sexta-feira, 21 de abril de 2006
domingo, 2 de abril de 2006
Bom senso
No final do ano passado (em Agosto) vi afixado no placard de informações da minha escola um ofício-circular que determinava que se as minhas filhas (maiores de 10 anos) adoecessem, iriam sozinhas ao médico e ficariam sozinhas em casa, pois essas faltas, que eu daria para as acompanhar, descontavam para tudo e mais alguma coisa.
Na altura ficámos atónitos e conversas inflamadas sobre a 'loucura' do governo circularam pela sala de professores. Mas o mais caricato foi que na presença de todas as 'inovações' que se apresentaram nessa altura, todos nos calámos. Todos aceitámos e eu, que costumo sempre criticar por escrito, nada fiz, pois contra a loucura e surdez considerei que nada podia fazer. Mas esta 'determinação' mantinha-se pairando como sombra sinistra sobre a minha cabeça...
Agora estou aliviada. Alguém, pelos vistos, deve ter alertado para a incongruência de tal lei, que se vê agora anulada.
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emn
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domingo, abril 02, 2006
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sábado, 1 de abril de 2006
Horas e Horas
Aqui está um quadro com 3 casos específicos analisados no final do ano lectivo passado que servem de exemplificação para se determinar as horas que um prof cumpre na sua componente não lectiva nas 36 semanas em que decorre o ano lectivo e das quais, quem não conhece, não reconhece e não contempla. Os docentes aqui representados são casos reais...
De fora ficam as horas gastas em:
. reuniões de avaliação;
. lançamento de termos;
. matrículas;
. formação de turmas;
. serviço de exames;
. correcção de exames;
. elaboração de horários;
. planificação do ano lectivo;
. plano anual de actividades;
. Projecto Educativo.
Convido-vos a marcarem as horas que, este ano, estão a «gastar» semanalmente nesta profissão... (se arranjarem tempo).
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emn
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sábado, abril 01, 2006
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Temas: TEMPO
quinta-feira, 30 de março de 2006
Exercícios
Alunos queixam-se de não conhecer modelo dos exames do secundário
Os alunos que estão a terminar o 12.º ano queixam-se que o Ministério da Educação não disponibilizou provas-modelo como referência do que poderão ser os exames nacionais que os esperam, em Junho. A tutela responde que, desde Maio passado, estão disponíveis, na Internet, exemplos de "itens" da matéria, a partir da qual os jovens podem estudar. O Gabinete de Avaliação Educacional (Gave), responsável pelos exames, declara que não tenciona publicar mais nada.
Para terminar o ensino secundário é necessário realizar exames nacionais, que também contam para o acesso ao ensino superior. Este ano, os alunos do 12.º ano têm disciplinas com novos programas, diferentes dos do ano anterior.
Na página da Internet do Gave, www.gave.pt, não há provas-modelo para estas novas cadeiras, como as que existem para o antigo secundário. Em vez de provas, há listas com exemplos de exercícios.
Catarina e os colegas da secundária Rainha D. Leonor, em Lisboa, consideram que estão a ser "alvo de uma injustiça" e que podem ser prejudicados em relação aos estudantes que vão fazer exames segundo as disciplinas do antigo ensino secundário. Esses alunos têm provas-modelo, por isso, podem treinar, ter uma ideia do que pode ser perguntado nos exames, argumenta Catarina. "Estamos a ser cobaias porque estamos a estudar por programas novos que nunca foram experimentados e vamos fazer exames que não sabemos como serão", queixa-se a estudante do 12.º ano.
Resolver exercícios propostos
A decisão do Gave foi a de dar uma "informação diferente", ou seja, em vez das provas-modelo, é fornecida informação com "itens que são exemplificativos do que pode ser o exame", explica a presidente do gabinete, Glória Ramalho. "Os alunos podem tentar resolver aqueles exercícios e os professores, à custa dos exemplos que lá estão, podem fazer exercícios variados", sugere. (he he he...)
Alguns professores do ensino secundário, ouvidos pelo PÚBLICO, queixam-se de não ser possível saber quais serão as questões de escolha múltipla e as de resposta aberta. Além disso, também não se sabe quanto valerá cada pergunta.
A partir das provas-modelo, publicadas nos anos anteriores, os docentes tinham uma noção do que poderia ser perguntado e quanto valia, argumentam. Glória Ramalho responde que, no exame, a relevância de cada matéria será "proporcional à importância que o programa lhe dá". (Preciso de explicações...)
"As pessoas dão demasiado ênfase à prova-modelo e procuram uma tranquilidade que não é proporcional àquela que esta lhes pode dar, já que não se sabe que perguntas vão ser feitas este ano", analisa Glória Ramalho.
Caso do Português
No que diz respeito à disciplina de Português, os professores estão preocupados porque o novo programa prevê uso de nova terminologia - por exemplo, as palavras formadas por justaposição ou aglutinação passam a chamar-se "compostos morfosintáticos". (Se fosse só isto...)
Glória Ramalho garante que o Gave terá "todo o cuidado em acautelar distúrbios por causa desta inovação". Esta tem sido a resposta dada pelo Gave aos e-mails e faxes que chegam de escolas e de professores de Português com a mesma dúvida, revela a presidente do Gave.
Na página de Internet do Gabinete de Avaliação Educacional estão disponíveis todas as provas que já se fizeram, desde 1997. No que diz respeito aos novos programas, foram publicadas, em Janeiro e Maio de 2005, informações com tipos de exercícios para cada disciplina.
Esse peso não está definido nos programas.
O que o Gabinete de Avaliação do Ministério está a dizer aos professores é que ninguém tem de fazer matrizes e que nem professores nem alunos têm de saber sequer qual a estrutura das provas, dos exames, dos testes.
Tudo às escuras. Vamos em frente. Se cairmos, levantamo-nos logo a seguir. É bom para o crescimento. Este Ministério está a ajudar-nos a todos a crescer.
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emn
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quinta-feira, março 30, 2006
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quinta-feira, 16 de março de 2006
segunda-feira, 13 de março de 2006
Finlândia
http://www.jornaltorrejano.pt/jt/opiniao.htm#opiniao7
No passado foram construídas escolas em Portugal com armários para skis?
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segunda-feira, março 13, 2006
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Temas: OPINIÕES
quinta-feira, 9 de março de 2006
Diálogos II
"Como será possível que a responsabilidade passe apenas pela escola e não sejam pedidas ou exigidas contrapartidas aos alunos?" Pois será possível pela fraude, pelo medo incutido aos professores de chumbarem alunos mesmo que dos planos de recuperação não cumpram sequer fazer os TPCs... (Chegou hoje à minha escola, embora ainda não o tenha lido, um ofício (ou qualquer coisa parecida) a elucidar que alunos com plano de recuperação só em caso excepcional (julgo que o ofício diz "em último caso")poderão reprovar. (Pelos vistos, os do nono também deverão ir todos a exame mesmo que não trabalhem um milímetro, para depois poderem apontar as culpas dos resultados aos professores)
f... disse...
Lindo!!!Se os que não têm plano de recuperação não podem reprovar porque não foi feito plano de recuperação e por isso, mesmo que desapareçam no 3º período, não lhes podem ser atribuídas notas negativas, ou baixar as que têm ... se os que têm plano de recuperação mesmo que não se esforcem, mesmo que não façam nada, tiverem que ser aprovados, este ano ninguém reprova, a não ser que isso aconteça nos exames!!!Porque não vamos todos para casa?! Pelos vistos não estamos lá a fazer nada ... nem nós, nem eles! O sucesso está garantido ... as estatísticas estão todas acima do nível de água! Não interessa que saibam ou aprendam, não interessa que ensinemos! Apenas interessam que os resultados digam SUCESSO, mesmo que não exista!
Prof24 disse...
Isto é tudo uma palhaçada. Rousseau dizia que o homem é naturalmente bom; a sociedade é que o corrompe (por acaso esta história está mal contada, mas fico-me por aqui). Aplicado a certas tendências ideológicas da Educação nos últimos anos, o aluno é sempre visto como VÍTIMA de insucesso; nunca como AGENTE do seu próprio insucesso. Não nego a existência de factores condicionantes do melhor ou pior aproveitamento de cada um, mas BOLAS, chegamos ao ponto em que se o aluno reprova é porque O PROFESSOR não o soube guiar. Isto é ridículo e faz-me um profundo nojo.
Colegas
Brevemente
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emn
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quinta-feira, março 09, 2006
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Temas: OPINIÕES
Diálogos
Este ´abaixamento da fasquia`, como todos sabemos, deve-se à massificação do ensino (eu prefiro chamar-lhe democratização), pois houve a entrada obrigatória para o sistema educativo de todas as pessoas com idade escolar, fossem elas amarelas, azuis, deficientes, disléxicas, coxas, do campo, gordas... e isso parece que atrapalha. Acredites, ou não, a sociedade no geral, no seu conjunto e em termos de médio e longo prazo, beneficia mais com um sistema destes, do que com um sistema em que os principais valores sejam a rigidez, a selecção, ... as tais qualidades utilizadas demagógicamente: rigor, exigência, qualidade, etc. Bem, mas o que me interessa mais no meio disto tudo é que não vejo outra forma, fosse eu iluminado, para defender a nossa dama: a literatura, sem que com isso, não sejamos corporativistas. Dito de forma ainda mais simples, há que lutar contra a Arte, contra a Educação Física, contra a Matemática, contra, contra, contra, porque o espaço é curto, as horas são poucas...
(...)
Soledade Santos – (...) alguns dos colegas com quem experimento maior afinidade são justamente da Matemática. Que afinal também é uma linguagem. E o desenvolvimento da competência (esta palavra faz-me ranger os dentes) de leitura não é exclusivo do Português. Costumo dizer aos meus alunos que a vida é um texto. E seguramente a Literatura ajuda a decifrá-lo. Mas como andamos todos a brincar às escolas do Paraíso e a tapar o sol com a peneira... Desabafemos, se isso nos desoprime um pouco. E agora sou eu quem diz: coragem! (...)
No texto da Alzira Seixo não estava em causa a proeminência de uma disciplina face às outras, não se tratava de guerrinhas corporativistas entre grupos disciplinares. (...) E tb na Educação Física se lê/aprende a ler. Estava em causa, sim, uma dada concepção de escola (a que pastoreia crianças, os Bons Selvagens - alguém nas ESE(s) e no Min-Edu está a precisar de ler o "Senhor das Moscas"- e, no que concerne à disciplina de Português, os novos programas, centrados na (obcecados pela?) perspectiva comunicacional e (vou ranger os dentes outra vez) transaccional, encarando a literatura como "componente decorativa e obsoleta". Segunda coisa: tens razão quando referes a massificação do ensino e os problemas que isso trouxe à escola. Mas a solução não é entreter crianças, inventando simulacros de sucesso. É respeitá-las, porque elas merecem todo o nosso respeito, é "puxá-las para cima", e não descer ao nível mais raso; é não ter medo de ser politicamente incorrecto e assumir, de uma vez por todas, que a escola dita "inclusiva" é na verdade profundamente injusta, exclusiva e selectiva (a selecção fá-la-á a vida, mais tarde, e da forma mais cruel). Isto porque enfiar crianças "amarelas, azuis, deficientes, disléxicas, coxas, do campo, gordas" nas mesmas (e cada vez maiores) turmas, e fingir que é possível, nessas condições, um ensino diferenciado e uma leccionação eficaz, é condená-las, à partida, ao insucesso. É enganá-las. Tem de haver outro caminho: começar por admitir a diferença; e permitir a cada aluno chegar tão longe quanto puder, em lugar de nivelar todos pelo mais baixo denominador comum. Pastorear crianças e jovens, promover uma cultura da impunidade e da mediocridade, infantilizá-los, mantê-los na ignorância e depois largá-los, impreparados, num mundo cada vez mais hostil, parece-me criminoso. Dói-me, revolta-me! Muito mais que as provocações e humilhações da Sra Ministra. E é isto que eu penso.
Eu acrescentaria: que a escola está massificada (e muito bem) é claro. O que «antigamente» se fazia na escola não serve para hoje - porque os alunos são outros, a educação que (não) trazem também. Mas o que hoje se faz, definitivamente, também não serve. É preciso arranjar alternativas. Se os pais não educam, se a escola é onde eles têm de passar a maior parte dos seus dias, então é necessário dotá-la de instrumentos eficazes e não inundá-la de leis avulsas de quem parece nada perceber do que está a fazer... (planos de recuperação para alunos que respondem como este?)
É preciso TEMPO para tudo. Os horários sobrecarregados de componente curricular em sala de aula são claramente exagerados.... (falo do que vejo cá em casa – para se manterem numa fasquia de classificações elevada, as minhas filhas não têm quase tempo de apenas vegetar).
Mas há os que não precisam de Estudo Acompanhado, porque têm quem os acompanhe em casa. Há os a quem a Formação Cívica é dada em casa. Então porque perdem essas horas em «actividades» na escola?
Porque não atribuir a cada turma 2 directores/tutores, um de cada área (letras, ciências), com, por exemplo, metade do seu horário lectivo para atender às solicitações que a mesma peça. Se o que falta às crianças é acompanhamento, orientação, educação, então que se dê aos DTs espaço para «falar» com eles, para os orientar (tarefa de substituição de pais sem tempo ou sem formação). Em vez de estarem com 25 (na confusão), estariam apenas os que necessitassem, os que os pais solicitassem, e, fundamental, com tempo para atender individualmente a cada um. Como se organizaria? Caberia às estruturas pedagógicas pensá-lo (sala destinada à recepção de alunos problemáticos, sala(s) de estudo....) Os outros, que não precisam de acompanhamento e se «estragam» com as confusões a que se vão gradualmente habituando, esses poderiam frequentar os clubes ou as outras actividades organizadas na escola.
Não custaria muito ao erário público e possibilitaria aos DTs realmente «ouvirem» e «educarem» os seus alunos... Que se deixe as aulas, para instrução, que tão necessária é.
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emn
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quinta-feira, março 09, 2006
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Temas: OPINIÕES
segunda-feira, 6 de março de 2006
Aleluia?
Será que o nosso Primeiro Ministro vai aprender alguma coisa com o exemplo dos outros? Será?
E resolverá todos os problemas?
Não será muito mais profunda a distância que nos separa?
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emn
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segunda-feira, março 06, 2006
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Temas: Indisciplina
sábado, 4 de março de 2006
TIC - coitaditos....
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sábado, março 04, 2006
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sexta-feira, 3 de março de 2006
Forum Ensino Secundário
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sexta-feira, março 03, 2006
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quinta-feira, 2 de março de 2006
É triste...
A 'minha' escola é pacata, numa vila do interior e o que aqui é relatado também na minha já acontece.
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quinta-feira, março 02, 2006
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Temas: Indisciplina, Pais
domingo, 19 de fevereiro de 2006
Papás Multibanco
Partia vidros, fabricava bombas artesanais, falsificava as notas. Bernardo procurava sempre situações limite. Possuía tudo o que podia ser comprado com dinheiro. Não tinha a atenção dos pais, empresários que estavam ocupados a ganhar dinheiro. O filho cresceu no meio de criadas. Aos 15 anos, a escola deixou de ter paciência para o aturar.
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domingo, fevereiro 19, 2006
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Temas: Indisciplina, Pais
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
Desenrascanço
A este propósito veja-se o calendário de exames publicitado pelo Ministério que se 'esqueceu' de actualizar o nome da disciplina de Português B. Afinal era só mesmo retirarem-lhe o 'B'. Mas, o 'copy' / 'paste' é mais rápido - é o desenrascanço.
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quinta-feira, fevereiro 16, 2006
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006
Perdidos
Há uns dias atrás, ao chegar à noite à escola para iniciar as aulas, deparo-me com uma conversa entre uma colega de História, com 30 anos de serviço, que conversava acaloradamente com um dos meus (bons) alunos do secundário recorrente, homem feito de trinta e tal anos. Assunto: a colega queixava-se de um aluno de 7º, que no teste se tinha limitado a escrever frases sem nexo, depois de ela ter dado uma ficha formativa idêntica ao mesmo e, supostamente, os alunos a terem estudado à sua frente. O aluno em causa era filho da companheira deste meu aluno. Daí o seu desabafo. Se inicialmente o tom era de apenas inquirição, para ver se alguma coisa se passava com o miúdo, a seguir passou a ser já de zanga, por lhe parecer que todo o teste dele e do colega do lado eram puro e simples ‘gozo’. Ora, o que imediatamente argumentou o ‘padrasto’ (o meu aluno da noite) era que o garoto tinha tudo o que queria da mãe e do pai ausente. Disse que o rapazito no 1º período teve 7 negativas e o pai deu-lhe, no Natal, o computador que ambicionava. Devido ao divórcio dos pais, desde sempre havia a ‘compensação’ sistemática do menino, que conseguia tudo o que queria, apesar de nada fazer para o ganhar. Queixava-se ainda de não ter voto na matéria, dizendo também ele ter uma filha que nunca teve quaisquer problemas. O que ali via de completamente errado era uma criança a crescer com tudo, sem responsabilização e, pior, sempre desculpabilizado.
Não há ‘afecto’ de professor que funcione num caso destes. Não há medidas de recuperação, planos, papéis, nada que funcione. A escola, os professores, as matérias, para este tipo de alunos não têm qualquer significado. Porque tudo é fácil. E as próprias aulas são uma brincadeira. A noção de ‘trabalho’ e ‘esforço’ são conceitos totalmente desconhecidos. E o garoto está numa fase crucial de aprendizagem e consolidação da personalidade. Mas, neste caso específico, ou a mãe começa a ter noção de que o seu filho é uma criança perfeitamente normal e que há comportamentos que são social e moralmente incorrectos e, por isso, reprováveis, a quem tem de ‘exigir’ para poder ‘dar’, ou ele fará parte daqueles que se perdem completamente e ‘vagueiam’ pelas escolas sem delas tirarem qualquer proveito.
Já tive alunos assim. E em dois casos que ‘abandonaram’ a escola, para voltarem depois... e parecerem outras pessoas, completamente transformadas. Porque passaram pela experiência de ‘trabalhar’. Aprenderam a noção de ‘esforço’, à sua custa. No regresso, um, completamente indisciplinado antes, era um exemplo de bom comportamento para os demais. O outro, de quem eu dizia (e quanto me arrependo) que devia ter algum atraso, passou a ser um aluno de 4. Nem num caso, nem noutro, houve interferência dos professores, psicólogos ou pais. Foi um processo individual de crescimento, de contacto com a realidade, que não é efectivamente um ‘mar de rosas’.
Também ‘estudar’ não é um mar de rosas. Nada é na vida. Só passa a ser quando adquirimos noção do valor que tem ultrapassar o que ‘custa’ para termos a merecida ‘recompensa’ depois. (Parece-me que cada vez se ‘cresce’ mais devagar e mais tarde.)
Será que no caso apresentado acima, há alguma coisa que um professor possa fazer se não houver a consciencialização da mãe? E se a mãe não perceber nunca que o que está a fazer é errado?
Por isso digo, repito e volto a dizer: para além dos professores primários que dão as bases em termos de conhecimentos e as regras que ensinam o que é ‘estar’ numa sala de aula, há uma grande, enorme e decisiva responsabilidade dos pais. O professor, nestes casos, nada pode fazer, porque o aluno não ‘ouve’ nada do que se lhe diga, nem ‘vê’ nada do que se lhe apresente. Está ‘a leste do paraíso’.
Cada vez mais e por experiência pessoal de vida, por um lado, e profissional, por outro, me convenço disso.
Mas também há os ‘casos’ em que ninguém consegue fazer nada...
Relato outro episódio: conversas intermináveis com um aluno (de 11º ano) e respectivo pai, porque se descobriu que andava a fumar 'erva’. Cheguei-lhe bem ao coração, porque lhe falei ‘do coração’. E convenci-me que era capaz de o orientar... Só que, no momento em que me ouvia e se abria, tudo o que ‘prometia’ era efectivamente verdade. Mas.... a ‘vontade’ era tão pouca, que dez minutos depois, se calhar já nem se lembrava do que tinha conversado (efeitos nos consumidores habituais). Acabou por abandonar a escola (miúdo espertíssimo, com pais presentes e conscientes) e foi por muito maus caminhos. Nada sei dele, hoje.
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quarta-feira, fevereiro 15, 2006
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Temas: Indisciplina, Pais
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
Lutar contra o TEMPO - resposta
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terça-feira, fevereiro 14, 2006
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Temas: TEMPO
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006
Manias...
5 das minhas manias...
Mania de não deitar nada fora... (já estou melhor: consegui esvaziar gavetas de bilhetes de cinema com 30 anos, contas antigas, convites para festas da adolescência, enfim... retalhos do passado que não queria perder. Mas custou...)
Mania de pôr tintas numa tela e procurar-lhes uma ordem... (só nas férias, ou melhor, nas férias e nas interrupções das actividades lectivas... quando as 'piquenas' não estão comigo e tenho espaço para sujar à vontade...)
Mania de exigir honestidade a todos... E detesto detectar meias verdades... Preferia não as ( inevitavelmente) perceber nos olhares, nos gestos, nas atitudes... Talvez por isso deteste política e boas ‘falsas’ maneiras.
Mania de estar sozinha e em casa (talvez explique a 1ª), sempre acompanhada da porcaria dos queridos cigarros (já tentei duas vezes divorciar-me deles, mas são, até hoje, mais fortes do que eu). Mas ainda hei-de conseguir, só não sei é quando...
Amélia Pais - Ao longe os barcos de flores
João Paulo Silva - Diário de um professor
Karadas - O Cantinho da Educação
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sexta-feira, fevereiro 10, 2006
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006
É fun_tástico
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emn
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sexta-feira, fevereiro 03, 2006
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