Direcção Regional da Educação, “Os alunos têm direito a ter sucesso. Talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média. O que honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos”;
*Este extracto de acta de uma reunião do Conselho Pedagógico foi-me enviado por alguém que não quis ser identificado porque, segundo afirmou, há medo e intimidação nas escolas.
É fácil:
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emn
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terça-feira, março 04, 2008
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José Matias Alves
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terça-feira, março 04, 2008
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domingo, 2 de março de 2008
O Estatuto do Aluno
A maravilhosa arte deste desgoverno produziu isto.
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domingo, março 02, 2008
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sábado, 1 de março de 2008
:-)
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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Hit the Road Mined!
Excelente sugestão do Aragem.
(Hit the road, Jack and don't you come back no more,no more, no more, no more)
(Hit the road, Jack and don't you come back no more)
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sexta-feira, fevereiro 29, 2008
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Instrumentos de registo
Contra a ideia de facilitismo e pelo RIGOR da AVALIAÇÃO (de quem? ora essa… dos professores, de quem haveria de ser?)!
Para obviar alguns problemitas da avaliação supramencionada, descobri uma solução objectiva/ justa e equitativa e como o ME não tem ou teve problemas financeiros será fácil de implementar:
1) Como quantificar o Empenho? Com um Empenhómetro! O que é um empenhómetro? É um instrumento que mede o empenho! Com forma circular, graduado na base em diversas unidades (consoante as diversas componentes do empenho) e constituído por vários ponteiros magnetizados que capturando as ondas electromagnéticas do cérebro humano indicam o valor de cada uma das diversas componentes:
a)ponteiro azul - expressão fácio-corporal,
b)ponteiro vermelho - solicitude,
c)ponteiro amarelo - prontidão mental,
d)ponteiro verde - expressão de vontade,
e)ponteiro roxo - intencionalidade,
f)ponteiro branco - motivação,
g)ponteiro castanho - direcção e profundidade do olhar.
Coloca-se o instrumento sobre a cabeça do docentes que o deve conservar pelo menos 90 minutos. Depois é só ler e registar os valores, fazer uma média ponderada (os pesos a atribuir a cada uma das componentes será objecto de discussão no âmbito da autonomia das escolas podendo ser acordada - sob proposta do pedagógico aprovada em assembleia - entre avaliador e avaliado). E, prontinho, já está calculado o nível de desempenho (seria conveniente, elaborar uns gráficos com a coisa, esteticamente apelativos, prolongando-se por um número razoável de folhas com um separador vistoso e uma capa onde figure o termo “portefólio”… desburocratizado e simplex
2) Como medir e registar a disponibilidade (diferente de profissionalismo)? Este é um processo bem mais aligeirado, “bi-ultra-simplex”. O disponibilómetro é um aparelho mais simples. Será um instrumento com relógio de ponto incorporado colocado junto ao portão da escola. A cada professor é atribuído um cartão magnético que introduzirá no aparelho no momento da saída da escola. O disponibilómetro, preparado para o efeito) calculará, memorizará e emitirá, de imediato, um talãozinho com o resultado do diferencial entre o dia de 24 horas e o nº de horas de prestação de trabalho. Quanto menor esse diferencial, maior o empenho (nota: se não sair do local de trabalho obterá excelente na disponibilidade e ajudará sempre caso o docente muito sorridentemente se voluntarie para atender telefonemas, ir aos correios, fazer fotocópias, carregar materiais, oferecer equipamentos diversificados à escola, organizar festas e festivais, montar bancas e feiras, brincar com as crianças nos intervalos, levá-los a casa …)…
Um contributo para “descomplicar”!
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emn
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quinta-feira, fevereiro 28, 2008
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1500 em Castelo Branco
Nunca tinha ido a uma coisa destas.
Eu não sou comunista (não sou nada, aliás). Duas das pessoas que estavam comigo também não. Uma delas votou PS.
O Mário Nogueira teve alguma dificuldade em dizer alguns nomes...
Só um cheirinho...
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quinta-feira, fevereiro 28, 2008
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Comentários aos Prós e até houve Contras apesar da FCF...
http://professoresramiromarques.blogspot.com/2008/02/comentrios-ao-prs-e-contras.html
Dezenas (centenas talvez, se contarmos os comentários) no do costume (o meu jornal da educação)
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terça-feira, fevereiro 26, 2008
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domingo, 24 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Pois... tens razão...
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Gente séria
Aqui está um exemplo de seriedade:
O Primeiro Ministro reuniu-se ontem, sábado, com professores do Partido Socialista. O encontro foi preparado tendo sido dito que ele queria "ouvir" a voz de quem está no terreno, e tanto assim era, que estaria sozinho, isto é, sem a presença da equipa do ME.Desconfiei de tanta fartura. Primeiro, Sócrates tem-se desdobrado em manifestações de apoio à Ministra e às suas políticas. Segundo, a dispensar a presença desta, estar-se-ia perante um acto que inevitavelmente a diminuiria politicamente.Claro que nada disto aconteceu. Nem a Ministra faltou nem o objectivo era "ouvir". Pelo contrário, tratou-se de dar "recados". Suponho que se tratou de mais um capítulo da chamada do rebanho ao redil quando algumas ovelhas se começam a tresmalhar face ao desnorte dos pastores.À entrada para a reunião Sócrates foi vaiado por um grupo de professores, o que o deixou muito indignado. Esta vaia deve ser entendida como uma metáfora. De facto, pelo país inteiro ecoa uma enorme vaia à equipa do ME, a que o Primeiro Ministro também já não consegue escapar. Se alguém no Governo e no partido ainda acredita que seja possível fazer reformas na educação contra os professores e contra as escolas, que se desengane. Estão a semear ventos, mas vão colher tempestades.
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emn
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segunda-feira, fevereiro 18, 2008
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